Ayutthaya
23.04.2016 - 23.04.2016
42 °C
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2015 Califórnia
& 2016 Tailândia
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Bom dia Bangkok! Uma noite bem dormida revigora muito. Acordamos tranquilas, toda calma do mundo. Terminei de fazer os uploads das fotos pro blog e sem pressa nenhuma fomos tomar café. Fazer as escolhas dentro do padrão low carb e low sugar tá meio difícil, mas eu tô tentando. Ontem à noite tínhamos decidido ir pra Ayutthaya. Dei uma estudada nas opções de locomoção. Bom, tem n maneiras de ir: trem, van, ônibus de linha, táxi privado, excursão e até bicicleta. Os valores são proporcionais ao conforto. Como Ayutthaya fica a uns 80km de Bangkok e está previsto uns 40 °C pra hoje, decidimos pelo mais confortável, o táxi privado. Pela bagatela de 2500 bahts, algo em torno de R$260, tivemos um táxi à disposição durante todo o dia. Às 9h da manhã o motorista estava nos aguardando.
No caminho até Ayutthaya pegamos muito trânsito na saída de Bangkok. Não pude deixar de observar que quanto mais nos afastávamos da região central, menos as placas eram acompanhadas de sua tradução para inglês. Eu fico olhando essas placas e me perguntando como seria aprender esse idioma. Dá uma sacada.
Ayutthaya, o que vocês sabem sobre essa cidade? Ayutthaya foi a antiga capital da Tailândia de quando ainda atendia como Reino do Sião. Chamada de "cidade impenetrável" e fundada em torno de 1350 d.C., seu porto tinha forte ligação comercial com outros países. A cidade teria tido mais de 500 templos mas, em torno de 1795, os birmaneses (hoje Myanmar) invadiram a cidade e tocaram terror. Destruíram muita coisa que deixaram marcas até hoje. Quase 100 anos depois os tailandeses conseguiram recuperar a cidade e desta época data a fundação de Bangkok. Ayutthaya é desde 1991, Patrimônio Mundial da humanidade.
Nossa primeira parada foi Wat Yai Chai Mongkhon. O monastério que fica ali foi construído pelo rei U-Thong. Ele mandou exumar o corpo de dois carinhas, acho que monges, e cremou ali em 1357. O monastério foi dedicado a esses monges que foram estudar budismo no Ceilão. Já o templo, que faz parte desse complexo, foi erguido em homenagem ao rei Naresuan, o Grande, por sua vitória em cima do príncipe herdeiro da Birmânia em uma luta com elefantes. Nesse complexo também existe uma imensa estátua de um Buda deitado. A entrada custa 20 bahts, muito barato. A subida no templo foi bem sofrida por causa do calor, mas subimos.
A segunda parada foi na Villa do Elefante e Mercado Flutuante. Mal tínhamos descido do carro já fomos interceptadas por uma mocinha. Ela já nos encaminhou pra parte de dentro e disse que pra ir na área dos elefantes tinha que comprar ingresso. Perguntei quanto era e ela mostrava um banner na parede e explicava um monte de coisa. Fiz cara de conteúdo mas não estava entendendo nada do que ela estava falando. Aí Rosana me pergunta se eu estava entendendo alguma coisa porque ela também não estava entendendo, hahaha. Funny! Enfim, queriam nos cobrar 800 bahts por pessoa mesmo explicando que não queríamos fazer passeio de elefante, só ver. Ela fazia contas e chegou 700 por pessoa. Depois de muita insistência conseguimos nos livrar dela e andar nas lojinhas. Descobrimos 3 shows que saíam 500 bahts por pessoa: crocodilo, serpente e tigre. Já vi de crocodilo no Everglades e não gostei, detesto serpentes e o do tigre, gente, eles dopam os bichos pros turistas tirarem fotos... Não dá né? Quando a gente resolveu sair a mulher da entrada se materializou na nossa frente e veio oferecendo o "pacote do elefante" por 500 bahts pra duas pessoas.... A nossa resposta: "não obrigada". Esses lugares que usam elefantes dessa forma maltratam demais. O bichinho fica acorrentado, é castigado e tem que carregar mais peso nas costas que ele não suporta. Tinha lido que elefante suporta uns 40kg nas costas e eles colocam duas pessoas! Uns tempos atrás um turista morreu pisoteado por um elefante que se irritou com o castigo do "tratador". Gente, na boa, não vale a pena fazer turismo às custas do sofrimento do bicho.
Nesse calor absurdo o táxi foi um excelente investimento. Voltar pro ar condicionado era reconfortante. De quebra ainda tínhamos música tailandesa ao vivo (era o motorista cantando mesmo). Dali, fomos em Wat Maha That. Antes de entrar nesse templo vi uma placa com indicações do que fazer e do que não fazer, ou seja, como se portar nos templos. Algumas delas o bom senso já ensina como não debochar ou se pendurar nas esculturas de Buda e as roupas ideais pra se usar dentro de um templo. Outras coisas eu tinha lido e é mais local mesmo como não tocar na cabeça das pessoas ou apontar a ponta dos pés para alguém. Achei interessante a informação, só não descobri como é esse negócio de apontar o pé... #confusa.
Voltando a Wat Maha That, esse templo tem vários budas decapitados pelos birmaneses e uma das imagens mais legais: o buda nas raízes de uma árvore. O templo não é muito grande e boa parte são ruínas. A entrada custa 50 bahts, cerca de R$6, R$7. Muito barato, né? Triste ver a ignorância destruindo a história, coisa que ainda hoje acontece. Mas o lugar é bem maneiro.
Saímos cozinhando de lá. Entramos no ar condicionado e o motorista só falava: "too hot", "Ayutthaya hot", "hot, hot, hot". E ria, como ria.... Dali ele nos levou pra almoçar. Era um restaurante bem simples. Fiquei meio receosa da comida mas não foi de todo um mal. Não era aquilo que meu nutrólogo gostaria, mas também fica difícil seguir ao pé da letra aqui. Dentro das opções eu estou tentando fazer as melhores escolhas.
Enfim, voltamos ao nosso motorista que nos levou ao próximo destino: Wat Lokaya Sutha. Esta região inclui três ruínas restauradas. O ponto alto daqui é a enorme estátua do Buda deitado de 37 metros de comprimento e 8 de altura (em alguns lugares li 42m). Existe um altar em frente onde se pode deixar ofertas Buda. Aqui não precisa pagar entrada.
Fomos então no segundo templo da tarde: Wat Chaiwatthanaram. A entrada aqui também custa 50 bahts. Logo na entrada aconteceu uma coisa meio bizarra. Eu estava indo na frente e reparei em uma pessoa encostada numa árvore com uma câmera. De repente ela começa a andar na minha direção e quando eu vi que ia tirar minha foto eu olhei pra trás. Aí ela foi na direção da Rosana que também tomou um susto. Eu, pra variar, tive uma crise de riso e ficamos as duas sem entender nada.... Enfim, foco no Wat Chaiwatthanaram porque deu trabalho escrever esse nome, hahahaha. Bom, Wat Chaiwatthanaram pode ser traduzido como "Monastério dos Vitoriosos e Templo Próspero". Foi construído entre 1630 e 1650 pelo rei Prasat Thong do Reino de Ayutthaya em homenagem à memória de sua mãe. Foi usado para cerimônias reais, incluindo a cremação de membros da realeza.
Saindo dali Rosana viu o motivo das fotos na entrada. Eles estavam colocando em pratinhos. Mas as nossas devem ter saído bizarras demais pra isso, haha. Voltamos pra nossa carruagem com ar condicionado e perguntei pro motorista onde a gente iria. Ele respondeu. E eu não sei porque eu perguntei pois estava claro que eu não ia entender a resposta. Dito e feito, hahaha. E lá fomos nós com a trilha sonora do Michael Jackson com direito a dancinha do motorista enquanto dirigia, haha.
Wat Phu Khao Thong, ou Monastério da Montanha Dourada, foi construído pelo rei Ramesuan em 1395. Agora, sério, deu até calafrio quando vi aquela escadaria... Gente, eu nunca neguei meu medo de altura. Medo não, pavor. Já passei por situações estapafúrdias por conta disso. Mas eu vou subir! Pelo Buda lá em cima e pelo almoço que eu tinha que queimar. Eu subi debaixo de 42 °C queimando meus miolos e meus pés cozinhavam. Sabe o que tinha lá em cima? Nada! Nem um templinho sequer. Só a imagem do Buda que eu já via lá de baixo. Arrependimento? De jeito nenhum. Todo desafio é válido e toda caloria queimada mais ainda, haha.
O templo seguinte saía dos padrões que a gente vinha vendo. Foi bem difícil descobrir o nome desse lugar. Rosana ainda disse que não entendia porque eu não perguntava pro nosso motorista, hahaha. Achei do outro lado da rua uma placa com o nome: Wat Na Phramen, que é o Monastério da Pira Funeral. Esse templo foi construído pelo rei Ramathibodi II em 1503. Foi criado como uma área para cremação. Ao entrar no templo, deixamos o sapato na entrada e, por vias das dúvidas, cobrimos os ombros em respeito ao local. Lá dentro algumas pessoas oravam, outras, tiravam fotos. Tinha uma linda imagem do Buda no altar.
Bom, assim terminamos nosso dia em Ayutthaya. O motorista perguntou se a gente queria parar em mais algum templo. Dando umas voltas pela cidade você vê muitas ruínas espalhadas, afinal, eram mais de 500 templos. Concordamos que o dia já tinha sido bem produtivo. Uma coisa importante pra quem quiser vir: Ayutthaya é super bem sinalizada. Não precisa se preocupar, na dúvida, oriente-se pelas as placas como essa aqui embaixo, certo?
Já está ficando fácil entender esses desenhinhos,mhahaha. #sqn. Começamos nossa viagenzinha de volta. Deu até sono... Voltamos pro hotel pra nos recompor, tomar um banho e esfriar o corpo um pouco. Aí fomos comer no Shopping Terminal 21 aqui perto. Uma caminhadinha pra acabar o dia porque com o fuso ainda confuso, já batia o sono. Eu nunca vou entender o efeito do jet leg pra mim. Tem vezes que eu fico inteirona, tem vezes que eu desabo. Meus olhos já ardiam de sono. Fico por aqui por hoje. Vou até colocar uma música do Michael Jackson pra encerrar o dia. Até amanhã...
Até amanhã!
Publicado por Akemi Nomura 13:07 Arquivado em Tailândia
Que delicia visitar Ayutthaya com você. Já me arrependi de ter optado pelo mercado flutuante, ainda mais quando vi que próximo a Ayutthaya tbm tinha um. Fotos lindas. A self com o Buda na árvore está Simplesmente Demais.
por patipelomundo