Aruba 3
A cereja do bolo
25.09.2013
31 °C
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2013 Caribe
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Praticamente o último dia. Mais um dia pra acordar cedo, quando o sol é suportável. E também porque vão vir me buscar às 7h50. Então, 7h só tinha eu tomando café. Era só esperar o jipe vir me buscar. Jipe? Sim, parece uma espécie de safari. Não vou nem falar que eles esqueceram de me buscar. Eu falei a tempo com o front desk do hotel, e eles vieram em cima da hora. Foi tão legal que eu vou ignorar essa parte. O Márcio tinha me falado que tinha se arrependido de não ter feito o tour de jipe, porque o jipe vai em lugares que o ônibus não vai. E eu não tinha ideia de como vai, rsrs. O tour de jipe sai por US$100, incluindo o almoço e bebidas durante o tour (água, refrigerante e cerveja). O de ônibus sai por US$65, também incluindo almoço, mas vai uma penca de gente, acho muito muvuca. Apostei no jipe, e ganhei, rs.
Peguei o tour do hotel mesmo, da ABC. Optei pelo mais completo, que dura o dia inteiro. Quem está na chuva, meu amigo... Eram dois jipes. O da frente pilotado pelo guia, o Eduardo. O segundo, onde eu estava, era pilotado por um turista, o Pedro. O grupo era composto por mim, dois italianos e doze americanos. É, eles dominam a ilha mesmo. O Eduardo era mais radical, sempre que tinha opção ia pelo mais difícil. O Pedro, que pilotava o jipe que eu estava, era mais tranquilo nas manobras. Era engraçado ver o pessoal da frente com as mãos pra cima tentando se segurar e gritando. A gente ficava só rindo. E tentando se segurar, claro!
Começamos fazendo um pit stop numa área de rochas vulcânicas com água da cor azul Akira batendo. Cor azul Akira é aquela água que atende o fator de qualidade de tom de azul do Akira, hehe. Logo mais em frente, descemos na Ponte Natural. Sabe aquele ditado: "Água mole, pedra dura...". Pois é, a ponte natural é resultado desse esforço constante, de não desistir nunca. Água, eu me inspiro em você, rsrs. O que me assustou na primeira parada foi meu cabelo. Estava que era nó puro. Vixi! Coque o tempo inteiro, pra tentar ter cabelo no final do dia.
Cara, como a ilha é seca. Impressionante a paisagem de deserto numa ilha do Caribe. Seguimos da Ponte natural, fazendo dois pequenos pit stops. Um é num lugar que eu esqueci o nome, mas era nada mais nada menos do que mais rochas vulcânicas e mais água batendo. O segundo era o Baby Natural Bridge, ou a Ponte Natural Bebê. Ownnnn. Auto explicativo, né?
Ok, seguindo fomos para a Bushiribana Gold Mill Ruins. Esse moinho foi construído com grandes janelas para que os piratas que navegassem pela região pensassem que fossem canhões. Em frente, é possível ver uma área com pedrinhas empilhadas. O Eduardo explicou que os pescadores, quando tinham um dia bom de pesca, deixavam essas pedrinhas empilhadas para mostrar para outros pescadores que a região era boa. De acordo com ele, "uma espécie de gps antigo", rs. Só que os turistas transformaram a região em área dos desejos, então, fazem seus desejos e montam seus montinhos. Então, por via das dúvidas, melhor fazer o meu, né? Taí, a última foto. Se eu não me engano eu vi isso na Floresta Negra, quando visitava Neuschwanstein, mas estava brava com o guia, não ia perguntar.
Seguimos para Capela Alto Vista. Primeira igreja construída em Aruba por dois venezuelanos. Pequenininha, fica no meio de muitos cactos. Aruba é predominantemente católica, como a primeira capela.
No caminho, passamos por Arashi Beach. Li algumas opiniões que colocavam Arashi Beach como a praia mais bonita de Aruba. Olha, difícil decidir. Como eu não experimentei, vou ficar com Eagle Beach mesmo assim. Mas, fica o registro, se vier conhecer Aruba, alugue um carro e visite Arashi Beach.
De lá seguimos para California Lighthouse. Ou seja, pro farol. Esse farol é sem graça, mas tem uma história interessante. Teve uma época que a costa de Aruba era muito escura. Um navio que partiu da Grã-Bretanha chamado Califórnia, com passageiros e mercadorias colidiu na costa da ilha. Só no dia seguinte, pescadores perceberam o que aconteceu e foram resgatar... as mercadorias, claro! Estava esperando o quê? Enfim, depois desse incidente, o governo da ilha construiu o farol.
Mas uma coisa legal lá é a vista. O mar hoje estava espetacular! Tem um restaurante italiano lá, pena que estar em grupo não me dava tempo pra ficar por lá, mas tudo bem. Deu pra tirar umas fotos legais. E Arashi ocupava seu lugar de honra (mas eu ainda fico com Eagle, rs).
Depois da parada do farol, já era a parada do almoço. Voltamos para o escritório da empresa, onde tinha um restaurante. Optei pela costela e frango, bem americano mesmo. Estava bom... De lamber os dedos. Os americanos da mesa tentaram fazer amizade comigo, mas eu estava tímida. Mas adorei o casal de afro-americano. E o casal de motoristas tb, gente boa.
No caminho, fizemos uma parada rápida em Ayo Rock Formation. Sem graça! Ok, próxima parada, piscinas naturais. Oi??? Depois do almoço? Sim, mas tinha um longo caminho até lá. Pra chega lá, tem que entrar no Parque Arikok. E é ali que a brincadeira fica divertida. Pensa num rali? Terreno mega irregular. E eu burra, tinha deixado meu cinto meio larguinho, pra me movimentar na cadeira. Eu estava saindo meio metro da cadeira. Sério mesmo! E só gritaria, nos dois jipes, dessa vez! Num intervalo de 5 segundos, eu consegui essa foto (a segunda, claro). Depois eu precisei das duas mãos pra apertar o cinto e me segurar. Foi tenso! Mas foi legal! Ahahaha....
As piscinas naturais são no meio da rochas vulcânicas. Uma paisagem bem legal. Já estava pensando no meu snorkel e... Surpresa!!! Estavam fechadas. Quero dizer, fechadas no sentido literal não. Mas tinha uma plaquinha falando que estavam fechadas e que entrar lá era por conta e risco do idiota. O mar estava forte, não ia dar mesmo. Uma pena! Aquela cor azul Akira estava convidativa.
Próximo round, subir tudo que descemos. E no mesmo nível de rali. O pior é que o Eduardo fazia as maluquices dele dirigindo, e o Pedro também estava fazendo. Ou seja, todo mundo se segurando e gritando (menos eu, que sou tímida, claro, rs). Quando saímos da zona mega esburacada, cruzamos com um jipe indo para lá. Foi engraçado ver o pessoal falando pra avisar eles pra eles voltarem. Nesse meio tempo, fizemos um pit stop num serpentário, sem graça, fomos para as cavernas.
O Guadirikiri Caves, ou simplesmente cavernas, fazem parte do Parque Arikok. É a maior caverna da região e tem sua história inicial ligada aos amerindios que viveram ali 4000 anos atrás. Tem um impressionante complexo dentro, com iluminação natural em algumas partes. As estalactites na entrada eram fantásticas. Diz a lenda que a filha de um chefe indígena se apaixonou e foi presa na caverna, pois seu pai não aceitava a relação. O rapaz foi aprisionado em uma caverna próxima e eles se encontravam pelos túneis entre elas. Ao morrerem nas cavernas, seus espíritos continuariam vagando. Olha, eu não vi espírito, mas era cheio de morcego. O legal é que a entrada era mega escura e eles estavam lá. Tinha que passar em silêncio, porque se eles resolvessem voar todos ao mesmo tempo....
Depois do rali pra chegar nas piscinas naturais e estarem elas inviáveis para nado, o grupo decidiu em conjunto que ficaria pouco tempo naquela área pra ficar mais tempo em Baby Beach. E fomos, depois das cavernas, para Baby Beach desesperados por um mergulho. O calor nas cavernas me lembrou Cartagena, cruzes, rsrsrs. Chegamos em Baby Beach e... água. Que tomar sol que nada, eu já estou torrada demais, tomo sol dentro da água. Baby Beach é bonitinha, mas ainda prefiro Eagle Beach. Quando fui fazer snorkel, nos primeiros 5 segundos fiquei frustrada, não via nada. Depois fui perceber que minha máscara estava embaçada, ahahahaha. Tapada! Até que deu para tirar umas fotinhas. Nada espetacular nas fotos, ao vivo era mais legal. No último quadro tem um peixe maluco que veio pra cima da minha câmera quando eu baixei ela na água. E o pior não é isso, olha que peixe feio vindo na minha direção na última foto! Saí correndo, ops, nadando, ahahahaha....
Às 15h30 nos encontramos no jipe e voltamos para o escritório. Chegamos lá já eram 16h30, pois demoramos um pouquinho pra sair de Baby Beach. O caminho foi tranquilo. No escritório, entramos num micro ônibus e o Eduardo foi nos entregando nos hotéis, eu fui a última. Só tinha nota de US$20, não ia dar para dar gorjeta. Foi mal, Eduardo!
Precisava de um banho desesperadamente. Mais do que isso, precisava hidratar meu cabelo, estava seco, duro, embaraçado. Parecia que nunca mais ele seria o mesmo. Cheguei no hotel e não pensei 2x, taquei condicionador e deixei um pouco, depois fui lavar de verdade. Nossa, que alívio! Daí, fui atualizar minhas fotos, meu blog que você lê agora. Tinha um casal de brasileiros conversa do do meu lado sobre as piscinas naturais, que eles queriam ir, fiquei num dilema se me intrometia ou não, afinal, já havia 2 dias que as piscinas estavam fechadas por causa do tempo, eles poderiam perder tempo e dinheiro. Bom, interrompi e me intrometi. Expliquei a situação pra eles, mais duas almas salvas. Aquela família chilena de San Andres não tem noção do bem que fez para humanidade, rsrs. Agora, era só sair pra jantar! Aonde? Que pergunta! HR, claro! Tupelos, adooooroooo! Saí de lá já eram 21h30, fui direto no cassino jogar pra você, mãe. Perdi US$20? Nããããooooo.... Ganhei US$12! Lembra dos US$30 que eu tinha perdido de desconto no hotel por ter errado a reserva? Pois é, achei!
Amanhã é dia de ir embora! Terminar o dia com U2, que tal?
Walk on!
"Home, hard to know what it is if you've never had one
Home, I can't say where it is but I know I'm going home
That's where the hurt is"
P.S.1: Já me perguntaram várias vezes qual agência me trouxe aqui. Eu me pergunto se quem me pergunta já ouviu falar em internet. Que coisa!
P.S.2: Zé, em Aruba nuvem não tem vez. O vento manda pastar em outras ilhas, aqui não, rsrs.
P.S.3: mãe, fala pra Guaciara comprar outro apartamento em Aruba, hehe.
P.S.4: Não custa repetir, as minhas lentes amadoras não fazem justiça às cores do lugar.
Publicado por Akemi Nomura 19:14 Arquivado em Aruba