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Cruzeiro - Aswan e Templo de Philae

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Passamos a última noite no cruzeiro. Tínhamos que entregar o quarto às 8h então acordamos cedo e finalizamos as malas. Banho tomado, fomos tomar café, voltamos pro quarto, fechamos as malas e já deixamos fora do quarto. Hoje o grupo ia se dividir mais uma vez. Nós saímos por volta das 8h mesmo e fomos para o Templo de Philae. Pra chegar no Templo nós temos que pegar um barco. É um movimento meio caótico, mas, acredite, funciona. Confie no seu guia que vai dar tudo certo.

O Templo de Philae, ou Templo do Amor, é um antigo templo egípcio dedicado à deusa Ísis, localizado na Ilha de Philae, próximo à cidade de Assuã. Construído durante os períodos ptolomaico e romano, é conhecido por suas belas colunas, relevos bem preservados e pelo ambiente tranquilo ao longo do Rio Nilo. Após a construção da barragem de Assuã, o templo foi desmontado e reconstruído na ilha vizinha de Agilkia para preservar o patrimônio cultural, tornando-se um símbolo da engenhosidade humana na preservação dos monumentos históricos. Até pouco tempo atrás as pessoas procuravam esse templo em busca de tratamento de infertilidade. De acordo com o guia, mulheres acompanhadas de suas mães raspavam as colunas do templo e consumiam com água o material retirado. É um templo muito bonito e, sendo numa ilha, deixa ele com uma atmosfera mágica.

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A saída é mais um caos controlado e um pouco divertido. O que acontece, como tem muitos barcos pra pouco espaço, quando o grupo chega o guia chama o barqueiro e ele vai. Acontece que muitas vezes não tem espaço e o barqueiro vai assim mesmo. Tipo, ele vai empurrando os outros barcos até chegar no píer. Bate daqui, bate dali, mas chega. Daí vc embarca e vai..... kkkkk

Fomos pra represa de Aswan, tão importante para a região. A Represa de Aswan é uma barragem monumental localizada no Rio Nilo, no sul do Egito. Construída na década de 1960, a represa desempenha um papel crucial no controle das inundações do rio, na geração de energia hidrelétrica e na irrigação de terras agrícolas no Egito. Além disso, permitiu o controle do fluxo de água, ajudando na prevenção de inundações sazonais e oferecendo benefícios econômicos e sociais ao país. A represa de Aswan também desempenhou um papel significativo na preservação de monumentos históricos, como o Templo de Philae, através da operação de resgate e realocação de sítios arqueológicos antes submersos. Em um lado da represa consegui ver alguns crocodilos, os famosos crocodilos do Rio Nilo. Estava longe mas dava pra perceber a grandiosidade desse animal.

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Próxima etapa, o Obelisco Inacabado. É uma estrutura monumental localizada em uma pedreira antiga no Egito, perto de Aswan. Data do reinado de Hatshepsut e Tutemés III, cerca de 3.500 anos atrás. O obelisco foi esculpido diretamente da rocha, mas nunca foi concluído devido a rachaduras que apareceram na pedra durante o processo de escultura. Acredita-se que tenha sido abandonado devido a essas falhas estruturais. É um exemplo fascinante do processo de construção de obeliscos no Antigo Egito, fornecendo insights sobre técnicas de escultura e construção usadas na época. Estava muito quente nessa hora e decidimos não dar a volta por cima pra ver o outro lado do Obelisco. Isabelli e Daniel foram, nós fomos com o casal de SP com o guia e passamos pela ponta do Obelisco e encontramos eles no final.

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No Egito, a tradição das essências remonta a milênios e desempenha um papel significativo na cultura e na história do país. Os egípcios eram conhecidos por valorizar perfumes e óleos essenciais, usando-os em cerimônias religiosas, para cuidados pessoais e como oferendas para os deuses. Eles desenvolveram métodos avançados de extração de essências de flores, ervas, especiarias e resinas para criar perfumes exclusivos e aromas agradáveis, muitas vezes associados à ideia de purificação e à conexão com o divino. Essa tradição perdura até os dias atuais, com o Egito sendo um local onde a produção de óleos essenciais e perfumes continua sendo uma arte e uma indústria significativa. Era de se esperar que o guia nos levasse a uma loja de essências. E nós? Compramos! kkkkkk

Encerrada a etapa do cruzeiro no Rio Nilo. Voltamos para o barco e agradecemos já ter feito o passeio de Abul Simbel pq senão estaríamos cansadíssimos. Chegando no pier decidimos já ir almoçar. Nosso pacote não incluía almoço no barco nesse dia então fomos os seis almoçar no KFC ali perto. Pq KFC? Pq não conhecíamos a região e um fast food americano, de uma certa forma, tem um padrão de preparo de comida que diminui as chances de um "desarranjo intestinal". O guia só nos deu uma recomendação: "não fale com ninguém no caminho". Isso me assusta um pouco, imagino a quantidade de golpista que deve ter pra cima de turista. O negócio é: faça a egípcia e siga em frente.

Voltando pro barco, podíamos ficar lá até a hora de ir pro aeroporto. Sentamos no bar e ficamos dando risada. Depois de algumas informações cruzadas, nós que iríamos separados em dois grupos acabamos indo todos juntos pro aeroporto. Chegando lá, entramos na fila e minutos depois começou o caos. Todos os voos da Air Cairo estavam atrasados. Um enorme grupo de italianos aguardava o voo das 14h, e já eram 17h.... Tinha tempo pra conexão então, a princípio, não me preocupei. Porém o tempo foi passando e ninguém da companhia aérea sabia informar a razão dos atrasos. Chegamos a nos preocupar por conta do conflito, mas depois observamos que eram apenas os voos da Air Cairo.

Depois de um bom tempo abriram o check in. Os italianos revoltadíssimos entraram na nossa frente. Pronto, o caos formado! Eu entendo o estresse deles depois de tanto tempo sem informações, também ficaria p da vida. Mas aí entraram os representantes da Memphis pra brigar pelos clientes que estavam na fila, e no final passavam os italianos num guichê e a gente no outro. Tivemos que forçar a barra pra não deixar espaço senão não iríamos sair dali nunca. E mais uma vez, nós que iríamos separados acabamos no mesmo voo. Só um detalhe, a Air Cairo não me deu o ticket de conexão, disse que eu teria que descer no Cairo e fazer novo check in. Mas minha mala foi etiquetada pra Sharm el Sheikh. Pensa no meu estresse?

Vamos lá, o voo deveria sair às 20h20 e, adivinha? Saiu 22h20. Lembra da minha conexão? Pois é, perdi! Um outro processo de caos se iniciava. Pra onde iria minha mala? Outra coisa, quando há atraso e perda de conexão normalmente há alguém da companhia aérea ali. Pergunta se tinha! Fiquei em contato com o representante da Memphis que me aguardava em Sharm el Sheikh o tempo inteiro. A mala acabou saindo na esteira. A minha sorte foi que um dos casais de brasileiros também clientes da Memphis estavam sendo aguardados por um representante da empresa. O Mahmoud (representante em Sharm) contatou o Ahmed, que aguardava a Isabelli e o Daniel . Na saída o Ahmed já nos aguardava para dar assistência pra gente e para uns canadenses que estavam no mesmo barco que a gente e também iam para Sharm.

Nos despedimos da Isabelli e Daniel e fomos com o Ahmed. Que saga. Fomos pro Terminal 1 e não tinha ninguém no guichê. Voltamos com o Ahmed conversando aqui e ali até chegar num lugar e pedir pra gente aguardar. Depois ele voltou e pediu pra uma pessoa de cada grupo acompanhar ele. Isso já eram umas 2h e pouco da manhã. Pois bem, trocaram nossa passagem para 6h da manhã. Aí vc pergunta: deram voucher de alimentação? Mandaram pra um hotel? Não e não. No máximo pediram desculpas. Fomos até a saída do Terminal 1 e uma van nos buscou. Fomos pro Terminal 3 e o raio x de entrada no Terminal estava fechado, só abria às 3h30. O Ahmed nos sugeriu que ficássemos no Burger King pois no térreo não tinha onde esperar. Subimos e acabamos comendo um frango horroroso ali. Por ali ficamos, deitadas no banco do Burger King, pensa na derrota!

Perto das 4h fomos pro raio x. Já tinha uma fila razoável, mas a outra vimos que tinha outra menor e não demoramos muito. Entrando no Terminal fizemos o check in, despachamos a mala e fomos pro portão. Quando eram umas 5h o sono estava pesadíssimo. Estava difícil segurar o pescoço, juro. Eu ia no banheiro lavar o rosto pra não desmaiar de sono. Enfim, partimos! Eram 7h20 e pousamos em Sharm el Sheikh. Foi um dia difícil, mas no final fiquei grata por ter chegado segura na terceira etapa da viagem.

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Publicado por Akemi Nomura 18:20 Arquivado em Egito

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