Sydney
MODERNA, DINÂMICA, COSMOPOLITA E ELEGANTE
06.05.2008 - 23.05.2008
12 °C
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2008 Australia e NZ
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
De todas as cidades que eu visitei, se alguém me perguntasse em qual delas eu moraria, responderia sem hesitar: “Sydney”. Por mais que eu ame história, que eu ame a Europa, Sydney é a cidade que mais se parece com as cidades brasileiras. Desde o clima, das belezas naturais, até o astral das pessoas, a cidade é muito alegre. As águas da baía cortando o centro da cidade dão um charme especial. Sydney, capital de coração da Austrália, é moderna, dinâmica, transborda segurança. Os australianos são receptivos e simpáticos. Claro que nem tudo são flores. Um país tão novo ainda tem resquícios do preconceito de uma colonização recente. Em Sydney você vê gente de todo o mundo, mas é difícil ver a miscigenação como no Brasil. Mas não dá pra ser perfeito em tudo mesmo. Tirando esta parte, que eu tenho certeza que os australianos vão aprender com o tempo a superar, Sydney só tem elogios a receber.
Primeira parada, Harbour Bridge e Opera House. Não podia ser diferente. Saindo de Eastlakes e pegando o simpático ônibus da linha 343, nos deparamos com um simpático motorista angolano que logo percebeu nosso português peculiar. O ônibus em Sydney é ligeiramente caro, depende do percurso que você vai fazer. Ao entrar no ônibus você paga a passagem ao motorista e diz até onde você vai, pois daí se estipula o preço da passagem. O destino quase sempre era a elegante loja no centro chamada David Jones. Ou então o píer de Circular Quay. A passagem custava em torno de 3 dólares australianos, o que é bem salgado. Bom, o primeiro destino foi Circular Quay. Não custa citar aqui que na Austrália, como na Nova Zelândia, impera a mão inglesa. Então cuidado pra não errar o sentido do ônibus.
Descendo em Circular Quay e indo em direção às docas, a primeira imagem é de um dos cartões postais mais famosos da Austrália, a Harbour Bridge. A moderna ponte é uma das principais atrações das viradas de ano do mundo inteiro, sendo o auge das explosões de fogos de artifício na baía de Sydney. A ponte reserva outra atração para os aventureiros, a escalada. Lá de baixo é possível ver os corajosos que pagaram cerca 200 dólares australianos para ter uma vista indescritível da cidade. Essa pra mim vai ficar pra próxima.
Ali mesmo, em Circular Quay, do lado direito o outro grande cartão postal da cidade, a Ópera House. A bela arquitetura da Ópera a beira da baía impressiona. São cinco prédios que recebem atrações do mundo inteiro. Embaixo da Ópera existem vários bares e restaurantes. A dica é, no fim da tarde, escolher um e ficar ali até anoitecer. A ponte iluminada é uma bela imagem que fica guardada pra sempre.
Sydney, apesar de entrecortada pelo mar não tem praias de oceano, e sim praias de baía. A praia mais famosa de Sydney se chama Bondai Beach. É simplesmente muito linda. É pequena, como toda praia de baía, mas tem um mar azul, areais claras, fortes ondas e por conseqüência muitos surfistas, bem ao estilo do que eu imaginava de praias australianas. Mais um detalhe, uma marca da Austrália, essas praias são sempre monitoradas por serem muito freqüentadas não só por banhistas e surfistas como também por tubarões brancos. Nada que um shark alarm não resolva...
Descendo de ônibus no ponto da David Jones, na Elizabeth Street, também nos deparamos com o belo Hyde Park. Dali é possível conhecer a Catedral da cidade, como também o Australian Museum. Ali no centro ainda está a majestosa torre Center Point Tower. Como em Auckland, a torre tem um restaurante giratório, cafés e uma vista magnífica da cidade. Em um dia claro, o brilho das águas da baía em torno da cidade toram a imagem ainda mais especial.
Seguindo ali do centro mesmo, é possível pegar o simpático monorail para um passeio diferente, o Sydney Fish Market. Fica aqui uma dica, um lugar em que um grupo de turistas japoneses vai tem sempre coisa boa, pelo menos em 95% dos casos. Pode parecer estranho ir ao mercado de peixe, mas o de Sydney vale à pena. Além de conhecer a bela Anzak Bridge vai ser um dos lugares que vai ficar marcado pela culinária.
Outro lugar bem bacana para conhecer é um cantinho da cidade chamado The Rocks. São várias ruelas estreitas de pedestres repletas de pubs com um charme especial. Perto da região onde desembarcaram os primeiros “convicts”, é o mais perto de antigo em Sydney. Sempre animado, vale uma caminhada até os pés da Harbour Bridge tendo outro ângulo de visão da ponte e da Ópera.
Sydney pode ser um lugar para conhecer os animais mais estranhos que você já viu. Duvida? Vá ao Taronga Zoo, o zoológico da cidade. Não perca seu tempo vendo elefantes ou macacos. Vá direto pro setor chamado Wild Australia. Partindo do Circular Quay, as always, na hora de comprar a passagem do barco já se compram as entradas do zoológico. Atravessando a baía, na entrada do zoológico já está inclusa a passagem do ônibus. Mas, quer uma dica? Suba de teleférico, é de graça e mais divertido. No zoológico procure pelo que interessa: cangurus, wallabies, coalas, dingos, diabos da tasmânia, e outros mais... Mas o mais interessante? O ornitorrinco, ou platypus. Ele fica num tanque em um lugar fechado e se esconde o tempo todo. Realmente é um bichinho esquisito. E tem toda uma lenda aborígene envolvendo ele, que o coloca como a união de todos os animais. Não pode tirar foto com flash, e, nadando ele é rápido, eu aconselho filmar e depois tentar capturar umas fotos do filme.
Manly pode ser um lugar interessante para conhecer. Também partindo de Circular Quay, vá de barco até Manly. E fique por lá até umas 17h. Tem um Max Brenner nas docas pra ajudar a passar o tempo. Pegue o primeiro barco de volta depois das 17h. Você vai ver um dos mais belos pôr do sol já visto. Mesmo em um dia frio, vale encarar o vento gelado batendo contra, depois você se entende com a gripe.
Darling Harbour é um lugar que transpira juventude. Com muitos restaurantes, pubs e bares, é agitado 24h por dia. De dia, vale conhecer o aquário de Sydney e seus famosos e gigantescos crocodilos e tubarões. É um clima de paz estar embaixo de um tanque com imensos tubarões nadando sobre as nossas cabeças. Mas esse clima de paz se quebra logo ao imaginar aquele tanque rachando e aqueles enormes animais tão perto. De noite, Darling Harbour é agitação total, pra todos os gostos...
Pra conhecer bem de perto dois símbolos australianos eu recomendo o Koala Park. Pra chegar lá tem que ir de trem. Vá até a estação central e pegue o trem para Peanut Hills. Descendo na estação, se você não errar o lado é só atravessar a rua que verá um ponto de ônibus. Se informe com o motorista se o ônibus para no Koala Park. Peça pra ele avisá-lo do ponto de descida. No Koala Park você tem um contato de verdade com esses animais, inclusive alimentando os cangurus com a comida apropriada vendida no parque. É uma sensação muito estranha e divertida estar cercada de cangurus disputando aquela comidinha esquisita na sua mão. Mas com certeza é inesquecível. Fora que são dois dos animais mais fofos da face da Terra, e só estando na Austrália pra ter essa sensação.
Cidade que sediou os jogos olímpicos em 2000, um passeio pelo Parque Olímpico me fez tremer pensando nos jogos Olímpicos no Brasil. A estrutura montada lá é impressionante. Um lugar moderno, com fácil acesso, diversas arenas, a antiga vila olímpica que hoje é um bairro de alto nível... e a forma como é bem utilizada até hoje. O que os australianos fizeram foi uma lição de competência. Deus nos abençoe!
Sydney é isso e muito mais. Conhecendo australianos, você tem chance de conhecer recantos da cidade que poucos turistas conhecem. Mas se conhecer só o que eu citei aqui já é mais do que suficiente pra sair de Sydney querendo voltar!
Publicado por Akemi Nomura 19:16 Arquivado em Austrália Tagged sydney
Nossa adorei o descrição que vc fez de cada lugar ainda não conheci todos estes que vc citou mas estou encantada com a beleza daqui!
por LAURA PECLAT