Cancun
"Life is lost in dreaming, dreaming is lost in becoming"
18.11.2014 - 18.11.2014
24 °C
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2014 México
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Hoje é o dia do destino que deve ser um dos top ten da CVC (Gezuis me ajuda): Cancun. Bom, já li o suficiente a respeito pra perceber que Cancun é uma espécie de Palm Beach maior. Palm Beach fica em Aruba, mas dá pra fazer muita coisa a pé. Já Cancun, ouvi dizer que é tudo muito longe. Então hoje o ônibus da ADO vai ser abolido. Já reservei um carro na Alamo por um dia, por US$50, mesmo preço de Cozumel. Mais um seguro total pra eu ficar em paz e tudo certo.
Já fui avisada que Cancun não deve ser o meu número. Por ser tudo longe, você acaba ficando dentro de resort e fazendo aqueles passeiozinhos mequetrefes. Como estarei motorizada, vou tentar conhecer algumas praias bonitas pelo menos. O bom de ir com baixa expectativa é ter a chance de me surpreender. Vamos ver...
8h da manhã, hora de pegar o carro. A Alamo fica uns 20m do hotel. Diz o cara que dá pra chegar sem gps... Aiaiai... Parece fácil mesmo, mas dirigir por instinto no exterior me assusta um pouco. Enfim, seja o que Deus quiser! O bom de ser criada na praia foi aprender a me orientar pela posição do sol, das estrelas, da Serra do Mar, ops, aqui não tem Serra do Mar... Enfim, um sol basta, é só o tempo não estar nublado, senão ferrou, hahahaha. Se bem que, no pior dos casos, eu chego nos Estados Unidos... #menomale
Aqui eles tem um esquema estranho de combustível. Sempre que eu alugo carro, recebo com tanque cheio e devolvo com tanque cheio. Mas aqui não. Você devolve como receber. Se receber meio tanque, devolve meio tanque. Se receber um pouco mais que meio tanque, devolve um pouco mais que meio tanque. E assim vai. Achei ruim isso, como abastecer pra entregar com "um pouco mais de meio tanque"? Enfim...
O carro era um Gol sedã, com ar condicionado. Peguei o carro no estacionamento da Alamo, na esquina da Calle 6 com a Avenida 15. Tipo, duas quadras do hotel. Aí era só seguir a Calle 6 até a carretera federal. Ali não tem erro, segue em frente que cai em Cancun. Chegando no entrocamento pro aeroporto, tem a placa de indica a Zona hoteleira. Segue ali e pronto, lá está o balneário de Cancun no seu formato de um 7.
Com 23km de extensão, Cancun é o maior e mais famoso balneário do México. Dizem ser até o maior balneário do Caribe. Até 1970, Cancun não era nada. Hoje, movimenta milhões de turistas do mundo todo na sua imensa ponta de areia em forma de 7, onde fica a zona hoteleira. Com estilo americano, como outros balneários da Riviera Maia, Cancun reúne belíssimas praias e uma vasta cultura. As festas de Cancun são famosas e se arriscam a dizer que colocam as noites de Las Vegas no chão.
O começo foi por baixo, na altura do km 23 do balneário. Ali não tem erro, pode-se dizer que existe apenas uma Avenida, o Boulevard Kukulcán. Salvo raras ruelas paralelas, é a única opção. E o começo foi como eu previa. Vários resorts enormes com poucas opções fora dele. Aí eu fui em busca das praias. Achei toda Riviera Maia bem sinalizada. Tinha indicação de todas as praias acessíveis. Mas é bom falar que todas as praias de Cancun são públicas, porém os resorts fecham boa parte dos acessos. Aí pra achar essas ruelas de acesso fica difícil, mas não impossível. Também é bom falar que hoje o vento estava muito forte, o que deixou o mar agitado. Não sei se é sempre assim ou só em dias de grande ventania. Enfim, vamos às praias (sem detalhes muito técnicos, só minha humilde opinião).
A primeira parada foi em Playa Delfines. Fácil pra estacionar, pelo menos na hora que chegamos, eram umas 9h. A extensão de areia era bem grande. Areia branca, fofa, várias palapas espalhadas, mas sem cadeiras. Tinham umas cadeiras amarradas, acho que iam chegar pra alugar ainda, sei lá. Tem banheiro, porém não vi lugares para comer ou coisa assim. É uma praia pouco claustrofóbica, porque não tem resorts fechando a área. A vista de Cancun é fenomenal e a água é de um azul claro e uma transparência de babar. Se eu não estivesse mal acostumada com os beach clubs eu até ficaria aqui (culpa da Mariana, rsrsrs). Mas eu estou de férias, quero gente me servindo, hehehe... Ah, o mar estava bem forte, com bandeira vermelha. Se tem uma coisa que eu respeito é mar bravo. Se tiver uma corrente rip ali já era (aposto que muita gente nem sabe o que é corrente rip, ou rip curl). Como uma boa caiçara eu sei que o mar é muito maior e mais forte que eu...
A segunda parada foi a Playa Marlin. O acesso é uma ruela entre dois resorts. Fica atrás do Kukulcán Plaza (um shopping) e tem um local esquisito de estacionar. Depois que eu me tocaria que dava pra estacionar no shopping. Achei a estrutura fraca, sem muitas opções. A água é como Delfines, azul bebê e uma transparência de babar. Aliás, acho que toda costa é assim. E como Delfines, o mar estava bem agitado também, com bandeira vermelha. Então, vamos respeitar...
Terceira parada, Playa Chac Mool. Que nome estranho... Essa praia fica no coração da Zona Hoteleira, perto do fervo. O acesso é entre dois resorts, muito bem sinalizada. Mas tem pouca vaga de estacionamento. Como é perto do fervo, se chegar tarde não tem onde parar. Estrutura quase nenhuma, essa praia foi feita pra galera do resort ir dar um mergulho e voltar pra piscina. Se bem que eu acho que nem eram resorts, eram edifícios comuns mesmo. Deve ser por isso a falta de estrutura, os resorts colocariam umas cadeiras e umas palapas para os hóspedes. Segue o mesmo padrão das anteriores, areia branca, água azul bebê, mar bravo e bandeira vermelha.
Eu já estava ficando meio conformada que eu não ia ter Beach Club aqui em Cancun. Aí eu fui dirigindo até a parte de cima do 7, pensei em parar em Playa Tortugas, que fica do lado do outro ferry que vai pra Isla Mujeres. Mas aí o cara do ferry me falou que o mar estava super agitado e com bandeira vermelha. Ele até disse pra eu deixar o carro e ir conhecer a praia, mas desisti. Resolvi voltar...
Peguei a Boulevard Kukulcán, passei por uma área cheia de lojas, restaurantes e centro comerciais que eu achei bem legal. Aí eu vi a guitarra do Hard Rock na entrada de um centro comercial. Fui me infiltrando com o carro até achar o estacionamento. No pior dos casos ali teria banheiro, hehe. Dei uma volta e fomos saindo do centro comercial a pé. Tinha uns 4 Máscaras na frente da Coco Bongo. Quando eu dei por mim, vi uma ruela lateral de acesso à praia. Bingo! Era a Playa Gaivota Azul.
Meio sem querer vi uma praia do mesmo estilo das anteriores, porém com um mar não tão forte e com bandeira amarela. E pra tornar meu dia melhor, dois beach clubs, um do lado do outro. O da direita, na frente do Hard Rock, cobrava MN$100 pra entrar. O da esquerda cobrava MN$300 de consumação mínima por pessoa. Fui no da esquerda mesmo. Chamava Mandala Beach Club. E meu dia foi assim:
O mar é impressionante, pelo menos nesse ponto. Você anda horrores e a água não passa da bunda, ops, do bumbum. E como estava agitadinho, tinha que andar horrores pra passar pelo ponto de quebra das ondas. E como vira e mexe vinha uma onda grande, tinha que prestar atenção pra não levar um caldo. Enfim, estava ótimo. A transparência da água me impressionou muito. Aí, viu como é bom não criar expectativas?
Bom, depois de tanta luta eu adormeci na cadeira, semi coberta pra proteger meu lado direito já esturricado do sol de ontem. Até que um infeliz de um garçom me chamou: "señorita, señorita, el pescado...". Nããããooooo, o pescado não era meu!!!! Inferno!!!! O sol foi encoberto pelas nuvens, eu achei até bom. Começou cair umas gotinhas de água, eu achei refrescante. Então às 14h30 ela chegou com força... Pega tudo e sai correndo pra baixo da palapa. Eu até não correria se na minha bolsa não tivesse ipad, iphone, câmera...
Ok, hora de ir embora. Já estava mais que suficiente. E a chuva não ia parar mesmo. Então, vamos conhecer a Cancun das compras. O estacionamento do centro comercial que eu parei custou MN$30 por 4 horas. Barato, né? Aí dei a volta e a idéia era ir para o La Isla. Falam que é o shopping mais legal da região, lojas conhecidas, clima agradável, aberto estilo outlet de Orlando. Mas estava chovendo... Do lado tinha o Boutique Palacio, com lojas como Louis Vuitton, Prada, Gucci, e eu com saída de praia, hahahaha. Fui pro Kukulcán Plaza mesmo. Um monte de loja desconhecida, hahahaha. Sério, ainda bem que não estava na vibe de compras. Mas na vibe de comer... Adivinha aonde?
16h30, hora de voltar pra Playa. Tentar não pegar estrada à noite. Tentar... Nem sempre é conseguir, rsrs. A chuva ficou forte, limpador de pára brisa no máximo, velocidade reduzida e seguindo placas, sem gps. Sem emoção não tem graça. Parabéns aos mexicanos pela sinalização. Deu tudo certo! Ainda consegui achar a rua que eu peguei o carro. Eu sou fantástica mesmo, viajar comigo deve ser tudo de bom, hahahaha...
Chovia em Playa del Carmen. Não o suficiente pra impedir um Häagen Dazs. Nosso amigo Abílio estava lá para nos atender. O lance foi ficar batendo papo com o pessoal da Häagen-Dazs e aprendendo um pouco com eles sobre culinária mexicana. Um tempurá de pescado no Fusion e boa noite!
Bom, vamos a minha opinião. Eu surpreendentemente gostei de Cancun. Se fosse ficar lá, ficaria na altura do km 10, perto do fervo. Lá pelo km 18 você fica isolado no resort. Aí eu não curto não. A água transparente me impressionou (não sei como eu ainda me impressiono). O atendimento é muito bom, e, pelo pouco que eu vi, os souvenirs são mais baratos. De negativo, achei que tem pouco beach club, a comida no beach club é cara e falta a animação típica da 5ª Avenida de Playa. Ainda fico com Playa por ser mais a minha cara, e por ser mais centralizada, mais fácil de chegar nos outros lugares da Riviera Maia.
Um beijo para você que poderia estar aqui e não quis... Hehehehe #malvada
Pra terminar, no clima do Hard Rock, o lindo do Bon Jovi com "It's my life":
Publicado por Akemi Nomura 20:09 Arquivado em México
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por Marcos