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Cruzeiro - Luxor - Norte do Nilo

Vale dos Reis e região

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Visualizar 2023 Egito no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Antes de começar a relatar o dia, queria mostrar um vídeo curto da navegação no Rio Nilo e como funcionam os barcos. Eles ficam atracados lado a lado e os horários de saída são definidos pela posição do barco. Pra chegar no barco nós vamos passando por dentro de outros barcos. Confesso que tinham uns que dava uma invejazinha, haha.

Hoje o destino é o lado norte do rio Nilo. Vamos começar pelo Vale dos Reis. O Vale dos Reis é um local no Egito onde foram encontradas tumbas de vários faraós do Novo Império. Reconhecido por tumbas ricamente decoradas e por abrigar a tumba do famoso Tutancâmon, é uma importante área arqueológica que revela a crença na vida após a morte na civilização egípcia.

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Chegando lá passamos pelo raio x a aguardamos o carrinho que nos leva pra parte principal do Vale dos Reis. Ali existem, se não em falhe a memória, 64 tumbas. Mas esse número deve se alterar com os anos e novas descobertas, claro. Então se alguém ler esse post em 2050, já pode ter mudado, tá? Kkkkkk. Dessas 64, o acesso à 3 delas são pagos a parte. As demais, com o ingresso de entrada, é possível ter acesso à 3 das 61 tumbas. Das 3 pagas, nós optamos pro visitar a de Hamses VI que o guia disse ser a mais linda, bem como a de Tutancamon. Eles não são entusiastas da visita à Tumba de Tutancâmon, mas eu quis ir mesmo assim. A entrada pra Tumba de Hamses VI custava algo em torno de 200 libras egípcias (em torno de US$6) e Tutancamon em torno de 400 libras egípcias (em torno de US$12). Informe-se com o guia antes de sair do barco sobre a forma de pagamento no local. Se eu não me engano ali era em cartão.

Primeiro fomos na tumba de Tutancâmon, descoberta pelo arqueólogo Howard Carter em 1922, é uma das descobertas arqueológicas mais famosas da história. Repleta de artefatos valiosos e tesouros funerários, a tumba proporcionou insights significativos sobre a vida, a religião e a cultura do Antigo Egito. Tutancâmon era um faraó jovem e seu túmulo é conhecido por sua impressionante riqueza e pela célebre máscara funerária de ouro maciço que cobria seu rosto mumificado. Sobre a descoberta da tumba intacta, dizem que isso ocorreu em razão da tumba de Hamses VI ter sido construída em cima da tumba de Tutancamon. Quando os saqueadores descobriram a tumba de Hamses VI não acharam a de Tutancamon que ficou, de certa forma, protegida. O acesso à tumba é por uma longa escada e o local era bem pequeno. Do lado direito algumas pinturas e o local da tumba e do lado esquerda está a múmia do faraó bem preservada. É impressionante estar diante da múmia de um faraó que, apesar de não ter sido importante em sua época, é marcante na história moderna.

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Dali saímos para a tumba de Ramsés VI, bem ao lado. Datada do período da 20ª dinastia, é conhecida por suas pinturas e relevos bem preservados, que retratam cenas mitológicas e cerimoniais do Livro dos Mortos. A tumba de Ramsés VI oferece uma visão detalhada das crenças e rituais funerários do Antigo Egito. O caminho é bem longo até chegar ao descanso final do faraó. Os corredores são bem decorados e o caminho pode ser bem demorado se você for detalhista porque o local é riquíssimo nesse sentido. No final eu me sentia num filme de Indiana Jones.

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A essa hora o Vale já estava bem cheio e próximo ao café (todo templo nessa região tem um café, haha). As filas estavam imensas. Como eu disse, com o ingresso a gente pode entrar em 3 de todas as tumbas gratuitas então era só escolher e entrar. Então o Mahmoud (guia) sugeriu andarmos um pedacinho pra chegar em uns túmulos mais vazios. Então chegamos numa região menos cheia e podíamos escolher 3 túmulos e entrar.

A primeira foi a tumba de Siptah, também conhecido como Merneptah Siptah. Siptah foi um faraó da 19ª dinastia do Egito. Sua tumba (KV47) foi descoberta em 1905 por Edward R. Ayrton e contém uma série de câmaras e corredores decorados com cenas religiosas e inscrições do Livro dos Mortos. A descoberta dessa tumba proporcionou insights valiosos sobre a arquitetura e os rituais funerários do Antigo Egito.

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A segunda foi a tumba de Tausert e Setnakht. Tausert foi uma rainha-faraó da 19ª dinastia, e Setnakht foi o pai de Ramsés III. A tumba foi originalmente destinada a Tausert, mas Setnakht foi sepultado lá posteriormente. A tumba possui corredores e câmaras, e suas inscrições incluem passagens do Livro dos Mortos. A descoberta dessa tumba contribuiu para a compreensão da história e das práticas funerárias no final do Novo Reino egípcio. Essa tumba estava bem cheia, era um corredor estreito e estava muito quente. Confesso que quando cheguei nas tumbas só tirei uma foto e saí porque estava insalubre.

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Por fim entramos na tumba de Seti I. Seti I foi um faraó da 19ª dinastia do Egito. Sua tumba é uma das maiores e mais ricamente decoradas do vale. A tumba de Seti I é famosa por suas elaboradas pinturas murais que retratam cenas religiosas, mitológicas e do Livro dos Mortos. A sala principal, a Sala Hipostila, é notável por suas numerosas colunas e relevos impressionantes. Embora tenha sido saqueada ao longo dos séculos, a tumba de Seti I ainda é uma maravilha arqueológica que oferece vislumbres significativos da arte e espiritualidade do Egito Antigo. Aqui estava mais tranquilo e até "fresco", pena que nosso tempo era curto pra curtir com mais calma.

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Saímos do Vale dos Reis e paramos em uma fábrica de de alabastro. Alabastro no Egito é uma antiga tradição artesanal. O alabastro, uma forma de gesso calcário translúcido, é extraído principalmente de pedreiras nas proximidades de Luxor. Os artesãos egípcios moldam o alabastro para criar uma variedade de produtos, como vasos, luminárias, esculturas e itens decorativos. O processo envolve cortar, esculpir e polir o alabastro à mão, muitas vezes revelando sua qualidade translúcida única. Saímos com algumas peças dali e mais uma vez reforço, negocie!!!!

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Nos dirigimos para o templo de Hatshepsut que talvez tenha sido a maior rainha do Egito. O Templo de Hatshepsut, localizado em Deir el-Bahari, perto de Luxor, Egito, é um dos monumentos mais impressionantes do Antigo Egito. Construído durante o reinado da rainha-faraó Hatshepsut (18ª dinastia), o templo é conhecido por sua arquitetura única e localização nas falésias do Vale do Nilo. O templo possui três terraços escalonados, com colunatas e estátuas representando a rainha Hatshepsut em várias poses. É dedicado ao deus Amon-Rá e serviu como local de culto, além de ser um memorial para Hatshepsut. A harmonia entre a estrutura e o ambiente natural faz do Templo de Hatshepsut um dos destinos mais impressionantes do Egito antigo.

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Na volta passamos pelas Colunas de Menon, um conjunto de colunas gigantes localizadas próximo ao Templo de Luxor. São constituídas por uma fileira de colunas de calcário, algumas alcançando mais de 20 metros de altura. Essas colunas foram construídas durante o reinado de Ramsés II e faziam parte de um grande pórtico que conduzia ao templo. O local é impressionante pela magnitude das estruturas e pela engenharia avançada utilizada na construção. Mas hoje o sol judiou da gente então decidimos apenas passar por ali e retornar para o barco.

Após retornarmos ao barco almoçamos e fomos descansar. A próxima etapa agora era zarpar e finalmente começar a navegar no Rio Nilo. Ocorreram duas situações dignas de nota. A primeira foi quando eu estava deitada, ouvi uns gritos na janela. Fui olhar, um barquinho seguia nosso barco com vendedores chamando tentando vender seus produtos. Eu já estou meio cansada desse assédio de vendas aqui mas eu mesmo tempo eu fico pensando como a vida pode ser difícil. Outra coisa que aconteceu também foi a gente passar por uma eclusa e foi uma das atrações da navegação.

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À noite chegamos em Edfu, cerca de 100 km depois. Já fomos avisados que no dia seguinte sairíamos às 6h. Então, jantamos e fui dormir com as galinhas, como sempre, hehe.

Publicado por Akemi Nomura 22:57 Arquivado em Egito

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