Atenas
02.06.2015 - 02.06.2015
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2015 Grécia e Dubai
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Ah, Atenas.... Chegou seu dia!!!! É como a Disney para os amantes de história. Junto com Roma, unem-se dois centros mega importantes do mundo antigo. Eu sei que a expectativa tem que ser baixa, uma vez que a crise econômica meio que devastou um pouco o que poderia ser uma bela cidade. Mas a Acrópole está ali, então, isso basta... E quando eu falo ali, é ali mesmo. Saca a vista do café da manhã.
Vou citar aqui duas fontes bacanas pra Atenas. Uma é o clássico Melhores Destinos. Sim, eles não ficam só procurando passagens baratas, eles tem ótimas dicas de viagem. Site simples, claro e com bastante conteúdo. O outro é o blog Viajando Bem e Barato que parece ser bem interessante, porque a moça morou em Atenas por 7 anos, inclusive conhecendo bem a cidade antes e depois da crise, o que dá um parecer real pra não passarmos por ciladas.
Bom, vou começar falando de onde se hospedar aqui. Ontem não estava muito a fim de falar, tava cansadaça... A Rita, do blog Viajando Bem e Barato, alertou pra um fato importante. A Atenas pós crise é bem diferente da anterior. Algumas regiões da cidade, como Omônia e Praça Karaiskáki, por exemplo, não são recomendadas. A policial ontem também falou pra tomar cuidado em Omônia. Por lá, encheu de imigrantes ilegais o que deixa o ambiente meio pesado. Lembro que em Oslo ficamos numa região assim e eu não gostei não. Inclusive a Rita alerta que um 4* nessas regiões são atualmente bem baratos, mas é melhor gastar mais num 3* no bairro de Plaka, por exemplo, que além de ser mais agradável, bem localizado, é seguro. Pra quem quer algo mais econômico, tem a região de Monastiráki. Como a gente viaja pra relaxar um pouco e aproveitar o máximo, o bairro escolhido foi Plaka. E Nosso Hotel foi o Athens Gate.
Pelo visto o que interessa está dentro desses limites do mapa acima.
Vamos começar o dia do hotel mesmo. Lá do terraço a gente vê o templo de Zeus Olímpico e os Arcos de Adriano. O templo de Zeus foi o maior da Grécia Antiga. Sócrates costumava encontrar com seus discípulos aqui. Hoje, restam algumas colunas. O Arco de Adriano é um portão de entrada do templo que foi construído em mármore do monte Pentélico. Tem 18 metros de altura.
Lá do hotel também, começamos nossa visita à Acrópole. Existiam várias acrópoles na Grécia antiga, mas a de Atenas era a mais imponente. O nome Acrópole já diz, cidade alta, de onde era mais fácil ser defendida. A Acrópole de Atenas custa 12 euros, mas tem direito a acesso em vários lugares. É uma boa subida, entre escadas e rampas. Quer uma dica? Leve água. Até chegar lá em cima tinham uns míseros bebedouros e nenhum lugar pra comprar. E se tiver sol a pino, como a gente pegou... Vai ser tenso!
A gente começa a visita pelo Teatro de Dionísio. O Teatro de Dionísio, o mais antigo do mundo, foi fundado no fim do século VI a.C. No século IV a.C. o auditorium foi totalmente reconstruído à base de pedra e adquiriu a forma que pode ser vista até os dias de hoje, apesar dos efeitos do tempo. O Teatro Dionísio, berço da dramaturgia ocidental, foi palco para a apresentação de tragédias escritas por dramaturgos muito importantes para a história do teatro, como Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
Próxima parada, e curta, o Odeão de Herodes. Foi construído a mando de Tiberius Claudius Atticus Herodes. Não sei quem é, mas gostei do nome. A foto foi tirada da Acropole.
Subindo mais um pouquinho, mentira, mais um poucão, chegamos no Templo de Atena Nike e no Propileu. Ao final da construção do Partenon, Péricles determinou que fosse feita uma entrada que estivesse à altura da beleza e da imponência dos templos construídos no local. O Propileu, então, foi erguido pelo arquiteto Mnesikles, todo em mármore branco do monte Pentélico, e até os dias de hoje continua sendo o ponto de partida dos visitantes até a parte mais alta da Acrópole. Em uma torre a sudoeste do Propileu está o charmoso Templo da Atena Niké (Niké é o mesmo que vitória), assim como o Partenon e o Propileu, todo feito em mármore do monte Pentélico. Segundo registros, no interior desse templo havia uma estátua da deusa Atena desprovida de asas, conhecida como Nike Apteros.
Passando pelo Propileu, vem a parte mais marcante de Atenas, o Partenon. Fica no ponto mais alto e visível da Acrópole esse famoso templo dedicado à Deusa Atena, padroeira da cidade.ma construção do local, cuja estrutura é toda em mármore branco do Monte Pentélico, teve início em 447 AC, durante o comando de Péricles. É sem dúvida o ponto alto da Acrópole. O Partenon está para Atenas assim como o Coliseu pra Roma. Valeu o esforço da subida.
Durante a ocupação turca uma bomba Veneziana caiu no Parthenon e causou uma tremenda explosão que destruiu uma grande parte do monumento que tinha sido preservado em bom estado até então. O desastre foi concluído no início do século 19, quando o embaixador Britânico em Constantinopla, Lord Elgin, roubou a maior parte da decoração escultórica do monumento (frisos, métopas, frontões) transferindo os para a Inglaterra e os vendeu para o Museu Inglês, onde ainda estão expostos, sendo uma das mais significativas coleções do museu. Sempre me lembro de minha professora de inglês falando que nenhuma visita na Grécia e Egito são completas sem visitar o museu de Londres.
Do lado esquerdo, está o Erecteion. Espaço mais sagrado da Acrópole. O nome é em homenagem a Erecteu, rei mítico de Atenas. O templo é todo em mármore do Monte Pentélico (gostei, haha). A sensação são as Cariátides. São seis colunas em forma de mulheres que sustentam o peso da cobertura.
Lá de cima da Acrópole, ainda deu pra ver o Parlamento, os Jardins e a região da Praça Syntagma, que passamos no primeiro dia, lembram? E bem atrás do templo de Zeus está o Estádio Panatinaikos, sede dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896.
Na saída, descemos e passamos pela Ágora Antiga. Era o centro financeiro, cultural, econômico, etc, da Grécia Antiga. Não tem muita coisa marcante ali, como no Palatino em Roma, por exemplo. Talvez de mais marcante sejam o Templo de Hefesto e a Livraria de Adriano. O templo de Hefesto é o templo grego antigo mais conservado, porém, pouco conhecido. Principalmente por ter seu vizinho Partenon logo ali. Reza a lenda da época do Império Bizantino que os restos mortais do herói Teseu (aquele que matou o Minotauro, lembra?) estariam enterrados ali. Quanto à Livraria de Adriano, bem, Adriano foi o cara da Roma Antiga, tinha que aparecer na Grécia também. Foi o próprio imperador que doou. Tem todas aquelas paradas romanas.
Saímos dali direto em Monastiraki. Esse bairro é como Plaka, super receptivo ao turismo. Lojas, restaurantes, compras, oba. Tipo, comprei azeite grego, ouzo, temperos, camiseta pro papai e um chocolate grego. É, tem neguinho que ficou sambando na minha cara no whatsapp por causa de um Lindt, vai receber um chocolate grego. Não sei como vai chegar, mas vai. Já cheias de sacolas, já quase cinco horas, voltamos pro hotel pra deixar tudo e fazer uma volta com o ônibus hop on hop off pra dar uma geral.
Passamos por vários lugares que conhecemos, passamos por praças que não passaríamos sem o ônibus por questão de segurança, passamos por universidades, prédios públicos, pelo estádio Panatinaikos. Vimos a Atenas real, vimos a Atenas antiga, vimos a Atenas bonita, vimos a Atenas feia. Sim, Atenas é uma cidade legal, sim Atenas não precisa de muito tempo, sim, Atenas tem que ser conhecida.
Última noite em Atenas, última noite na Grécia. Cansei de escrever por hoje, bjs...
"Eu não espero por nada.
Eu não tenho medo de nada.
Eu sou livre."
NIKOS KAZANTZAKIS
Publicado por Akemi Nomura 14:27 Arquivado em Grécia