Dubai 1
04.06.2015 - 04.06.2015 44 °C
Dubai, chegamos... Dessa vez é pra te desbravar, pelo menos um pouco. Já passei por aqui no seu auge, por volta de 2008. Faz 7 anos já, que horror... Depois teve um declínio, um princípio de crise, depois parece que a coisa estabilizou. Teve uma época que falavam que Dubai foi construída porque, sendo o petróleo um bem finito, teria como viver de turismo. Não sei, só sei que virou um símbolo de riqueza, poder e ostentação.
Nossa, está cada dia mais difícil acordar. Sério, foi muita força pra levantar hoje. O café da manhã aqui no hotel é divino. Muito bom mesmo. Já arrumamos as coisas e fomos esperar a Renata, uma amiga da Rosana. Ela é casada com um piloto da Emirates e mora em Dubai a cinco anos. Tem muito brasileiro na Emirates aqui em Dubai. Hoje ela foi nossa cicerone. Uma dica legal, ela faz parte da equipe que escreve o site Dubai em Cena. Bem legal pra quem quer informação do local.
O céu estava "empoeirado" hoje. E estava quente, muito quente. A Renata chegou no hotel um pouco depois das 10h. Já estava mais de 40 °C. Uma delícia! Ahaha... Fomos todas no carro dela. Nossa primeira parada, Madinat. Pelo que eu entendi é um complexo hoteleiro, tem um shopping e vários restaurantes. Tem mais informações na página que eu falei antes, a Dubai em Cena. O Madinat tem uma arquitetura arabesca, e na parte de fora um lago com uma vista fenomenal pro Burj Al Arab, né não?
Saindo de lá, passamos por uma avenida repleta de casas da família real. A Renata estava explicando que o Sheik é casado com 4 esposas. Cada uma vive em uma casa, uma mais luxuosa que a outra. A primeira, aparentemente, vive em um isolamento. As duas seguintes são relações meramente formais. A quarta e última esposa é a que o Sheik é verdadeiramente apaixonado.
Ela explicou também da a respeito da forma visionário que o pai do atual Sheik planejou a Dubai de hoje. Dubai teria sido muito pobre, vivia basicamente da pesca. Era apenas um ponto de passagem. Mais tarde, descobriram o petróleo e, já prevendo o esgotamento do petróleo, ele teve a ideia de construir uma cidade que atraísse o turismo. O filho deu continuidade ao projeto criando a cidade que é hoje. O objetivo é transformar a cidade num ponto de parada atraente ao turismo.
A Renata nos mostrou um prédio bem legal, porém não finalizado. Tinha tipo umas hastes em cima, não sei explicar direito. Parece que o Sheik queria que fosse feito um heliponto ali de forma que o helicóptero descesse entre as hastes. Não teve um arquiteto ou engenheiro que bancasse esse projeto até então. Rico não é louco, é excêntrico, rs.
Quanto à divisão geo-política, é mais ou menos o seguinte. São sete Emirados. O Sheik de Abu Dahbi seria como se fosse o presidente do país Emirados Árabes. Abu Dahbi é o emirado mais rico, com petróleo abundante pra uma penca de ano. Cada Emirado tem seu Sheik, que é uma espécie de governador.
Depois fomos na região conhecida como The Palm. A palmeira é uma marca registrada de Dubai. É um bairro construído em forma de Palmeira. Passear por ali não é tão chamativo, o interessante é ver de cima. Mas como tínhamos tempo, não só passamos pelo "tronco" da Palmeira, como chegamos no final, onde fica o Resort Atlantis. Outro ponto interessante de Dubai. Parece que nessa época é mais barato (não sei quanto) porque o calor é insuportável. Estranho falar isso, mas aqui essa época é quente demais pra ir pra piscina, rsrsrs. Pra chegar no Atlantis passamos por um túnel que chega a 50m abaixo do nível do mar. Entramos no resort pra dar uma volta. A forma que a gente entrou? Não conto! Ahahaha... Na saída, esperamos o carro num calorzinho de 44 °C.
Outra coisa que a Renata estava contando é a respeito das roupas. Os homens usam a baia branca, mas é opcional. As mulheres vai depender dos homens da família. Enquanto solteira, o pai decide. Depois de casada, o marido decide. Em geral, a vestimenta da mulher é toda preta. A maioria com o rosto de fora do lenço, uma outra parte com os olhos apenas e umas poucas com um lenço no rosto. A Renata disse que em geral as mulheres de Dubai usam o rosto de fora. As que cobrem o rosto são da Arábia Saudita.
Ela também falou da segurança. Ela se adaptou bem aqui principalmente porque a cidade é super segura. As leis são bem rígidas, e as prisões não tem ar condicionado, haha. Essa época não deve ser bom não. O Marcos já tinha falado dessa questão da segurança. Dubai é um Emirado liberal, você vê gente de burca a mini saia. Tudo é válido. Abu Dahbi é mais conservador, ali um cuidado com as roupas é fundamental.
Chegamos em outra região chamada Marina. Paramos em um shopping pra trocar dinheiro. Ali tem uma vista fenomenal. Um lago artificial entre os prédios tem a cara de Dubai. A ideia era irmos andando até outra região conhecida como JBR. Mas aí a Renata lembrou que tinha outro shopping pequeno mais perto. Economizaríamos passos debaixo de um calor de 50 °C. Não é fácil não.
Chegamos na região conhecida como JBR. É a orla de uma praia pública com uma espécie de shopping a céu aberto. A distância do lugar que a gente estacionou até os restaurantes nem era longa, mas aquele sol, ahhhh, acabou comigo. Caracas.... Coisa complicada viver aqui nessa época. E nos estacionamentos dos shoppings não é climatizado e a área é fechada, um bafo somado com um calor infernal. Tô fazendo um pouco de drama aqui, mas que é quente é... Almoçamos no Cheesecake Factory. Já eram 15h, tínhamos que dar essa parada. Parece que o tempo está nublado, mas não está não. É empoeirado mesmo.
Sai do dali, enfrentamos o calor até o carro e fomos no hotel buscar o outro carro, pra liberar a Renata depois. Rosana e Perola ficaram com a Renata, e eu fui com Gabi no outro carro. É bem legal dirigir aqui. Estamos com um Kia Sportage, super macio. E as ruas são bem largas. As placas estão em árabe e inglês. Super gostei. Fiquei impressionada com a poeira no ar. Não dava pra ver muito longe. Agora, chegando no Dubai Mall, a presença do Burj Khalifa impressiona.
Paramos o carro e fomos direto pegar o ticket pra subir no prédio. O Dubai Mall é o maior shopping do mundo. Esse realmente é grande. Depois que pegamos o ticket, paramos pra um sorvetinho porque ninguém é de ferro. Enquanto isso, a Renata contava umas histórias de uma princesa da Arábia Saudita que escreveu um livro sobre o lado obscuro da realeza árabe. Histórias muito fortes do nível que a coisa pode chegar, principalmente em relação às mulheres. Ela contou muita história, e tinha muita história pra contar. Pena que não tínhamos tempo pra ouvir. O papo estava bem interessante.
Deu a hora de subir no Burj. Nossa visita era até o andar 125. Custou 125 dinheiros, e estava agendada para às 19h, já que das 17h30 às 18h30 era mais caro, horário do pôr do sol. Na subida, umas imagens no elevador nos dá a ideia de quanto estamos subindo, ultrapassando alturas como as pirâmides, Torre Eiffel, etc. Então, vocês estão lembrando de como eu disse que estava o dia? Tipo, empoeirado? Adivinha o que a gente viu lá de cima? Quase nada! Uma pena! Não demos sorte no dia. Mas, paciência, não se ganha todas.
Desci sozinha, dei um perdido e me perdi literalmente das meninas. Mandei uma mensagem pra Renata pra saber se ela estava no shopping. Ela chegou junto das meninas. Aí fomos andar. Pqp, que shopping grande. Meu calcanhar não existia mais. Estava na hora de vermos o show das águas dançantes. A partir das 18h30, rola a cada 30 minutos. Um espetáculo.
Anda daqui, anda dali... Passamos por uma área carérrima, e andamos mais um pouco. No caminho, perguntei pra Renata se o Ramadã afetava os estrangeiros. Ela disse que sim, que durante esse período não podia comer ou beber fora de casa, só dentro de casa. E isso valia inclusive para os turistas. E o Ramadã começa dia 18/6, esse ano. Quase...
Esse shopping é gigante. Tem uma pista de patinação, um mega aquário e pessoas com roupas locais, o que, a meu ver, é a maior atração do lugar. Não é legal ficar batendo foto ou olhando, eles não são atração de circo pra isso. Mas que é interessante é... Só fiquei curiosa se quando um homem se perde da mulher ele a acha fácil... Tão todas iguais, hehe.
Nos despedimos da Renata pois ela tinha que buscar a filha. Pouco depois fomos embora também, tava todo mundo cansada. O ar do estacionamento estava irrespirável. Um calor absurdo. Demos uma paradinha no Mall of the Emirates pra Rosana olhar um presente pro sobrinho, mas não tinha. Depois, deixamos o carro no hotel e ainda fomos comer. Tinha um restaurante turco perto do hotel aberto ainda. Voltamos nos arrastando, um bom banho e cama.
Talvez eu tenha esquecida alguma história, ou me equivocado na hora de escrever. Mas fica a dica do blog Dubai em Cena, lá tem muita informação interessante e importante pro turista.
P.S.: Atrasei de novo D. Roselia, desculpa.... Bjs
Publicado por Akemi Nomura 11:18 Arquivado em Emiratos Árabes Unidos