Um blog do Travellerspoint

Rio de Janeiro

Um dia olímpico

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Oi gente! Eu confesso que não tinha pensado em escrever esse post. Estava contando pra minha amiga e ela perguntou porque eu não ia escrever. É mesmo né? Foi uma experiência tão maneira que eu não podia deixar de registrar. Afinal esse blog trata-se de um diário de viagens. E foi uma viagem... uma viagem olímpica....

Vamos ao começo. Era uam segunda feira, final de julho e meu irmão em manda um whatsapp perguntando o que eu ia fazer dia 10 de agosto, se eu estaria viajando, enfim, respondi. Estaria aqui em Vitória mesmo. Ele disse que tinha um convite para ir numa prova de natação com tudo pago. Demorei a entender do que se tratava, hahaha, muito lesada. Quando eu entendi eu disse pra me colocar nessa porque eu queria participar. Ainda mais com tudo pago. No final a data nem era dia 10, era dia 11. Conversei com minha chefe para ajustar esse dia e tudo ok, lá vou eu.

Gente, quando meu irmão disse tudo pago, era inclusive a passagem aérea e hotel. Não era só ingresso como eu pensava de primeira. Reservaram pra mim um voo de Vitória pra São Paulo e de lá pro Rio. Encontrei meu irmão no voo de Congonhas pro Santos Dumont. Só com bagagem de mão, afinal era praticamente um bate e volta, chegamos no Rio na quarta à noite. Friozinho, chuva e a moça do receptivo nos aguardava. Tinha chovido muito naquele dia, inclusive algumas partidas de tenis tinham sido canceladas. Fiquei pensando em quem fez bate e volta só pra aquilo, como a gente estava fazendo.... Agora era torcer pra não chover no dia seguinte.

De van fomos levados até o hotel que ficava no Flamengo, chama Windsor Flórida. Parece que antigamente era só hotel Flórida. Foi comprado pela rede Windsor, reformado e ficou 10. Tinham várias delegações lá. Não atletas, acredito que era gente de comitês nacionais, talvez parte de comissão técnica. Não sei se todos ficam na Vila dos Atletas. Enfim, tinha um andar que parecia que eram só QGs: era Time Grâ Bretanha, Time Itália, Time China, Time não sei o que.... Bom, quanto ao hotel, posso dizer que era muito bom. Reformado, quartos limpos, amplos, bom banheiro, boas facilidades (É assim que se fala? Em inglês a gente se refere como facilities, mas em português não sei.). Nessa minha fase fit eu já tinha visto na internet que tinha uma pequena academia no hotel com esteira da Life. São as mesmas esteiras da Bodytech. Já tinha visto onde ficava a Bodytech ali em Botafogo, mas já que tinha no hotel e eram boas, era ali mesmo que eu ia malhar. Ainda no terraço tinha uma piscina (mas tava friiiiio) e um bar onde os gringos iam no fim de dia. Não tinha vista muito bonita além do Cristo Redentor lá longe, afinal, era o centro do Rio. Enfm, quanto ao hotel, não faço a ideia do preço pois não paguei, hehehe, mas ue gostei bastante do hotel, se couber no budget eu recomendo.

Bom, hora de jantar. Depois de conhecer o hotel e esperar um pouco o trânsito melhorar, bora chamar um Uber. Essa parte era por nossa conta. Deixei o irmão escolher porque se dependesse de mim eu não seria tão criativa, provavelmente seria Outback. Fomos no Gula Gula, uma rede tradicional no Rio com menu diversos ali na Casa Gourmet, do lado do Rio Sul. Essa região me lembra quando eu vinha no Rio quando criança. Já frequentei muito o shopping Rio Sul. Aliás, dessa época eu só lembro do Rio Sul e do Barra Shopping (que era loooonge). Irmão hiperativo, como sempre, foi mapear o que rolava na Casa da Áustria, que ficava ali no Botafogo (clube). Depois de comer fomos só ver o que rolava ali. Tinha uma fila quilométrica pra entrar e não andava. Passamos na frente pra ver e a balada rolava solta. Parece que tava legal mas minha alma de 80 anos me chamava pro hotel e no dia seguinte a van ia passar às 7h pra nos buscar.

Bom, o café da manhã começava às 6h30, deu tempo de comer de boa antes da van chegar. Dali, nos levaram para o meeting point da Latam. A ideia inicial era, depois de pegar a gente, ir até o Recreio pegar mais duas pessoas. mas como estava sem trãnsito, chegamos cedo e a moça decidiu ver se tinha algum ônibus disponível pra gente ir mais cedo. Tinha! No meeting point tinha um lounge bem bacana da Latam com comidinhas e bebidinhas. O ônibus saiu às 8h30 e nos deixou às 9h em uma entrada exclusiva ao Parque Olímpico.

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Descemos praticamente na porta, estava cedo, não tinha fila, foi super sossegado, Claro que eu não levei um monte de cacareco pra parar no raio x, só o necessário pra sobreviver. Já nos encaminharam para a Hospitalidade que é uma espécie de área Vip. Tinham várias ali, a nossa era a Ipanema. Já recebemos a pulseirinha e ficamos um pouquinho por ali. Bebida, comidinha, muito lugar pra sentar, várias televisões passando um pouco de tudo, wifi e banheiro limpo. Ah, e mimo, muito mimo. Foi um dia pra divar e vipar, hahahaha.

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Depois fomos dar uma volta pelo Parque Olímpico. Eram umas 9h30 e, pelo menos andando no parque, tinham poucas pessoas. Fomos andando pelas arenas, tudo muito amplo, limpo e bem bonito. Ali no Parque da Barra eram 9 arenas. Claro que tinha que tirar uma foto nos anéis olímpicos. Fiz um "acoxambramento" porque não estava a fim de fila. Fomos na mega loja que tinha lá dentro. Gente, tudo caaaaarooooo. Um bonequinho daqueles mascotes, não sei se é o Tom ou Vinicios, saía por R$ 115. Detalhe, o pequeno. E o esquema da loja era fazer vc ir andando em zigzag pra saída, aí vc tem que passar por tudo, sabe? Mas já não estava pensando em comprar nada, com aqueles preços então....

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Bom, vamos lá, três coisas estavam reclamando da organização que não me atingiram devido ao pacote da Latam. Os banheiros estariam sujos e não teria água. Não cheguei nem perto. Taí uma coisa que eu tenho nojinho, muito nojinho. Como eu tinha acesso a hospitalidade esse problema eu não passei, mas também não sei se tinham resolvido ou não. Problema número dois e muito importante: comida. Teriam filas quilométricas, sujeito a ficar muitp tempo na fila e chegar lá e não ter comida. Sei como é isso porque passei por isso na Copa. Mais uma vez esse problema não me atingiu devido ao acesso à hospitalidade. Nem tentei ver o que tinha. Na hora que estávamos andando pelo parque tinha pouca gente então não tinha fila, mas na hora do almoço eu não sei. Outra questão era o fato de só vender "porcaria", tipo pizza, cachorro quente, essas coisas. Por volta das 12h30, quando me dirigia ao estádio aquático, não percebi grandes filas não. Não sei se resolveram a questão ou se não tinha comida. Enfim, na hospitalidade tinha bebida e comidinhas à vontade. Como eu ia falar não? Hahahaha. Terceiro ponto, filas na chegada. Mais uma vez o esquema da Latam veio com tudo pra deixar meu dia perfeito. O nosso acesso era separado da geral. Nos deixaram bem na entrada separada, estava cedo, sem fila, e já saía na hospitalidade e estádio aquático. Mas essa parte aparentemente funcionoava direitinho. Se houve problema nos primeiros dias, naquele dia não parecia ter. O portão abria às 8h, mas a maior parte das pessoas chegava por volta das 9h30. Como muitos jogos começavam às 10h a conclusão é que o povo chegava em cima da hora mesmo. Aí é uma questão cultural, realmente absorver tanta gente de uma vez é complicado. Mas aparentemente naquele dia essa parte funcionou bem.

De volta pro relato do dia. Saindo da loja, já tínhamos dado a volta no Parque, passando pelas arenas no outro extremo, porque não voltar pra hospitalidade e ficar ali de bobeira? Era só escolher um lugar próximo a uma televisão que passasse algo que interessava e ficar lá. E se tivesse passando badminton, haha, era só pedir pra colocarem no, sei lá, judô. Porque ninguém merece ficar assistindo badminton né? Hehehehe. Quando deu 12h serviram o almoço. Comidinha quentinha, gostosa, com boas opções, comendo bem acomodada. Tinha uma ssobremesas bem gostosas também, ou pelo menos parecia, haha.

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Hora de ir pro estádio aquático.

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Dois minutinhos tava lá. A entrada foi bem sossegada, o estádio aquático não estava lotada. Faltou um pouquinho de voluntário na parte externa pra ajudar a achar o acesso certo, mas lá dentro tava tudo ok. A arena estava lindíssima! Fiquei boquiaberta. Tá certo que tb tinha assento atrás de coluna, mas essa parte abafa pq não tinha ninguém ali mesmo. Mas absurdo fazer um negócio daquele e colocar assento atrás de coluna, fala sério! Bom, tirando isso estava tudo perfeito. E era dia de ver grandes atletas. As monstras Katie Ledecky e a iron lady Katinka qualquer coisa (não sei o sobrenome dela) imperaram. Mas a cereja do bolo foi ele, o maior atleta olímpico de todos os tempos. Bateu recorde que durava dois milênios e, acredito, não devo viver pra ver alguém bater esse recorde. Ninguém menos que Michael Phelps. O cara é simplesmente sobrehumano. E eu vivi pra ver ao vivo. Amo a natação desde sempre e pude ver o melhor dos melhores. Essa experiência com certeza foi inesquecível.

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Eram umas 15h00 quando acabou a natação, era hora de deixar o estádio aquático. O translado sairia às 16h dali, ainda tinha tempo pra ir pra hospitalidade comer alguma coisinha e assistir algo que estivesse acontecendo naquele momento. Deu 16h a hospitalidade fechava para se prepararem pra parte da noite e nós nos preparávamos para ir embora. Foi um longo trajeto. Do Parque Olímpico pro meeting point na Barra, depois fomos deixar duas pessoas no Recreio dos Bandeirantes, por fim, caminho de volta fazendo praticamente todo "do Leme ao Pontal", só que ao contrário. A hora que chegamos na zona sul, meus amigos, parou tudo. Eu já estava pra lá de Bagdá naquela van. O trânsito de Copacabana estava pra dar saudades do de São Paulo. Simplesmente terrível. Resultamo, saímos às 16h da Barra e chegamos às 19h no hotel no Flamengo.

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Estava mega cansada, mas mesmo assim me arrastei até a academia do hotel no 10º andar e foi ótimo. Coloquei todo cansaço pra fora naquela esteira. Voltei pro quarto e fui tomar um banho. Depois saímos e fomos jantar no shopping Rio Sul. O shopping Rio Sul me remete à infância, quando ia bastante ao Rio de Janeiro. Acho que já falei isso, ou não? Hehe. Preguiça de reler... Enfim, depois de jantar light voltamos pro hotel. Queria ver a final dos 200 medley mas eu dormi de tão cansada. Pior, estava vendo a premição de uma prova de natação anterior à final e dormi bem nessa hora. Não vi o Phelps ganhar mais um ouro, mas, tudo bem. A sensação de estar numa Olimpíada, que é algo que eu amo de verdade, já valeu a pena. Foi um dia olímpico pra não esquecer...

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No dia seguinte, antes de ir pro aeroporto, deu tempo de dar uma passadinha no Boulevard Olímpico. É uma área portuária do Rio que estava completamente degradada. Era feia, bem feia. A perimetral passava ali rpa deixar mais feia ainda. Os navios de cruzeiro que chegavam ali davam de cara com um lugar horroroso. Era horroroso! Não é mais! Colocaram a perimetral no chão, arrumaram os armazéns que não tinham uso, fizeram um calçamento, revitalizaram a área, a prala Mauá ganhou o belíssimo museo do amanhã e o centro do Rio ganhou vida. Esse foi um grande leago pra cidade. Tá certo que eu me pergunto também porque não ter feito isso antes, porque foi necessário Olimpíada pra ter uma ação da administração como essa? Mas, enfim, depois de um dia maneiro desse não é hora de mau humor. O fato é que ficou muito lindo e, não tem como negar, o Rio de Janeiro continua lindo!

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Agora, fala pra mim, fazer tudo isso "na faixa"... eu tenho ou não tenho o melhor irmão do mundo?

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P.S.: Melhor irmã do mundo também, afinal, se não fosse por ela eu não teria ido na abertura da Copa.

Publicado por Akemi Nomura 08:05 Arquivado em Brasil

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