San Pedro do Atacama
Dia 1
17.10.2019 - 17.10.2019
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2019 Atacama e Uyuni
no mapa de viagens de Akemi Nomura.
Dormi pouco mas dormi bem. Acordei às 4h e fui ler um pouquinho sobre o passeio de hoje. Um dos blogs me chamou a atenção pra uma coisa sobre a pacata San Pedro. Com a descoberta de SPA pela horda de turistas, muita gente veio pra cá pra chutar o balde. Era fácil encontrar gente bêbada e/ou drogada nas ruas. Isso incomodou as tribos locais. Então algumas leis devem ser respeitadas.
1. É proibido beber na rua (vale pra todo Chile)
2. Os locais que vendem bebidas só vendem se pedidas se for junto com comida.
3. Proibido ficar bêbado nos bares. Caso isso ocorra a pessoa é convidada a se retirar do local para que o mesmo não seja multado.
4. Festas e música alta são proibidas depois da meia noite
5. É proibido dançar! Pois é...
6. Bares e restaurantes fecham no máximo a 1h da manhã
Pois é amiguinho, se você tem espírito baladeiro guarde ele com você. SPA foi feito pra jovens idosos como eu, haha.
A medida que foi amanhecendo parece que foi ficando mais frio. Gente do céu! Tá sofrido pra mim, viu? Aliás, pra todo mundo. Difícil sair debaixo das cobertas. A primeira frase hoje não foi “bom dia”, foi “que frio”. Estava eu me arrumando quando ouço um barulho na porta. Parecia um arranhão. Achei que estava ficando doida. Depois de uns minutos ouvi de novo. Fui abrir a porta e tinha um doguinho. Bom dia doguinho!
Às 8h o guia estava lá para nos pegar.
Hoje o primeiro passeio é para Termas de Puritama. São piscinas de águas formais. As águas são quentes porque passam próximo ao magma produzido pela fricção das placas tectônicas que ficam abaixo do Chile (razão dos diversos tremores que o país sofre). São 8 piscinas sendo que a primeira é exclusiva para hóspedes do hotel proprietário do local. A entrada para adulto custa 15 mil pesos e a de terceira idade custa 5 mil.
A Araya leva a gente até próximo às piscinas. Alguns não podem ir de carro até embaixo. É um caminho razoável mas o problema é que a volta é uma subida tensa. Quando a gente está a mais de 3000m amigo.... tenso!!!! Criamos coragem e trocamos de roupa. Pegamos a piscina número 6. Tinha um casal de brasileiros de Itu lá e depois chegaram dois amigos de Curitiba. Foi divertido todos juntos dando risadas.
Pouco antes das 11h resolvi sair. Gabi e Rosana vieram junto. Gente, muito frio!!!! E batia um ventinho ainda.... gezuis! Foi tensa a saída. Subi batendo queixo. Sério gente, é difícil viu? O roupão salvou um pouquinho mas o frio estava bravo demais. Fui direto trocar de roupa. Depois de colocar roupa quentinha ainda levei um tempo pra esquentar. Uma coisa boa do clima seco é que o cabelo fica lisinho... rs.
O Daniel liberou o coquetel que foi quase um almoço. Tinha sanduíche, salame, aqueles tira gosto, torta, frutas. Serviu vinho também. Resolvi tomar afinal estamos Chile. Rolou um bate papo legal e muita risada.
Mais pro final me senti esquisita. Na subida da piscina senti bastante cansaço mas como estávamos a mais de 3000m era justificável. Mas agora parecia que o coração estava acelerado. Levantei meio e estranha e fomos indo pra van. Uma hora Rosana parou dizendo que estava com o coração acelerado. Eu fui ver minha pulsação e também estava alta. Alta demais mesmo com a altitude. Só sei que paramos umas 3 vezes até chegar na van.
Chegamos no hotel e fui deitar. Gabi disse que estava se sentindo tonta. Também deitou um pouco. Só sei que foi o suficiente pra gente se sentir melhor. Fomos andando até o centro pra ir na empresa pagar o que faltava. Fechei os passeios com a Araya Atacama e estou gostando dos serviços deles. Mas deixa terminar os passeios pra gente ver qual é. Dali da empresa mesmo a gente pegou a van.
O destino agora era Vale da Lua e Vale da Morte. Deserto no sentido literal da palavra! A entrada ali era 3000 pro Vale da Lua e 1000 pro Vale da Morte.
A primeira parada foi pra um trekking em direção à grande duna. Estava bem quente esse horário e o calor castigou um pouco. Fora que o ritmo do guia estava bem fora do nosso. Mas fomos indo no nosso ritmo. Fizemos uma parada para umas fotos que o guia bateu e ficou fodastica. O cara conhece muito de foto porque ele tirou umas fotos sensacionais!
A caminhada total era de uns 3 km. Mas nós fizemos um quarto disso, eu acho. E quando eu digo nós eu quero dizer eu, Rosana, Gabriela e mamãe porque o resto seguiu em frente, haha. E acho que mamãe só veio porque ela não estava ligada no que estava acontecendo, hehe, tadinha! Nessa cortada de caminho nós chegamos até a grande duna! Que vista dali gente! Tenho nem palavras pra explicar. Melhor, tenho uma palavra: SENSACIONAL.
Enquanto aguardávamos o grupo mamãe estava inquieta. Subiu uma parte bem alta do lado direito que a gente estava e voltou encantada para contar. Depois eu vi que ela estava querendo fazer alguma coisa então disse para ela subir a montanha do lado que o pessoal ia vir e ela encontrava eles no caminho. E lá foi ela subindo a ladeira. Quando estava quase no alto ela encontrou o grupo. De longe eu via a alegria dela. Acabou que ela foi até o topo e o guia foi junto tirar umas fotos.
Terminamos o passeio e fomos pra cordilheira do sal. Tiramos umas fotinhas antes, claro. Parece que antigamente tudo isso ficava no subsolo. Com a fricção das placas tectônicas aquela parte subiu formando as cordilheiras de sal. Era mais ou menos isso, hehe. Cristais de sal em vários estágios eram vistos nos paredões.
Dali fizemos mais uma parada na pedra do Coyote. Parece que essa pedra não existe mais. Mas a parada ainda ficou conhecida pelo nome da pedra. Ali tínhamos uma outra visão do parque. Muitos equipamentos usados na lua eram testados ali no Atacama. A região é hoje o maior produtor de lítio do mundo. Lembra o calor da tarde? Já era!
Última parada foi no Vale da Morte. O nome desse vale era pra ser Vale de Marte. Sua superfície lembra muito o planeta Marte. Mas houve uma confusão com o nome em espanhol e acabaram entendendo Morte ao invés de Marte. Ali o frio do deserto bateu de vez e com muito vento. Não dou conta de frio. O por do sol foi muito lindo e as montanhas do outro lado mudavam de cor. Ali fizemos um coquetel e depois partimos pra SPA.
Chegamos no hotel e já fomos no mercadinho porque com o frio que estava ninguém ia querer sair depois. E a janta foi uma empanada da esquina que tava gostosa, viu? Agora olha a situação do tênis no fim do dia...
P.S.: Disse lá em cima que SPA foi feita pra jovens idosos como eu mas os passeios no deserto foram feitos para idosos jovens como mamãe, haha.
Publicado por Akemi Nomura 01:15 Arquivado em Chile