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Cobá

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Visualizar 2014 México no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Outro dia eu estava lendo um blog que o cara falava das atrações em Cancun. Sério, não é pra rir: Playa del Carmen, Isla Mujeres, Cozumel, Tulum... Ah, pára vai... Quer dizer, além de informar mal, atesta que o melhor da Riviera Maia não é Cancun. Tsc, tsc, tsc, tsc, amadores... Hehehehe...

Eu queria muito ir pra Chichén Itzá. Primeiro porque é legal falar esse nome. Segundo porque é famoso. Terceiro porque é uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Enfim... Mas leva mais de 3h pra chegar lá. Ah não, demais né? Aí lembrei do cara de Tulum falando sobre Cobá. Nunca tinha ouvido falar. Ele disse que Cobá é um sítio arqueológico descoberto mais recentemente que Chichén Itzá. E só os 5% que foram descobertos (literalmente) da mata por arqueólogos já torna essa região maior do que Chichén Itzá. Vamos a uma mini aula de história então.

"Cobá é uma grande cidade pré-colombiana em ruínas da civilização maia, localizada no Estado de Quintana Roo, Península de Iucatã no México. A maior parte da cidade foi construída em meados do período clássico da civilização maia, entre os anos de 500 e 900 da nossa era. Após 1000, a cidade perdeu importância política, ainda que pareça ter conservado a sua importância simbólica e ritual, que lhe permitiu recuperar certa hierarquia entre 1200 e 1500, quando se construíram diversos edifícios já dentro do estilo “costa oriental”.

Cobá tem como principal monumento a pirâmide de Nohoch Mul ou o “Castillo”, com 42 metros de altura. Podem ser encontradas estelas, ricamente trabalhadas em baixo relevo, do final do período clássico. Possui um observatório astronómico, um campo de jogos para o denominado jogo da bola e uma pirâmide pequena logo na entrada da zona arqueológica.

A cidade de Cobá governava um território importante e lutava contra a cidade Maia-Tolteca de Chichén Itzá. Cobá comercializava com as pequenas cidades maias da costa do Mar das Caraíbas tais como Xcaret, Xel-Há, Tankan e Tulum. A pirâmide de Cobá domina uma região de lagos. Uma via sagrada maia ou "sacbé" ligava-a à cidade de Yaxuna, em perfeita linha recta e com uma extensão de cerca de 100 Km.

No momento da consolidação do controle espanhol da península (cerca 1550 d.C.), Cobá encontrava-se totalmente desabitada, e só com a chegada dos célebres viajantes John Stephens e Frederick Catherwood em meados do século XIX, é que a cidade volta a ser mencionada."
Fonte: Cobá by Wikipedia

O ônibus da ADO, aado, cada um no seu quadrado, ops, não consegui evitar. Bom, o ônibus da ADO partiu às 8h. Chovia logo cedo, parou um pouco o suficiente para ir do hotel até o terminal de ônibus e mais tarde, já na estrada, começou a chover de novo. Normal, já era previsto. A viagem levou quase duas horas até Cobá. O ônibus parou a 200m da entrada da zona arqueológica. O tempo estava nublado, mas estável. Meu santo está forte ultimamente, não vai chover.

A entrada para as ruínas custa MN$59. Isso é cerca de R$12, barato né? Como lá é terra, se chovesse ia virar tudo barro. Foi até bom estar nublado porque a gente anda no meio da floresta fechada, eu já estava suando horrores por causa da umidade, imagina num sol rachando... Agora vou te falar, a tal da chapeuzinho vermelho era muito corajosa. Ia andando pela estrada afora no meio da mata e me senti um pouco desconfortável com isso. Sei lá, eu li sobre uns estudantes mexicanos que desapareceram, vai saber, no meio desse mato... Eu sou medrosa, admito!

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A região é dividida em três áreas. A opção foi seguir na direção da pirâmide grande, a maior pirâmide da civilização maia. Mentira, a opção foi seguir um pessoal porque eu não fazia ideia de onde eu estava, hehehe. Dá pra alugar umas bicicletas também, ou um táxi de bicicleta, se preferirem. Mas não, eu optei por ir andando. E ruínas foram aparecendo...

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Aí veio ela, a imponente pirâmide de 42 metros de altura. A maior da civilização maia. Dos sítios arqueológicos conhecidos, é a única que pode subir. Então, bora subir.... Só que não! Hahahahaha.... Nunca que a medrosa aqui ia fazer isso. Pior que tinha uma galera da terceira idade subindo, e eu? Aqui embaixo estava mais seguro. Se fosse mamãe, antes de eu piscar ela já estava lá em cima, hehehe. Mas tá bom, tô feliz.

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Voltando, rolou passar por outro grupo de pirâmides que existia lá dentro, que eu esqueci o nome. Aí tinha umas paradas bem legais também, o sol saía e deixava as pedrinhas mais claras. Bem no meio da mata, mó legal. Rolou até subir umas ruínas não tão altas. Só faltou o terceiro grupo, mas estava a 1km de distância, depois de tudo que eu andei, cansei. Fomos embora. Eu mal sabia que seria uma sábia decisão.

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Na saída já tem uma placa do ônibus da ADO. Não vou fazer a piadinha com a música, podexá. O lugar é um butequinho bem feio. Comprei a passagem ali e como ia demorar, resolvemos ir andando até a esquina que o ônibus parou para almoçar, numa remota esperança de ter wifi para entreter. E não é que tinha? Matando com a fome com tacos de frango, aprendi com o garçom o que eram aquelas caveirinhas que estão espalhadas por todos os lugares. Aqui no México se celebram o dia dos mortos. É como um Halloween, digamos. Celebram com comida e fazem um altar com fotos dos mortos. Tem até o festival de vida e morte.

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Foi só o prato chegar e começar a chover. Meu santo é forte mesmo! Choveu e parou umas cinco vezes. Sem exagero. Abria um solão, depois caía uma chuvona. Fiquei com dó da galera que estava no meio da lama. Tem um lago com crocodilo aqui do lado, mas diz o garçom que eles aparecem só no fim da tarde. Realmente, não vou ver os bichinhos. Hora de dar um passeio pela lojinhas enquanto o ônibus não vem. Depois, soninho no busão até chegar em Playa. Tá mó solão agora... Vale um sorvetinho!

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O duro é que o ônibus era só às 15h10. Tinham 3h para enrolar. Meu conselho é comprar a passagem de volta logo que chegar. Calcule no mínimo 2h na zona arqueológica. Se for nos 3 grupos umas 3h é o suficiente, a menos que pretenda filosofar sobre a existência dos maias no meio da floresta, certo? Depois de almoçar e enrolar horrores, o negócio é ficar no pé sujo esperando. Olha o naipe (detalhe do cidadão na cadeira do fundo):

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O ônibus chegou às 15h. Aí, foi apagar e chegar em Playa às 17h. Playa estava no ritmo "estou anoitecendo". Depois de umas pancadas de chuvas tentarem "enlamaçar" meu dia (era o pior que poderia acontecer), o tempo ficou limpo e firme. Quanto à Cobá eu gostei. A não ser que você seja aficcionado pela cultura maia, não vejo necessidade de ir até Chichén Itza. É muito tempo de viagem, mais de 7h dentro de um ônibus. Aliás, quem quer ver só um pouquinho, Tulum já está de bom tamanho. O legal de Cobá é que tem a maior das pirâmides maias, fica no meio de uma floresta fechada e pode subir, o que dá um clima muito legal. Mas tenha em mente que é um dia pra ir e voltar, mesmo Cobá. Até aquelas excursões mequetrefes que eles oferecem na rua leva um dia. Se não curte a parada, vá só para Tulum que tem a praia mais linda até agora. Se tiver tempo e quiser ver mais um pouco, vá para Cobá, mas só se tiver tempo. Agora, se tiver muuuuuito tempo, vá para Chichén Itza, ok? Fica a dica!

Só mais uma coisa que eu tenho observado nesses lugares. Quando se vê escrito informações turísticas ou similares, na grande maioria, são empresas de turismo tentando empurrar aqueles pacotinhos mequetrefes, tipo, pegadinha do Malandro, manja? Minha regra é: eu vou atrás do produto/serviço e não o contrário. Começou a oferecer algo na rua eu caio fora (a menos que eu queira muito, mas na maioria das vezes eu caio fora). Eles até que não enchem tanto, agradeço e se continuarem deixo falando sozinho. Eles não são que nem os chatos dos colombianos que vão atrás.

Agora, é noite em Playa! E o Fusion é o canal. Pra pegar mesa na areia tem que chegar cedo. Eu ainda consigo, mas hoje vai na mesa de dentro mesmo. Quer sentir a vibe do lugar?

Saindo daqui é compras e bate perna. Amanhã é outro dia e eu não tenho ideia do que fazer. Se alguém estiver lendo e tiver uma sugestão me avise, senão amanhã eu decido. Música da noite? A banda tocou aqui no Fusion, Guns'n'Roses, gostam?

Agora esse vídeo é de antes do Axl se transformar nessa coisa bizarra...

P.S.: Pô, virou moda agora prender peixe grande em novembro quando eu não estou no Brasil?

Publicado por Akemi Nomura 20:14 Arquivado em México

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