Cruzeiro- Abul Simbel

O plano hoje era sair cedo, bem cedo. O guia iria nos buscar às 4h. Atrasou um pouquinho o que me gerou ansiedade. O que acontece, estava previsto no meu roteiro o passeio em Abul Simbel. No grupo de brasileiros, éramos 11, tinham outras cinco pessoas que também fariam. Só que não deu match com ele, haha. Os outros quatro não tinham o passeio e resolveram fazer. Então combinamos de irmos juntos na quinta e nosso o roteiro seria o mesmo na sexta. Já o outro grupo faria diferente. Amém! kkkkkkkk.

Enfim, o guia nos buscou às 4h15 e cinco minutos depois partimos para Abul Simbel. Confesso que nem sabia que lugar era esse. Lá eu descobri que ficava a 300km de Aswan e cerca de 45km da fronteira com o Sudão, só pra ter noção de quão ao sul nós estávamos. A estrada é tranquila, o dia estava nublado e foi até agradável, com exceção do desconforto para dormir na van pois acordamos muito cedo. No caminho fizemos uma parada para ir ao banheiro e vou te contar, que lugar horrível. Fila enorme, sujo, não tinha sabão, não tinha água, e ainda cobravam 10 libras egípcias. Continuamos o trajeto e na chegada fui ao banheiro de novo e foi pior ainda. Sério, prepare seu estômago.

O atendimento da Memphis é impecável. Como não íamos tomar café da manhã, eles preparam um sacola pra gente levar com frutas, pães, suco, água, etc, pra irmos comendo no meio do caminho. Os veículos todos tem ar condicionado e deu pra dar uma cochiladinha no caminho.

O Templo de Abu Simbel é um complexo de templos no sul do Egito, encomendado pelo faraó Ramsés II por volta do século XIII a.C. Notável por suas enormes estátuas colossais do faraó, é dedicado a Ramsés II e à deusa Hathor. O templo foi realocado em uma operação de resgate monumental devido à construção da barragem de Assuã para preservar seu esplendor arquitetônico e seu significado histórico, sendo um marco da engenharia e um testemunho da grandiosidade do Antigo Egito. Chegamos pela parte de trás e ao dar a volta impressiona os dois grandes templos. Ah, e as filas, claro... Eu fico imaginando como seria essa época sem a guerra, deveria ser uma loucura.

Primeiro fomos no templo de Nefertari, a esposa favorita de Ramsés II. O Templo de Nefertari, conhecido como Templo de Hathor em Abu Simbel, é um templo dedicado à rainha Nefertari, esposa do faraó Ramsés II. É um dos templos mais belos e bem preservados do Antigo Egito. Este templo é notável por suas estátuas da rainha Nefertari ao lado de Ramsés II, bem como pelos murais e relevos que retratam cenas de adoração a várias divindades egípcias, incluindo a deusa Hathor. É um testemunho da devoção de Ramsés II à sua esposa e ao papel das rainhas na sociedade egípcia antiga.

Depois seguimos para o templo de Ramsés II. O Templo de Ramsés II é um dos dois templos principais em Abu Simbel, no Egito, construído durante o reinado de Ramsés II, aproximadamente no século XIII a.C. Este magnífico templo é conhecido por suas quatro estátuas colossais de Ramsés II na fachada, cada uma medindo cerca de 20 metros de altura. O interior é decorado com relevos e inscrições que narram as vitórias militares e conquistas do faraó. O templo é um testemunho da grandiosidade, poder e legado duradouro de Ramsés II no Antigo Egito.

Uma coisa legal aqui é que todo complexo ficava em outro lugar. Porém, em razão da construção da barreira de Aswan e a consequente criação/aumento do Lago Nasser, os templos ficariam submersos. Foi então montada uma grande força tarefa para a transposição do Templo. No local anterior, o templo foi "recortado" e cada peça numerada. Num local seguro, remontaram o templo peça a peça. É possível ver uns recortes na pedra, mas, se você não presta atenção, pode até passar batido. Uma gigante obra de engenharia para salvar uma peça com valor inestimável da história mundial.

As filas eram grandes mas até que não demora. Essa época seria a alta temporada porém com o advento do conflito entre Israel e Hamas muitas pessoas cancelaram as viagens pro Egito o que diminuiu muito o fluxo de pessoas. Porém, mesmo assim, tinha muita gente lá, muita gente mesmo. No templo de Ramsés II chegou a ser sufocante por conta do calor (e olha que o dia estava nublado). Mas mesmo com os perrengues, valeu a pena. E o Perrengue foi tão grande que meu vídeo na fila chegou a sair no Perrengue Chique, pensa!