Chiang Mai
26.04.2016 - 26.04.2016
40 °C
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2015 Califórnia
& 2016 Tailândia
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Bom dia!!!!! Só pra vocês se localizarem, achei esse mapinha na internet pra mostrar onde fica Chiang Mai. Fica bem no norte a cerca de 800km de Bangkok. Chiang Mai tem muito passeio de aventura também pra quem gosta e tem mais dias aqui.
Outra coisa, eu estava bem curiosa sobre o porque da posição deitada ou reclinada do Buda. Tem tanta, mas tanta, escultura do Buda deitado, deveria ter um motivo. Achei algumas páginas na internet com as seguintes explicações, inclusive para outras posturas do Buda (clique em cima pra direcionar para página): "É uma referência aos últimos momentos da vida do Buda"; "... geralmente representa a passagem final para o nirvana, que é o estado de vazio desejado por algumas seitas Budistas"; "É uma referência aos últimos momentos de vida de Buda."...
Nosso hotel aqui em Chiang Mai fica na cidade velha. Próxima da antiga Birmânia (hoje Myanmar), a cidade era sempre ameaçada de invasão pelos birmaneses e pelos mongóis. Pra evitar isso o rei decidiu erguer uma muralha em volta da cidade. Não deu muito certo porque os birmaneses chegaram a conquistar a cidade. Parte da muralha ainda existe. Dentro da muralha uma cidade com cara de interior. Essa foto é de ontem.
No pouco tempo que a gente está aqui já deu pra perceber que Chiang Mai é a capital espiritual da Tailândia e também pode-se dizer que é a capital cultural. E hoje tiramos o dia pra ver mais símbolos desse país. Optamos por um táxi privado pra podermos escolher o roteiro e fazermos no nosso tempo. Por 800 bahts faríamos 3 paradas. O carro privado dá a liberdade da gente fazer o que quer, no nosso tempo e com o conforto que a gente merece. Às 9h da manhã o motorista chegou.
Primeira parada: Maesa Elephant Camp. Tem muitos parques na Tailândia em que os animais sofrem maus tratos. Fazem os truques para não serem punidos. E recebem filhotes traficados também. Na região de Chiang Mai existem alguns que tem um tratamento diferenciado com o animal. Maesa tem uma boa reputação no tratamento dos animais e a alta taxa de fertilidade indica que os elefantes são mentalmente e socialmente saudáveis, segundo o site Lonely Planet.
O parque fica a uns 18km do hotel, numa região que tem muito entretenimento para turista. A entrada é salgada, custa 500 bahts. Mas quem tá na chuva é pra se molhar. Isso sem a opção de "passeio" no lombo do bicho. Essa eu não ia fazer mesmo (ainda mais depois que me falaram que um elefante tinha morrido no Camboja depois de carregar turistas num calor de 40 °C). Chegamos na hora que os elefantes se preparavam pra tomar banho de rio. Como não foram todos teve um ali que ficou "dando" abraços de tromba pra quem quisesse chegar (às custas de uma gorjetinha pro treinador, claro). Cada elefante ali tem nome e tem seu treinador. Dali foi divertido ver os bichinhos tomando banho no rio, se jogando na água e jogando água na gente... E os treinadores não perdiam a oportunidade de ganhar uma gorjetinha. Bananas eram vendidas lá dentro pra alimentar os animais.
Dali, fomos no show dos elefantes. Tem aqueles velhos truques de circo, blablabla. Confesso que aquele troço na mão do treinador me incomodava um pouco. Em que pese não houvesse correntes nos animais, a ideia daquela mini foice machucando o bichinho... Aiai. Eu não vi eles usarem, mas.... Enfim, eles fizeram o showzinho, jogaram bola, mas a parte que eu gostei mesmo foram eles pintando. Gente, saiu cada quadro lindo que se eu não tivesse visto não acreditaria que foi um elefante. No fim, os treinadores correm com os elefantes pra tentar ganhar mais uma tipzinha com alguma foto ou truque. Só não quis ganhar beijo de elefante, haha, mas foi uma experiência diferente.
Ainda vimos um bebezinho elefante nascido em outubro do ano passado. A parte triste foi ver a mãe acorrentada e inquieta... :-(. Isso eu não gostei, confesso. Faço um mea culpa aqui, afinal, esses elefantes deveriam estar na natureza. Era um sentimento contraditório de querer ver e tocar e ao mesmo tempo concordar que até isso é uma exploração do animal. Ao menos Maesa Camp é um zoológico onde eles são aparentemente bem tratados. Existem uns lugares pra quando você tem mais tempo em Chiang Mai de fazer um tour de dia inteiro com elefantes. Dá banho, alimenta, entra no rio com eles. Enfim, tudo muito solto, mais próximo da vida selvagem. Interessante, mas tem que ter tempo (e um pouco de coragem também).
Saímos dali pra uma experiência diferente (coisa comum na Tailândia, por sinal). Fomos até Baan Tong Luang. É uma vila de tribos eco-agriculturais da montanha. Achei estranho pagar ingresso, a entrada custa 500 bahts. Caro, né? Achava que fosse uma vila simples para dar apenas uma caminhada mas, quando vi que tinha ingresso, caí na real que era algo mais turístico mesmo. Logo que entramos o nosso motorista se materializou lá dentro e serviu de guia. A vila é pequena e dividida em alguns povos. Não vou saber o nome de todos mas, em comum, todos vendiam artesanato ali, usavam suas roupas típicas e as vilas eram realmente muito pobres. Comprei alguns artesanatos, vi que elas faziam os lenços ali na hora. Os lenços feitos à mão eram vendidos por 200 bahts, ou seja, pouco mais de R$20. Achei muito barato, ainda mais sendo fonte de sustento delas. Ju, amiga, comprei uma pulseirinha de elefante pra você.
É estranho falar isso mas a última "atração" da vila era o povo Karen. É uma coisa meio estranha porque parece um zoológico humano, entende? Enfim, perguntei pro motorista porque elas usavam aquele negócio no pescoço. Ele respondeu que era porque achavam bonito. Paramos num lugar onde uma mulher usava o "colar" e fiquei chocada com o peso daquilo. Quase cinco quilos! Perguntei pra ela desde quando ela usava o colar. Ela disse que desde os cinco anos. Ela tem hoje 56 anos. Parece que é tradição começar a usar com cinco anos. Já que entrei no zoológico, deixa eu fazer parte dele. Andamos ali mais um pouco e confesso que me dava um pouco de constrangimento de tirar fotos das mulheres girafa, sentimento esse que contrastava com a vontade de ver esse costume de perto.
Calor infernal, vamos pra próxima missão. Na saída nos deparamos com um homem montado num elefante. Sabe aquelas cenas de interior quando você se depara num homem montado num cavalo? Pois é, foi algo assim.
A última parada desse round é o Tiger Kingdom. Esses três lugares ficam numa estrada cheia de coisa pra fazer. Tem de tudo um pouco. Fazenda de cobras, show de crocodilos, de macacos, fazenda de orquídeas, esportes radicais, vixi, um monte de coisa. É só escolher e falar pro motorista. Mas pra gente esses 3 já estava de bom tamanho.
Tinha lido em um blog uma brasileira falando que no Tiger Kingdom os animais não ficam dopados. Eles são treinados mediante recompensa (e não punição). Confesso que isso não me animou muito não. Esse gato é muito grande. Lá os preços são categorizados de pequeno, médio e grande. Nossa coragem nos permitiu ir no mais caro, o newborn. Isso mesmo, o recém nascido, hahahahaha. Gente, quando eu vi os meninos que trabalham lá dando mamadeira bateu um Felícia feelings. Que vontade de apertar aquele gatinho. Pelo macio, muito fofo. O rapaz disse que era uma fêmea de dois meses. Quando eu tirei foto ela estava acordada, já quando a Rosana tirou ela estava dormindo. Depois fomos tirar juntas e teve um momento que ela acordou e levantou a cabeça. Meu, as duas marmanjas deram um pulo de susto, hahahahaha. Ah, o preço saiu por 1000 bahts com direito a uma foto no porta retrato. Cada foto extra era 50 bahts. Sabe o que é isso? R$5,5. Alô você que paga US$29 ou mais por cada foto com golfinho, tipo eu... :-(. Mas a gatinha foi fofa demais....
Apesar de que também bateu uma pergunta: cadê a mãe dessa criança? Mais uma vez sentimentos contraditórios. Concordo que esse animal deveria estar com a mãe na natureza mas admito uma imensa vontade de ver de perto. Mas também, como no caso dos elefantes, é um zoológico onde eles são bem tratados. Também não dá pra ser tão eco-xiita. Almoçamos ali no parque mesmo. O buffet saía por 250 bahts. Tentamos chamar o motorista pra almoçar com a gente, mas ele dava uma de mestre dos magos e sumia. Depois de chamar duas vezes desistimos. A comida até que estava gostosa. Por enquanto nenhum problema em relação à famosa comida tailandesa. Pegamos estrada de volta pro hotel. No caminho o motorista pediu licença pra buscar uma pessoa no caminho que iria pro mesmo hotel. Era um californiano que conversou um bom tempo com a gente. Confesso que fiquei feliz em ouvir um idioma que eu conseguia entender...
Chegamos no hotel, passamos pelo processo de resfriamento, haha. Estava cedo ainda. Resolvemos ver o que dava pra fazer ainda hoje. Eram 15h e a gente resolveu ver uns templos perto do hotel. Esse horário era o pior. O sol estava na força máxima. Aqui na cidade antiga tem vários templos e a localização do hotel ajudou muito nisso, até porque andar essa hora era algo muito próximo do insuportável. Logo na esquina perto do hotel tinha um templinho: Wat Phabong.
Um pouco mais a frente ficava o Wat Phra Singh Woramahawihan. Esse templo é muito citado nas dicas do que fazer em Chiang Mai. É um pouco maior que o anterior, tem colunas brancas discretas e um altar bem bonito. A entrada custa 20 bahts pra estrangeiro. Na última foto eu demorei a entender que se tratava de um monge. É o principal templo da cidade antiga.
No caminho até o próximo templo fizemos uma parada pra refrescar. Gente, olha como tá ficando fácil o tailandes:
Terceiro templo e aparentemente o mais imponente da cidade antiga: Wat Chedi Luang Worawihan. Acho que é o templo mais bonito do dia. Desde o teto, lustres, colunas até o altar. Tudo muito lindo. Ao lado tinha um templo menor em que mulheres não eram permitidas. Em torno do templo tinham várias imagens e atrás ruínas de um templo antigo. No complexo funciona também uma universidade budista. Na porta as mesmas regrinhas de comportamento. Neste templo existe um programa chamado "Monk chat". É uma conversa informal com os monges. Eles aprendem um pouco de inglês e você aprende um pouco de budismo. Pode ser algo interessante mas, pelo que eu li em alguns blogs, eles são de conversar pouco, principalmente com mulheres.
Tínhamos parado num estande de massagem tailandesa mas estava cheio. Pediram pra gente voltar em 1h. Eram 17h e estava muito quente. Sugeri voltarmos pro hotel que era perto. Às 18h voltamos lá e as massagistas estavam ocupadas. Mas como tinham dois lugares vazios pediram lra gente esperar deitadas ali. Enquanto esperava conectei num wifi público e fiquei na internet. Bola pra frente porque chegou a hora da massagem. E aperta dali, aperta daqui.... Com o perdão da palavra, mas "saporra" dói pra kct. A hora que ela apertou minha panturrilha eu achei que minha vida iria acabar naquele momento, hahaha. Dramática como sempre.... Hahahaha. Saímos de lá completamente zen. Era só comer alguma coisinha e ir dormir. Ainda encontramos com nosso amigo californiano no meio do caminho. Depois achamos um restaurantezinho perto do hotel (com wifi) e missão cumprida. Dia extremamente produtivo, principalmente pelo pouco tempo que a gente vai ter em Chiang Mai. Os grandes símbolos da Tailândia estão aqui, a vibe aqui é muito boa e a energia positiva é muito forte. Nós vamos embora amanhã à tarde revigoradas, com certeza!
Publicado por Akemi Nomura 15:07 Arquivado em Tailândia
Fotos lindas. Adorei!!!
por Vere