Um blog do Travellerspoint

De volta pra casa

sunny 16 °C
Visualizar 2019 Atacama e Uyuni no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Acordei cedo, pra variar, e quando deu 5h30 fui direto ver o salar da janela do hotel. Sério, eu super curti a experiência de dormir em um hotel de sal dentro do salar, praticamente. O hotel Luna Salada é considerado um dos melhores hotéis da região, se não for o melhor. O atendimento é impecável, os quartos confortáveis, a calefação funciona, rs, tipo, gostei de tudo. A comida talvez seja o calcanhar de Aquiles mas, na boa? Tá tudo bem! Foi uma ótima noite numa altitude mais confortável. Aqui estamos em torno de 3600m, ou seja, 1000m a menos que a noite anterior.

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Hoje a saída era às 8h. Pra não ter correria combinei com as meninas de tomar café às 7h. Hoje Rosana não acordou bem de novo. Esse negócio de altitude é muito individual mesmo. Ela não estava tão mal quanto anteontem, mas dava pra perceber pela fisionomia dela que ela não estava legal. Descemos pra tomar café e curtir aquele restaurante muito doido. Já falei sobre isso ontem mas vale repetir: tudo de sal... A vista? O Salar! Fui enganada por algo que achei que era uma empanada e era algo massudo e doce. Mas tinha ovo no café da manhã então eu não precisava de mais nada. O Sorochji acabou então hoje o remédio contra a altitude era café e chá de coca. Além de folha de coca pra quem quisesse mascar e balinha pra quem não tiver coragem de mascar a folha.

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Deu 8h e pouquinho o Wladimir e a Karen chegaram pra pegar a gente. Enchemos as garrafas de água e partimos pra última jornada no deserto. Fomos pra última parada turística pouco depois da cidade de Uyuni: o cemitério de trens. Eu não sei como explicar em palavras esse lugar. Parece estranho dizer que um monte de trens abandonados possam se tornar uma obra de arte no deserto? É mais ou menos isso o que eu vejo aqui. A ferrovia foi construída no auge da exploração de minérios da região. Assim toda riqueza era levada para Antofagasta que, na época, era a saída da Bolívia para o Pacífico. O fim das atividades da ferrovia se deu por uma junção de vários fatores entre os anos de 1920 e 1930. Criou-se assim um lugar sui generis no meio do deserto que significa uma história do apogeu ao esquecimento. Mas que rendem boas fotos.... rs.

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Agora nosso rumo seriam 3h de viagem deserto abaixo até a parada para o almoço. Mas antes fizemos um pit stop em San Cristóban. A ideia era dar uma paradinha numa farmácia mas pelo horário as coisas não funcionavam ainda. Mas já que estávamos lá fomos no banheiro. Assim, não vou mentir, o banheiro era bem "disgusting". Ainda pagava 1 boliviano. Mas a necessidade faz a gente esquecer certos nojinhos, hehe. A regra do deserto é nunca perder uma oportunidade de ir ao banheiro e nunca encostar em nada. Depois nada como um banho de alcool no carro! Nessa parada compramos umas batatinhas pra dar aquele up até a hora do almoço.

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Seguimos meio que dormindo, meio que acordadas. Teve uma hora que olhei para trás e estava só a Karen acordada. Fizemos um pedaço de estrada e depois voltamos para o bom e velho deserto. Esse dia era só de retorno mesmo. Até que chegamos numa comunidade que paramos para almoçar. Tinha uma vista bonita dali. A paisagem da janela parecia um quadro. As lhamas que estavam longe até chegaram mais perto pra compor a paisagem. Enquanto o almoço não ficava pronto rolou umas fotinhas. Depois saiu o rango e nos juntamos pra última refeição com nossa dupla Wladimir e Karen. Ah, a aproveitamos a chance de ir ao banheiro sem pagar também, hehe.

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Aí meu amigo, era chão, chão, chão, chão.... Teve hora que dei uma pagada. Saímos 13h30 e a previsão era chegarmos 16h30. Foi tranquila a viagem, saculejava bem menos do que eu imaginava. De Uyuni até a fronteira eram 400km. Logo que avistei o Licancabur sabia que estávamos chegando. Dessa vez a imigração foi rápida porque na saída cada um volta em um horário. Só tinha a gente pra carimbar o passaporte. Depois ficamos no carro porque o transfer não havia chegado. Acho que levou uns 20 minutos até eles aparecerem. Trocamos de carro e fomos pra entrada no Chile. Primeiro chegando lá nos deixaram um bom tempo esperando no carro. Detalhe, só tinha a gente. Aí chamaram a gente pra dar entrada na imigração e quando eu entro na salinha dou de cara com 3 funcionários jogando videogame. Sério! Nem sei que cara eu fiz, só virei e fui pro balcão. Passadinha no banheiro e fomos pra parte de bagagem. O cara olhou bem por cima e pronto. Na mala só perguntou se só tinha roupa e nem abriu. Dessa parte eu nem reclamo porque só tinha isso mesmo. Tudo turista voltando de passeio na Bolívia, nada grave!

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Curti muito essa paisagem!

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Bom, voltando pra van era ladeira abaixo literalmente. A fronteira ali eram 4600m de altitude e San Pedro em torno de 2500m. Voltar pra San Pedro já vai ajudar Rosana, em que pese a umidade caia também. São 45km da fronteira até o hotel. Pronto, lar doce lar. Foram 3 dias bem puxados na Bolívia mas acho que foram na medida. Tem tour de 4 dias também mas acho que ia ser demais. Esse de 3 dias foram o suficiente. O por do sol em Uyuni foi de cair o queixo. Agora era começar a fazer a rota pra casa.

Pegamos outra cabana dessa vez. Eles guardaram nossas malas direitinho aqui. Gente, se você for fazer Uyuni o ideal é ir com menos mala possível porque o espaço no carro é limitado. Como a gente ia voltar e pro mesmo hotel foi só conversar lá com eles que guardaram pra gente. Eu super curti o Cabanas Kirckir. O casal é muito simpático e está disponível para ajudar em qualquer coisa. Eles tem transfer também viu? Fechou a estadia já conversa com eles sobre transfer. O café da manhã era bem gostoso e como os passeios saíam cedo eles preparavam um lanche e entregavam na noite anterior. Se quiser pedir que entregue o café da manhã na noite anterior também pode. O local é uns 10 minutos andando até o centro, nada de outro mundo. Tem uns 3 mercadinhos pro perto que atenderam nossa necessidade. A empanada ali era ótima e foi nossa janta vários dias. O centro de San Pedro é legal mas é pequenininho e não achei que valia a pena ficar lá perto (pagar mais caro ou ficar em lugar apertado). Ah, no Chile, pague em dinheiro e não vai precisar pagar imposto.

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Fomos no mercadinho pra última refeição. Compramos as bebidas, empanadas, batatinha, enfim, o necessário. Não tinha meu refri e da Rosana então entreguei a chave pra Gabi e mamãe e fui com Rosana em outro mercadinho. Lá achamos a Coca Zero e o Trencito. Voltamos pra casa e jantamos naquele papo de fim de dia. Agora era organizar as coisas pra viajar amanhã.

O nosso voo estava programado e o transfer ia passar 11h. O voo era às 17h mas eu preferi deixar o transfer nesse horário pra não ter correria. Acordei cedo no dia seguinte e deixei tudo meio organizado pra receber o café da manhã. Hoje era o dia que dava pra dormir mais um pouco. Mas como eu acordo cedo mesmo. Recebi o café às 8h30 e já fui comer. Aos poucos foi chegando geral pra mesa. Demos aquela geral e estava tudo pronto pra partirmos. Nosso voo não estava na lista dos cancelados hoje. Se fosse ontem.... mas hoje não! Ufa! A van chegou pouco depois das 11h e fomos pro aeroporto depois de passar em vários hotéis.

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O aeroporto de Calama estava tranquilo. Como o check in não estava aberto fomos almoçar e depois descemos pra despachar as malas. Voo Calama x Santiago saindo, minha maior angústia estava resolvida. Se perdêssemos esse voo poderíamos perder o voo internacional. Mas tudo deu certo! Papai do céu cuidou da gente e as manifestações que ocorriam no Chile e na Bolívia não chegaram a nos atingir.

Às 19h chegamos em Santiago. Descendo já me assustei vendo aquelas lojinhas ali no embarque todas fechadas. Fomos pegar nossas malas e ver se dava pra antecipar o voo. Nosso voo era só amanhã. Primeiro na fila do check in uma funcionária da Latam disse que não tinha voo. Não botei fé nela e fomos na loja da Latam. A moça disse que tinha sim para 23h e dava pra antecipar a um custo de US$97 por passageiro. Mas quando ela olhou minha reserva disse que podia antecipar sem custo porque sou Platinum. Bom, o que importa é que antecipou a minha e da mamãe sem cobrar nada. Daí despachamos as malas e nos despedimos das meninas. Detesto essa parte.

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Embarcamos e mamãe foi olhar o vinho. Gente, acredita que me senti meio mal nessa hora. Sei lá, parecia que o coração estava acelerado (mas não estava). Aquela sensação de angústia, de ansiedade... joguei a bolsa e a mochila no chão e tirei o casaco que, mesmo leve, me fazia mal. Nossa, nem quis parar pra olhar chocolate, hehe. Não devia estar bem mesmo. Pagamos o vinho e fomos para sala vip da Latam. Eu fui cheia de expectativa afinal o hub da Latam era em Santiago. Esperava "a sala vip". Uma bosta! Desculpe a expressão mas a sala era bem mequetrefe. Nem cheguei a subir porque meu estado físico não me permitia mas avaliando a parte de baixo.... pouco lugar pra sentar e buffet bem fraco. Enfim, peguei um sanduíche mais ou menos e uns dois pães pra comer com manteiga. Era o que tinha. Não curti! Ano que vem eu devo ser rebaixada mas, honestamente, por essa sala vip não vale muito a pena não.

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Enfim embarcamos! Partiu Brasil e até a próxima Chile!

P.S.: Só pra deixar registrado que o aião arremeteu na chegada em São Paulo. Acho que foi pra acordar a galera....

Publicado por Akemi Nomura 10:09 Arquivado em Chile

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