Lima - 1
Centro Histórico
08.11.2017 - 08.11.2017
17 °C
Visualizar
2017 Peru
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Apertar os cintos, preparar pra decolar...
Peru é um lugar da América Latina que merece atenção. Então vamos nós, eu e a baixinha tentar curar as feridas. Mas vamos falar de coisas alegres porque assim que a vida deve ser.
Comecei essa viagem o bagaço da laranja. Explico, de última hora decidi ir no show do Coldplay. Um dia antes de viajar. Ok, sabia que ia acabar tarde e ia ter que acordar cedo no dia seguinte, mas não contava que atrasasse duas horas. Mas, paciência. O show foi phoda então valeu. Ah, não foi só isso. No dia do show acordei com muita tontura. Gente, não podia mudar de posição que a cabeça girava. Acordei e quase não levantei. Só faltava essa, labirintite. No dia do show e um dia antes de viajar. Passei a manhã inteira deitada e na hora de ir pro show eu e minha amiga passamos na farmácia. Sobrevivi ao show sem pular muito, mas deu certo. Dormi duas horinhas e acordei pra ir pro aeroporto. Como eu disse no início, o bagaço da laranja.
Tomamos café no Lounge do Master e embarcamos. Voo tranquilo, deu pra dormir um pouquinho. Pousamos no Peru às 10h30, 3h a menos de fuso. A chegada no Peru é... feia. Pois é, não sei como explicar melhor que isso. O aeroporto não fica em Lima, fica em uma cidade vizinha... feia. Segui as orientações do blog do Ricardo Freire e fui atrás do Green Táxi. O preço parecia razoável com o que ele publicou e os carros eram razoáveis também. Parece que no Peru tem táxis muito ruins. Enfim, partiu Lima. A primeira orientação do motorista era pra colocar as bolsas no chão no trajeto. Acredito que seja por segurança porque o caminho era... feio. E esse trânsito, como buzinam...
Chegamos no centro. Muitos recomendam ficar em Miraflores mas eu resolvi ficar no centro msm. O motorista disse que não era uma boa ideia porque a noite era perigoso. Paciência! O hotel estava bem avaliado e ficava no coração do centro histórico. Bora ver qual é. Descemos e tivemos que andar uma parte porque ficava em um calçadão. Tipo a rua São Bento, em SP. Muito comércio e muita gente. A surpresa na chegada foi ver uma bruta escada. Ainda bem que a mala estava só com 15kg. O hotel eu avalio depois porque sem usar fica difícil falar.
Já eram 13h no Peru, portanto 16h no Brasil. Eu estava faminta. Olhei o tripadvisor e peguei uma dica lá. A maioria funciona bem. Li que Lima é a capital gastronômica da América Latina. Juro que não sabia. Tem dois dos dez melhores restaurantes do mundo: Maido e Central. O Maido foi eleito o melhor da América Latina. Tem o Astrid & Gastón que é super conhecido aqui. Acho que não entendo muito de gastronomia porque não sabia nada disso, haha. Enfim, fomos no El 10, na Plaza de Armas. Tem um pouco de sofisticação e a comida, gente, que comida maravilhosa. De entrada pedimos um ceviche, claro. Depois mamãe pediu um lomo fino e eu um salmão. Pratos enoooormes e deliciosos. O preço é justo. Na faixa de R$70 no total sem vinhos. Eu recomendo.
Depois de comer eu estava feliz. Com sono mas feliz. Aí começamos a andar pelo centro histórico. Primeira observação: tudo muito limpo e bem policiado. A nossa história começa na Plaza de Armas. Uma praça muito bonita e florida.
Em 1746 Lima teve um terremoto que derrubou a maioria das construções dos séculos VXI e VXII, mas as construções clássicas vão sendo aos poucos restauradas. A Plaza de Armas que hoje concentra vários dos principais pontos históricos na cidade já foi palco de execuções relacionadas à Inquisição na América Latina. Foi aqui que em 1535 Francisco Pizarro fundou a cidade que já foi a capital do Império espanhol na América do Sul. Foi aqui também que em 1821 foi declarada a Independência do Peru. No centro da Praça fica a fonte de bronze datada de 1651 encomendada pelo então vice-rei do Peru.
De um lado fica o prédio da Municipalidad de Lima. Uma espécie de subprefeitura já que Lima é composta por várias municipalidades. Foi construído em 1943, porém sua estrutura é datada de 1549. As visitas são guiadas e gratuitas percorrendo os belos salões do palácio. Mas pulamos essa parte, ficamos apenas com a parte externa mesmo.
Logo ao lado fica o Palácio do Governo. É a residência oficial do presidente da República. Foi remodelado e inaugurado em 1938 após um incêndio. O palácio fica no terreno que pertenceu a um chefe pré-hispânico do vale do Rimac. O Palácio do Governo tem a troca de guarda todos os dias às 11h45. Já as visitas são restritas uma vez que o palácio serve também como residência presidencial. Também ficamos só com a parte externa.
Aí fomos pro lado da Catedral e do Palácio Episcopal. Outra grande estrutura da Plaza de Armas, a Catedral de Lima foi um dos edifícios destruídos pelo grande terremoto de 1746. A estrutura atual foi de uma reforma após o terremoto de 1940 come stilo barroco renascentista. A entrada custa 10 sóis. O interior é repleto de belas capelas e obras sacras. Na primeira capela ficam os restos mortais de Francisco Pizarro, fundador da cidade. Dizem que foi Pizzarro quem trouxe a primeira tora para fundação da construção da parede da catedral. Nas catacumbas está o corpo do primeiro arcebispo de Lima.
Ao lado fica o Palácio Episcopal de Lima é a sede administrativa da Diocese de Lima e também é a residência do Arcebispo da cidade. O edifício fica na Plaza de Armas, local onde a cidade foi fundada em 1535 próximo a vários outros pontos históricos na cidade. O interior tem uma exposição de obras sacras e um pouco relacionadas a grandes personagens na história do Peru. Uma bela escadaria leva ao segundo andar onde fica a parte residencial. A entrada custa 20 sóis.
Indo pro lado do Palácio do Governo fica a Casa Aliaga. É uma propriedade familiar feita de material resistente a terremotos. É a casa mais antiga do continente. Foi construída em 1535 sobre um santuário inca e está na mesma família a 17 gerações. A entrada custa 30 sóis e eu não quis pagar, haha. Pelas fotos na internet achei que não valia a pena então fica só a foto da fachada externa. Ah, se você for lá fique atento porque não vi uma identificação vai perguntando.
E já que não teve Casa Aliaga, teve churros, hehe.
Eu já estava no fim das minhas forças pela noite mal dormida. Mas mesmo assim ainda fomos no Conjunto Monumental San Francisco de Lima. No caminho o Museu Bodega y Quadra e a Casa da Literatura Peruana. Além das várias lojinhas com suas explosões de cores.
O Conjunto Monumental San Francisco fica próximo a Plaza de Armas (duas quadras) e compreende a igreja, o convento, as capelas de La Soledad e de El Milagro e as catacumbas. A igreja de barro e madeira foi construída em 1557, destruída pelo terremoto em 1656 e reconstruído em 1672. Fomos apenas na igreja pela meu cansaço. Eu praticamente me arrastei ali. É uma bela catedral que merece uma visita com mais calma. Mas como já tínhamos passado pela Catedral de Lima nos demos por satisfeitas.
Ainda passamos no supermercado pra comprar algo pra comer. Como almoçamos bem, a ideia era comer algo mais suave a noite. Detalhe do milho que mamãe comprou:
Compramos o suficiente pra um lanchinho e voltamos pro hotel. Eram 17h30 e eu apaguei. Isso mesmo, apaguei. Achei que precisava de umas duas horinhas de sono... só que eu só acordei no dia seguinte, haha. Amanhã eu conto o resto.
Publicado por Akemi Nomura 10:08 Arquivado em Peru
Aprovetem gostei ver os pratos, parecem deliciosos !!!
por Carlos Jose