Oslo III
Hora de partir
15.05.2012
12 °C
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2012 Europa
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Hormônios no lugar, tudo em harmonia novamente. Nada como um dia após o outro, rs. Pois bem, antes de começar o dia de hoje, lembrei que esqueci de falar que ontem terminamos no supermercado. É sempre legal conhecer um supermercado, fazer uma coisa bem local. Ah tá, lembrei também que o banheiro do Parque Vigeland custou 5 coroas, e tem que ter moeda, senão, esquece!
Hoje o dia começou sem o vento de ontem, que foi traumatizante. Estava até gostoso o tempo, com blusa de lá e casaco claro. E fomos em direção ao palácio. No meio do caminho Laura não se sentiu bem e decidiu voltar para o hotel. Continuamos eu e Flávia o resto do dia. Chegamos no Palácio já com as forças limitadas. Há visitas guiadas ao palácio de 24 de junho até 13 de agosto. Bom, hoje são 15 de maio, então... rodamos!
Ficamos um pouco na frente do palácio onde nos deparamos com uma cena curiosa. Uma mulher, na faixa dos 50 anos, estava parada, estática, na frente de um dos guardas do palácio. Como essa cena se prolongou por um bom tempo, todo mundo estava olhando achando estranho. Até que vimos a movimentação do que pareciam ser seguranças do palácio que chamaram duas policias femininas que fizeram uma abordagem suave, e retiraram a mulher de lá. Num país sensível com a violência recente do atirador da Noruega, essa cena assusta um pouco.
Pois bem, continuando na frente do palácio, reparei numa bandeira vermelha com um leão desenhado. Dada a tradição de todas as casas reais, deduzi que essa bandeira indicaria a presença do rei no palácio. O que foi confirmado por uma senhora norueguesa que estava lá na frente. Ela também que nos explicou que os vários carros oficias que chegavam estavam com autoridades do alto escalão do governo. Ela disse que alguma reunião extraordinária deveria acontecer, pois o normal eram eles se reunirem na sexta. E como o Rei estava no palácio, ela disse que achava que poderia ser alguma troca de Ministro. Pra nossa surpresa, logo depois saiu a pé um senhor de terno acompanhado por uma mulher e outro homem de terno. A nossa amiga norueguesa nos disse que era o Primeiro-Ministro. Até assustei, achei corajoso ele sair assim, só com um segurança, sem proteção nenhuma mais. Mas foi simpático da parte dele ir até às crianças e tirar fotos. Até eu queria uma foto, só que ele foi embora logo depois, estava longe, então... paciência!
Bom, nossa amiga norueguesa nos contou eufórica do feriado nacional no dia 17 de maio. De acordo com a expressão que ela usou, era o dia da Liberdade. Também disse que, onde ela morou no norte do país, na próxima semana começaria a aparecer o famoso sol da meia noite. Como já tínhamos visto o sol das 23h, já estávamos satisfeitas, pelo menos por enquanto... rsrsrs.
Continuamos nossa jornada dando uma volta pelos jardins do palácio, posso falar? Achei “bege”. Isso mesmo, achei “bege”, sem graça, sem sal. Não vi nada especial lá, já conheci palácios bem mais legais...
A cena do dia foi a seguinte: tinha muita criança nas redondezas do palácio hoje. Não sei se era o clima ou algum motivo especial. A maioria usava aquele colete fluorescente. Em um dos grupos, dois pequenos que não deviam ter mais que 2 anos seguiam de mãos dadas na direção de uma pequena casa do lado do palácio, que pertencia ao complexo do palácio. E os pequenos seguiam felizes e sorridentes, até ultrapassarem a faixa permitida em que o guarda do palácio foi obrigado a sair de sua posição (mais ou menos) estática e intervir para que os dois pequenos meliantes retornassem ao local em que era permitido aos plebeus.
Pois bem, fomos almoçar no Akker Brygge. Essa é uma região de um antigo cais que foi revitalizada com a construção de prédios modernos, shoppings, escritórios e está em fase de conclusão uma mega galeria de arte. É mais ou menos o que foi feito em Puerto Madero, em Buanos Aires, só que em menores proporções. Puerto Madero é bem mais extenso e tem mais cara de Porto, aqui perdeu um pouco disso.
Já eram quase 13h, hpra de ir pro passeio de barco dos fiordes de Oslo. Olha só, no começo estava bem tranquilo e bem bonitinho, com as várias ilhazinhas com suas casinhas coloridas e suas baby´s houses, que eram casas próxima à água onde as pessoas se trocavam antes de ir mergulhar pois tinham vergonha de ir andando até a água de trajes de banho.. Eu me pergunto quem mergulhava nessa água gelada. Muita gente mora nas ilhas, sendo que algumas delas não têm nenhum tipo de comércio, ou seja, tem que sair de casa, pegar o barquinho pra ir às compras. Ah, no inverno parece que congela a água, aí não sei, devem ir patinando, sei lá, rs. Ainda bem que eu nasci num país tropical... Bom, deu para vermos as entradas dos fiordes bem de longe, o que foi meio decepcionante. O que deu pra ver foi bonito, mas esperávamos mais. Mas tudo bem, sempre existe a possibilidade de voltar.
Descendo do passeio de barco, era só ficar sem rumo andando pra cima e pra baixo da nossa querida rua de compras Karl Johans Gate. A rua é bacana, mas é curta, então a gente não tinha muita opção. Demos uma volta até a estação, eu nem falava mais nada, tão sem forças que eu estava. Buscamos mais alguns souvenirs, caaaros. Não sei porque eu fui inventar de converter as coisas aqui na Noruega. Dizem que a Dinamarca é cara também, mas como eu não convertia, não sofria... ahahahaha.,
Bom, depois de um fim de tarde na praça do Parlamento, com Wifi grátis, claro, resolvemos ir por volta das 19h jantar no Hard Rock Café. E por ali ficamos até às 20h, quando resolvemos ir dar outra volta na Ankker Brygge pois o dia estava colaborando, céu claro,sem vento, uma beleza. Da Anker Brygge, fui fazer o tira teima de escultura de uma mão na praça Cristiânia, em que indicava o lugar que o rei queria construir a cidade depois do incêndio. Exatamente onde tínhamos almoçado ontem, mas nós não vimos. Que ódio, ela estava lá... onde deveria... rsrsrsrs.,,
21h da noite, o centro vazio. Oslo é uma cidade simples. Não é uma cidade grande, poucos lugares são mais afastados, mas tem transporte fácil pra chegar. Não tem uma predominância de pessoas claras de olhos claros, como na Finlândia, por exemplo. Muitos imigrantes (encontramos com vários portugueses no caminho), inclusive um dos motivos do ataque do atirador da Noruega foi o fato do Primeiro Ministro permitir a entrada desses imigrantes no país, de acordo com nossa consultora norueguesa. Como em todo lugar do mundo, piriguete não sente frio. É uma cidade bem cara, tem que abrir a carteira mesmo. Também é uma cidade segura, claro que temos que tomar nossos cuidados básicos, mas é possível andar nas ruas com tranquilidade. O interior da Noruega deve ter muita coisa pra oferecer, talvez um dia, quem sabe... Por enquanto só posso dizer uma coisa: Missão Cumprida!!!!
Publicado por Akemi Nomura 23:30 Arquivado em Noruega
Essa cena dos menininhos conversando com o guarda está D+. Lugar certo na hora certa. Vai ficar na memória.
por Marcos