Madri - dia 2
31.05.2014
22 °C
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2014 Espanha
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Ontem à noite, depois que eu saí do meu casulo de observação das vias de Madri, me dirigi à Plaza Mayor. Meu, mega super power top gostei do movimento ali. Estava uma noite agradável, a praça é bonita, aquele esquema de praça seca, sabe? Sem árvores, cercada por prédios. Mas estava bombando. Estava uma noite agradável, fria, é verdade, mas agradável. Era divertido ver o esquema "para quedas" dos camelôs nas ruas. Vinha o rapa, pronto, em 5 segundos eles estavam longe. Tinha também aquele povo com aquele negócio que faz barulho parecendo gato, criança, sei lá. Na 25 de março tem aos montes. Tem artista de rua e tem turista perdido também.
Fiquei surpresa com a quantidade de gente andando nos arredores, Calle Mayor, Arenal, Plaza de Opera, Puerta del Sol. Tinha um milhão, quatrocentos e setenta e cinco mil, seiscentos e trinta e três pessoas. Muita gente mesmo andando pra cima e pra baixo no centro. Confesso que não fiquei 100% a vontade. Era bolsa pra frente e segurando por cima o tempo todo. No Starbucks já tinha um aviso de "carteiristas profissionais", e ainda o Lerário falou pra tomar cuidado ali, já viu, liguei o alerta. Mesmo assim ainda caminhei bastante, foi bom não voltar cedo pro casulo. Cheguei no hotel já era quase meia noite, antes da carruagem virar abóbora...
Achei que a noite ia ser terrível, pelo movimento nas ruas, ia ter bêbado até tarde na minha janela. Mas não, foi super tranquilo. Era sexta feira, deve ter tido mais opções. E não é que essa noite a Maria Luisa nasceu? Bem vinda Malu! Tem um mundo enorme e lindo te esperando. Manhã de sábado daquele jeito. As ruas estavam mortas. Aquelas quatrocentos e setenta e nove mil pessoas estavam dormindo o sono dos justos. Mas, confesso que acho engraçado o centro da cidade tão morto às 9h da manhã. Não só aqui, deixando, claro.
Meu destino? Museu do Prado. Optei por ir caminhando, ver a cidade por baixo não tem graça. No caminho: o "Monasterio Descalzas Reales", o Ateneu, a Câmara dos Deputados e a Praça "Canóvas del Castillo".
Cheguei no Museu e, surpresa! Estava fechado ainda. Eram 9h50. Tinha uma fila aguardando a bilheteria abrir, mas, como não estava bombando, resolvi dar uma volta. Segui o guia da Folha e logo em frente estava o Hotel Ritz. Dizem que é o hotel mais extravagante da Espanha. Foi Alfonso XIII que mandou construir em 1906 para o seu casamento. Olha só, pode ser que seja extravagante por dentro, mas por fora, não vi nada demais. Mas, com certeza, como todo Ritz, é caro pra caramba.
Logo em volta também estava a Igreja dos Jerônimos. Claro, estava fechada. Mas a vida começa às 10h, foi só uns minutinhos de paciência e pronto, entrei pela porta da frente. Já deu pra perceber que teto gótico é meio padrão aqui. E nas laterais tem umas janelinhas meio arabescas. É bonitinha e bom pra dar um tempinho pra absorverem a fila do Museu.
Sabe de nada, inocente! Existem dispositivos e ferramentas no mundo moderno que são para serem usadas. Por exemplo? Tablets, smartphones, wifi... Se vc sabe que vai na principal atração da cidade no dia seguinte, porque não comprar o ingresso online? Afinal, a possibilidade de pegar fila é grande. Adivinha onde eu estou?
Rabugisse minha, a fila andou rápido. Parece que depois das 18h o valor da entrada é reduzido. Balancei, confesso! Mas já estava aqui, por €14, melhor ir logo. Afinal, nem sei quanto vale €14 mais mesmo, ahahaha. Ok! Entrei! O Museu do Prado é imenso. Tem uma das maiores coleções do mundo. Eu já visitei os dois maiores, Louvre (em Paris) e Hermitage (em São Petersburgo). Confesso que, como leiga, esses são mais legais. Mas, confesso também que nunca olhei um quadro como aqui no Prado. Cheguei bem de pertinho, achei até que ia levar bronca do segurança, rs. Não que nos outros museus não deu pra fazer isso, mas teve um quadro de um tal de Callet (nunca tinha ouvido falar antes), que chamou minha atenção. Tinha um efeito meio 3D, manja. Já tinha visto isso na Capela Sistina e em vários lugares na Itália, coisas do mestre Michelangelo (meu favorito, sem dúvida). Mas não tão de perto. Ficou muito show. E o museu do Prado me revelou mais um artista que e gosto na minha parca lista de uma mera leiga: Velazquez! Os quadros das rainhas são fenomenais, todos os detalhes do vestido, os símbolos da Casa dos Borbóns, tudo meticulosamente bem feito. E por fim, o famoso quadro "As Meninas". Não conhece? Vixi, se não conhece tá pior que eu hein....
Depois de 1h de museu, aproveitei para tomar um café e dar uma descansada. Claro que aproveitei o wifi do lugar e andei avaliando alguns lugares que tinha ido. Não sabia, mas cada atração avaliada são 10 pontos no multiplus. Eu sabia que a cada 4 avaliações, sendo ao menos uma hotel, ganhava 300 pontos, com limite de 1200 por mês. Acho que mudou o esquema. Nossa, quando voltar pro Brasil tenho muita coisa pra avaliar, ahahaha. Cheguei numa hora boa, logo logo o café começou a bombar.
Ok! Mais 1h de museu e pra mim tá ótimo. Na parte de trás do Museu está o Jardim Botânico Real. Foi construído na época de Carlos III, em 1781. A entrada custa €3. É um recinto com interesse histórico-artístico, além de funcionar como um centro de estudos de "plant life" (como traduz isso?). Francamente? Achei bege! É, isso mesmo, sem graça. Mas já que eu paguei, essas foram as melhores fotos que eu tirei...
Saí dos Jardins e fui seguindo pelo Paseo del Prado. Esse Paseo foi construído no final do século XVIII. Chegou antes dos museus e é uma região mais agradável do que o tal Jardim Botânico. Só achei que, por estarmos na primavera, as flores estavam meio fraquinhas.
No final, cheguei na Plaza de Cibeles. É um dos lugares mais conhecidos e mais bonitos de Madri. No centro, a estátua de deusa grega que deu nome à Praça. Ali também estava o Palácio de Cibeles, que eu não faço a menor ideia do que seja, mas vou descobrir.
Descobri, era tipo um centro de convenções. Tinha umas exposições lá. Mas, sabe quando você não está a fim? Pois é, não entrei. Ah, como é bom não ter compromisso com nada. Subi a avenida na direção da Puerta de Alcala. Esse monumento foi construído na época de Carlos III em 1769. Já foi o marco do limite leste da cidade, hoje, é o centro da Plaza Independência.
Dali, paguei a Calle del Alcala. Essa região tem muito prédio bacana. Uns importantes, outros nem tanto. E o movimento do centro às 14h, ou seja, várias coisas fechadas. Passei por um cara tirando som de panelas como bateria, muito legal. Só voltam lá pelas 17h/18h. Isso é que é um povo que gosta de dormir... Cheguei de novo na Puerta del Sol, me esquivando dos ambulantes. Por enquanto, está bom de Madri, bora pra mais um bate e volta? Antes, mais um pouquinho de Madri.
Voltei Madri! Depois dos problemas com o trem que eu tive, eu só cheguei em Madri às 22h20. O bom é que o trem parava na estação de Puerta del Sol, ou seja, perto de casa. Na verdade eu acho que tinha que descer em Chamartín, mas eu acabei descendo em Sol. Achei que eu ia me dar mal, porque na saída vi todo mundo colocando o bilhete na catraca, mas o meu bilhete era grande, não ia dar. Perguntei pra moça que trabalhava ali, e ela liberou minha passagem. Ufa! Aconteceu um episódio engraçado, dois gringos que falavam inglês desceram pra fumar em uma estação, acharam que ia demorar. Mas a porta do trem fechou e eles ficaram pra trás. Sorte que a mulher e outro cara que os acompanhavam ficaram com as bolsas deles, senão, rsrs.
A Puerta do Sol estava cheia, mas não como a sexta-feira. Aí começou uma chuvinha chata, tive que abrir guarda chuva. Depois de quase congelar à tarde, precisava comer algo para esquentar. Segui na direção da Plaza Mayor que não estava tão legal. Bati um sanduba de frango com alface e tomate mesmo, e tentei fazer um walk tour noturno. Cheguei até o Palácio, mas começou a chover. Ok, entre vento, frio e chuva ou banho quente, cama e wifi, adivinha o que eu escolhi? Não sem antes parar numa loja pra comprar umas lembrancinhas. Esse hostel tem umas coisas estranhas, quando eu cheguei, toquei a campainha, como de costume. Demorou horrores para abrir. Pelo menos eu não estava sozinha ali. O lado interessante é que as pessoas que ficam hospedadas ali me surpreenderam. Achei que fosse uma "gente diferenciada", mas não, é "gente normal" mesmo. Tic tac, meia noite! Tchau Madrid! Hasta la vista, baby!
Publicado por Akemi Nomura 04:15 Arquivado em Espanha
Amei Madrid! É uma cidade que espero voltar. Só uma dica: a vista do Palácio de Cibeles é linda. Vc paga um valor é sobe no terraço. De cada lado tem como se fosse um mapa da vista, que te mostra onde visualizar "construções/edifícios importantes". Já as exposições... tem que estar com paciência.
por Patricia