Um blog do Travellerspoint

março 2013

Roma 2013 - the end

sunny 16 °C
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Eu tô voltando pra casa outra vez...

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Ontem consegui chegar em casa antes das 22h. Ia achar muito feio chegar depois desse horário. A Miria tinha ficado preocupada, coitada. Desde Chiusi meu celular ficou sem serviço. Resultado? Fui até Termini e peguei um táxi. Tava muito cansada pra pensar em ônibus ou coisa assim. Podia ter descido em Tiburtina e ido de trem até Settebagni, mas eu e minha inteligência extraordinária nem pensei em desligar e ligar o celular pra ver se o sinal voltava pra eu poder avisar o pessoal pra me buscar lá. Fica a lição, do Termini até o Castel Giubileo o táxi saiu por €17.

Hoje de manhã acordei cedo pra me despedir da Adriana. Levantei mais tarde e dei uma geral na minha mala. O tempo parece que estava de sacanagem comigo. um belo dia de sol na minha saidera. não sei se era pra eu ficar feliz ou ficar p da vida. Lição aprendida, Itália em março não combina. tudo bem que eu vim pro casamento, mais um bom consolo. Saí com Mimo e Miria pra fazer... Nada! Ele tinham uns compromissos na rua e eu fui junto. Passamos num supermercado que eu nem sabia que tinha na Italia (eu lembro dessa rede na Alemanha). Aproveitei e comprei uns chocolatinhos de lembrança pro pessoal. Nada daquelas quinquilharias de loja de souvenir. Cansei daquilo...

Bom, hora de terminar a mala e partir. Foi mais uma vez um período fantástico na Europa. A Italia é sem dúvida o país mais apaixonante do velho continente. Com toda sua "bagunça" de um país latino, é o que mais oferece opções dentro de suas fronteiras. Aqui dá pra ir numa cidade moderna como Milão, se perder na Toscana, voltar no tempo em Roma, ir pra praia em Capri, comer bem e tomar bom vinho em qualquer lugar. Meu próximo objetivo aqui é ir pra baixo de Roma: Pompéia, Capri, costa Amalfitana, Nápoles, etc. Aceito companhia, rs...

Até o final de maio... O destino? Existe algo 100% certo nessa vida?

Publicado por Akemi Nomura 07:03 Arquivado em Itália Comentários (1)

Montepulciano

rain 8 °C
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Acordei às 8h em Siena, mais tarde do que eu imaginava. Na rua, 8 graus. Desci já com tudo pra tomar café e fazer check out. A sala que eles servem café é minúscula. Mas, dá pro gasto. O escritório do B&B estava fechado, só abria às 9h. Fui até a Piazza del Campo usar o wifi do restaurante de ontem enquanto isso. As ruas estavam começando a se movimentar, o comércio abrindo. Voltei lá no escritório às 9h e continuava fechado. Tive que tocar a campainha e a moça atendeu pela janela de cima da porta... Rs. Coisas de Siena... Segui até a Piazza Gramsci pra me informar como ir até Montepulciano. Uma moça muito da antipática me atendeu e me deu meia informação. Mal amada! Ahaha! Tinha que ir para estação ferroviária. Como tinha tempo, resolvi arriscar ir andando. Não tinha muita brecha pra erro, pois era só descida, subir tudo de novo era algo descartado. Os erros eu consegui consertar a tempo de evitar uma subida torturante e 1h depois eu estava na estação ferroviária.

Pra não cair nessa pegadinha, o melhor caminho do centro histórico até a estação é pela Porta Camolia. Eu até tinha chegado lá, mas voltei achando que estava errada. Que legal! Hehe... Pela Porta Camolia tem acesso à Porta Siena, um pequeno centro comercial na estação central, onde eu me refugiei até o horário do ônibus. O ônibus até Montepulciano custa €6,6. Barato! Não ia voltar pra Roma agora depois de tanto sufoco pra chegar aqui. Bora pra Montepulciano!

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O caminho entre Siena e Montepulciano é lindo. Parecem as colinas verdejantes onde os Teletubbies vem brincar, ops, essas são no norte da Inglaterra, hehe, #piadainterna. Parece cena de novela. Se bem que, não parece cena de novela, foi cena de novela. Alguém viu Passione? Pois é, eu vi! Rsrs. Foi cena também do filme Lua Nova, na parte que se passava aqui na Itália. Faz tempo que essa cidade está na minha lista dos lugares que ainda queria ir. Pena que nenhuma foto fez jus à beleza do lugar. O motorista do ônibus ouvia música brasileira. Era um tal de "paraparapara, pereperepere...", só por Deus, viu? No caminho, passamos por Montalcino. Uma cidade minúscula, sabe aquelas cidades de primeira? Tipo, se você engatar a segunda sai da cidade sem ver nada. Pois é, é assim Montalcino. Tão pequena a cidade propriamente dita, mas tão grande quando se trata de combinação vinhos e Toscana. Aqui é produzido o famoso Brunello di Montalcino. Pede um tour nas vinícolas, né não? Mas sozinha não vai rolar... Vou ter que voltar, alguém quer vir comigo? Rs.

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Quando o ônibus se aproximava de Montepulciano dava pra ver a cidade lá no topo. Fácil reconhecer a torre da Prefeitura vendo lá de baixo, apesar do dia fechado. Dá até um arrepio que eu não sei se é ver a cidade que eu tanto queria conhecer ou se era por medo de onde o ônibus ia parar e o quanto eu teria que subir. Bom, como era de se esperar, pela cidade ser minúscula, o ônibus não entrava nos muros da cidade. Porém, a rodoviária era bem próxima do muro. Vale lembrar que o ônibus levou quase 2h pra chegar em Montepulciano. Muitas paradas, era um ônibus intermunicipal, manja? Desci e fiquei sem saber pra onde ir. Resolvi ir atrás de uma local e por incrível que pareça deu certo. Evitei uma mega escada que ia me deixar mais perdida ainda e no caminho que eu fiz achei o Ponto de Informação ao Turista. Aí pronto, mapa na mão, informações que eu precisava, bilhete do ônibus de volta comprado (€3,4) com timetable do ônibus, era só continuar subindo e caminhar.

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E logo de cara já veio um dos Portões da cidade. Parecia mágica, era só passar o portão e eu saía de 2013 e voltava uns 1000 anos no tempo. Montepulciano é uma Siena em miniatura. Suas ruelas labirintos e suas subidas e descidas. Se bem que Montepulciano é mais regular que Siena, é uma subida só. Aqui não tem tanto turista como Siena, o que dá um ar mais íntimo à cidade. Siena eu tinha que dividir com mais gente. Montepulciano era mais minha. Possessiva eu, hehe... Seus pequenos palacetes construídos entre as casas se perdem um pouco, difícil saber o que é casa e o que é palacete. E vamos subindo!

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Montepulciano está encravada numa das mais altas colinas da Toscana. A vista da região lá de cima é espetacular, mas a neblina que baixou não salvou quase nenhuma foto. Mas as melhores lembranças não se guardam em fotos, se guardam na memória. E a Toscana vai estar sempre aqui, é só voltar, não é mesmo? Como toda cidade medieval, as igrejas mantém a simplicidade. Por fora elas são um espetáculo de tão antigas. Uma das quais eu entrei foi a Igreja de Jesus. Não deu pra desfrutar com muita calma porque o clima não estava a meu favor. Uma nuvem negra pairava no ar. Digo no sentido literal, claro. No sentido figurado a nuvem negra estava bem longe daqui, ainda bem, hehehe. #piadainterna

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A grande atração da cidade é a Piazza Grande. Pra mim foi um choque de tão vazia. Cara, parece que eu estou vendo as filmagens de Lua Nova. Tipo, aquela procissão com aquele monte de gente encapuzada, na festa de San Marco, e o Edward saindo do prédio da Prefeitura (pois é, no filme a cidade se chama Volterra e provavelmente o prédio não é da Prefeitura) para que o povo o visse como vampiro e os Volturi (acho que é assim) terem que executá-lo. Mas aí chega a Bella e a irmã do Edward e impedem que isso aconteça. Assumo, eu vi! E é mó legal estar aqui hoje. Não só pelo filme, mas por toda atmosfera que cerca essa Piazza. Com o céu nublado ficou algo até meio sinistro... Hehehe... Mas, voltando ao filme, essa é a primeira visão que a chata da Bella tem da "Torre do Relógio":

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Abaixo tem algumas outras fotos da Piazza. Pena que elas não capturam a atmosfera mágica desse lugar. Principalmente a Basílica, que parece uma igrejinha mixuruca vista assim, mas é grandiosa pelo tamanho e contraste com demais prédios.

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Estava trovejando forte. Nem um pedacinho de céu sem nuvem. Eram umas 16h. Mas eu não queria ir embora. Sentei ali pra absorver o máximo possível do lugar e do wifi, hehe. Era ali o melhor sinal. E finalmente ela chegou, a chuva. Maldita! Estraga prazeres! Pois bem, apesar dos pesares conheci parte de Montepulciano. Desci pela Porta della Farine pra esperar o ônibus até Chiusi Scalo, mais 1h de viagem. Tinha perdido o ônibus das 16h30, tive que esperar 1h pelo seguinte. E não, não tem ônibus a cada meia hora pra estação de trem como eu li em alguns blogs. O gap entre os ônibus é completamente irregular, portanto o timetable que a moça simpática me deu na chegada (ao contrário da mal amada de Siena), foi super importante. Ela já me deu inclusive os horários e preços do trem. Isso sim é alguém que sabe lidar com o turismo. Cheguei em Chiusi Scalo e comprei a passagem de trem direto na maquininha. Pra voltar com o trem rápido paguei €18. De trem até Roma era mais 1h20. Acabou atrasando tudo e cheguei às 21h20 ao invés de 20h35. Do Termini peguei um táxi mesmo. Chegar em Roma era como voltar pra casa. Pelo menos as nuvens deram uma trégua durante a viagem e me deixaram ter a lua cheia como companhia....

Montepulciano é um sonho que se tornou realidade...

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Publicado por Akemi Nomura 02:38 Arquivado em Itália Comentários (3)

Siena

semi-overcast 9 °C
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"Hoje aqui, amanhã não se sabe. Vivo agora antes que o dia acabe. Nesse instante, nunca é tarde. Mal começou, eu já estou com saudades"

Chuva, chuva, chuva... Por que faz isso comigo? O que me resta aqui são mais dois dias e meio de chuvas por todos os lados... Decidi fazer minha mochila e ir para Toscana mesmo. As chuvas seriam menos intensas. Pompéia vai ficar pra próxima. Putz, vou ter que voltar! Até porque no casamento um rapaz de Nápoles me recomendou conhecer Sorrento (uma cidade da Costa Amalfitana), além de Pompéia, mas eu precisaria de um dia para cada uma. Como as ruínas de Pompéia são lugares enormes abertos, e Sorrento já é área litorânea, não ia funcionar bem ir num dia prevendo "tempestade". Retorno um dia pra fazer essa região num clima mais propício. Vantagem de não planejar? Poder se adaptar ao clima!

Acordei cedo e fui de carona com a Adriana. Nós descemos na estação de Settebagni e fomos até Tiburtina. Ali, pela bagatela de 23 euros, eu peguei um ônibus para Siena. O ideal é ir de carro. Senão, ônibus e trem por último, pois a estação é longe do centro. Outro motivo é ter que ir até Florença pra depois pegar outro trem. Muito trabalho!A viagem levou cerca de 3h porque pegamos trânsito na saída de Roma. Desci na Piazza Gramsci. Tinha baixado o mapa no ipad, porém, levei uns 10 minutos para me achar no mapa. Depois que eu descobri onde estava, foi facinho facinho. Já estava me sentindo em casa.

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As ruas de Siena são uma viagem no tempo. É voltar pra era medieval. Construída sobre três colinas, a cidade tem ruas, vielas e becos estreitos e entrelaçadas que conduzem ao coração da cidade. É um mega labirinto, tipo Veneza. Mas Veneza sempre acaba no Grande Canal, aqui não. Queria saber quem me falou que não entra carro no centro histórico de Siena. Entra sim! E é uma saco, principalmente naquelas ruelas estreitas. Eu fico imaginando o quanto eles devem xingar os turistas folgados, hehe.

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Segundo a mitologia romana, Siena foi fundada por Sénio, filho de Remo, e pela cidade estão espalhadas várias esculturas da famosa imagem dos irmãos Rômulo e Remo sendo amamentados pela loba. Historicamente falando, Siena foi criada como um pequeno núcleo de soldados romanos em 30d.c. que com o tempo desenvolveu-se em um posto comercial até chegar ao esplendor de hoje. A cidade é famosa pelo “Palio de Siena”, a corrida histórica a cavalo, que acontece todo ano no dia 2 de julho e 16 de agosto e também por ser a sede de uma das mais antigas universidades da Europa. Já de cara me surpreendeu pelo tamanho, a cidade além dos muros é muito grande. O centro histórico é feito todo a pé. Essa parte não é tão grande mas é maior do que eu esperava. Na verdade, não sei se é maior do que eu esperava mas tem mais subidas (e bota subidas) e descidas do que eu esperava. Um sobe e desce absurdo, viu? Ladeiras e escadas íngremes, uma chance que Siena te dá para experimentar a gastronomia da Toscana sem culpa... Rs.

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Reservei de última hora o B&B Siena in Centro, dentro da muralha, perto do Duomo. É bem localizado, o quarto é bom, nada excepcional, mas atende meu padrão de qualidade. O quarto individual saiu por €47 com café da manhã. No check in, tem que pagar €2,5 de taxa municipal também. Eu recomendo! Mas como cheguei 12h, o check in era só às 15h. Resultado, fui andar. Comecei ali perto da Piazza Gramschi, na Basílica Cateriniana de San Domenico. É uma basílica que foge do estilo pomposo de Roma. Tem características de idade medieval mesmo. Numa pequena capela lateral, mais bonitinha, tinha uma explicação: "As relíquias da sagrada cabeça de Santa Catarina de Siena tem sido conservada nessa Basílica desde 1383. Vários documentos históricos e oficiais confirmam a veracidade". Foi quando eu percebi no centro do altar um crânio com as vestes religiosas ainda. Acho meio bizarra essa exposição, ainda mais só a cabeça, mas... Resquícios do passado, faz parte da história!

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Uma das melhores coisas de Siena é andar por seus labirintos, ops, ruas. Um olhar menos romântico veria ali um imenso cortiço. Mas tem uma história imensa por trás desses becos. Cercada por vinhedos dos quais se extraem estupendas garrafas do autêntico Chianti, Siena faz jus à fama de lugar romântico dos que só se encontram na Toscana, com seu Centro Histórico medieval muito bem preservado. Esse é só um tira gosto da Toscana. Estou só começando a descobrir a região. Rodando pelas ruelas, caí na praça principal, a Piazza del Campo. A imensa e curiosa praça do século XII, toda pavimentada de pedras e tijolos, é marca registrada de Siena. Aqui estão o Palazzo Pubblico, com sua alta Torre del Mangia, e vários outros edifícios antigos, restaurantes e lojas. É lá que ocorre o famoso Palio di Siena. Do lado oposto ao Palazzo, está a bela fonte Gaia.

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Palazzo Pubblico e Museo Civico: O Palazzo Pubblico de Siena, construído no finalzinho do século XIII, em estilo gótico característico, com sua fachada com janelas em arco, separadas por colunas, foi durante muito tempo sede do poderoso governo sienense. Sua Torre del Mangia, com 102 metros de altura, é uma das mais altas torre medievais da Europa. A vista lá de cima é espetacular, quero dizer, deve ser. Depois de tanto sobe e desce não encarei a subida. São 40 minutos de subida, tá doido!

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Depois de caminhar umas 2h30 sob ameaça de chuva, fiz o check in e fui descansar um pouco. Perto das 16h, vi o sol pela janela. Fiz a escolha certa em subir pra Toscana, o céu desabou em Pompéia. Bom consolo! Desci em direção ao Duomo. Estava ouvindo uma batida, tipo de tambor. Quando cheguei na Via que levava ao Duomo, saíam de todas as ruelas trios vestidos com roupas medievais, um na frente batendo o tambor e dois atrás com bandeiras. Eles iam no sentido da Piazza do Duomo. Quando cheguei lá, vi que vinham trios de todos os lados. Um atrás do outro, numa pequena parada de Siena. Cada trio com cores e bandeiras diferentes. Bem bacana! Mas não tinha a menor ideia do que estava acontecendo. Quando todos entraram na igreja de Santa Maria della Scalla, a multidão entrou junto. claro que eu fui atrás. Lá eu entendi algo sobre uma cerimônia de "Capoanno Senese". Tipo, um fim de ano, só que não! Ahahaha, não entendi mesmo... De lá, saíram todos em um desfile pelas rua. E lá fui eu de novo junto com a multidão acompanhando a parada senese, ou sienense, até a Piazza del Campo. Uma multidão espremida naquelas ruelas. Lá, entraram no Pallazzo Pubblico para uma cerimônia com autoridades enquanto eu seguia o meu caminho.

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Voltei para o Duomo, afinal, fui interrompida no meio do caminho, rs. Olha só, se tem uma coisa que me revolta é pagar pra entrar em igreja. Não, eu me recuso! Já entrei em duzentas lá em Roma, tá bom, né? Dizem que é imperdível, mas, eu tenho minhas dúvidas. Duvido que supere San Pietro (que é de graça)... Bom, o Duomo abre de segunda a sábado das 7h30 às 19h30 e aos domingos das 13h30 às 19h30. Li que o pavimento é belíssimo, cheio de mosaicos mó legal... Droga! Fiquei com vontade de entrar lá... Vou ter que me contentar com a fachada.

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Depois peguei o mapa e fui em busca da Fontebranda. Gente, como deu trabalho de achar esse negócio. Fica na parte baixa da cidade, mas dentro da muralha. Nossa, eu desci já com medo do que teria que subir. Na descida, encontrei o Santuário de Santa Catarina. Ufa! Esse era um dos pontos que eu estava procurando. Lá dentro tem um capela pequenininha dedicada a ela. Lindíssima! Tá vendo, pra quê pagar pra entrar em igreja? Segui o mapa e finalmente achei a Fontebranda (La Fonte che parla). Que coisinha mais sem graça! Foi construída em 1193 e é uma das mais famosas e antigas fontes de Siena. Era a principal confluência dos aquedutos da Siena medieval. Tem um barulhinho constante de água escorrendo, por isso que é a "fonte que fala". Dá pra imaginar como era a 700 anos atrás. Mas é bem simples, não tem o mesmo charme da Fontana di Trevi.

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A volta tinha tudo pra ser um drama. Depois de andar o dia inteiro, eu estava no vale entre duas colinas de Siena. Mas, viva a tecnologia. Ali do lado tinham várias escadas rolantes ligando a parte baixa à parte alta. Não a mais alta, mas quase lá, porque ajudou muito. Parei no Duomo para esperar anoitecer. Mas comecei a congelar. Essa região é bem mais fria que Roma. Fui andando nas ruelas em busca da Piazza del Campo, onde achei um restaurante com wifi. Comer aqui é um assalto, €5,5 na latinha de coca zero, fala sério? Mas pelo menos tem wifi pra suprir minha abstinência de internet, hehe. A noite estava linda, fria, mas linda. Uma bela lua cheia deixava a paisagem mais bonita. Foi um belo dia numa das regiões mais encantadoras da Itália!

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Eu me surpreendi ao retornar para o hotel. Pouquíssimas pessoas na rua. Cadê aquele monte de turistas que estava aqui de dia? Turista de verdade não tem medo de frio e chuva. Perder uma bela noite dessa pra ficar no hotel? Se mata! Foi até meio tenso pra voltar pro hotel. Aquelas ruelas sem ninguém assustou um pouco. Mas, sobrevivi! Rs.

Publicado por Akemi Nomura 08:05 Arquivado em Itália Comentários (1)

Roma, 23 de março de 2013

sunny 16 °C
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O dia começou tarde. Fui dormir mais de 3h da manhã. Não tenho mais idade pra isso. Levantei quase 11h. Como eu estou de férias "sem compromisso", eu me dei esse direito. Tomei café, fiquei batendo papo com a Mira até me dar conta que o dia estava bom e podia sair. A Adriana me levou até o ponto do 90, e assim fui até o Termini.

Dessa vez não ia dar margem a erro. Achei o Archeobus, isso mesmo, um ônibus de turismo. Só que esse não era um ônibus comum, ele saía dos muros de Roma para os sítios arqueológicos da Via Appia Antica. Custa 12 euros e vale por 48h. Se comprar antes pela internet sai por 7,5 euros. Olha a vantagem de planejar... Olha só, dá pra ir com o ônibus 218, depois do entroncamento da Via Appia, já na Via Ardeatina, tem que descer no primeiro ponto. Ou pega o 118 não sei aonde que pára na frente das Catacumbas de São Calisto ou de São Benedito.

Fazia parte desse trajeto dos sítios arqueológicos as Termas de Caracala. Esse é mais um ponto do roteiro favorito em Roma da Akemi, ou RFRA, rs. É uma obra de arte da engenharia. As Termas foram construídas no século II, na época do imperador Caracala. Era possível receber até 1500 pessoas de uma vez, divididas em suas salas de relaxamento, massagem, piscina, banho, etc. Ainda existem partes dos mosaicos que faziam parte da decoração. Hoje as termas são grandes ruínas, com algumas partes da estrutura ainda em pé. A entrada custa 8 euros. Com o Roma Pass, tudo sai mais barato. Mas como eu não planejei nada, pago o preço.

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Meu destino? Catacumbas! De hoje não passaria. Essa é a vantagem de se ter dias a perder, tive tempo para uma segunda tentativa. Antes de falar das Catacumbas, é bom falar que pra visitá-las tem que ter fôlego pra descer e subir e não pode ter claustrofobia. Em Roma tem várias, fui em duas, uma do lado da outra. A primeira, a maior de todas, São Calisto. A segunda, a mais antiga de todas, São Benedito. Catacumba foi um termo retirado de uma das tumbas mais conhecidas e visitadas de Roma, a de São Sebastião ad Catacumbas, a partir desse momento a palavra passou a ser usada para designar todos os cemitérios cristãos subterrâneos.

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São Calisto funciona de quinta à terça, das 9h às 12h e das 14h às 17h. O ingresso custa 8 euros e as visitas são guiadas. Como cheguei às 14h certinho, não precisei esperar. Eu optei pela visita em espanhol e me arrependi. O cara falava muito rápido. Essa catacumba é a maior de Roma, tem cerca de 20km de corredores. Por cima, uma vasta paisagem verde. Descemos cerca de 13 metros e andamos cerca de 130m lá embaixo. Os corredores são estreitos, temos que andar em fila indiana. É um verdadeiro labirinto lá embaixo. Como as visitas são guiadas, não tem risco. Se eu tivesse que ir sozinha, acho que desistia nos primeiros metros. Apesar dos corredores serem estreitos, não era nada que incomodava muito porque o pé direito era alto. Essa catacumba é conhecida pela cripta dos papas, onde foram enterrados alguns entre os séculos II e V. Não, ainda não havia Vaticano. Mas muitos papas não estão nem no Vaticano, nem aqui, estão em outros cemitérios na cidade. Lá embaixo a temperatura se mantém em dezessete graus e é bem úmido. Fica aquele cheiro de terra molhada. Numa parte da visita o guia nos avisou do único lugar das catacumbas que dava pra tirar uma foto roubada, rsrs.

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Saindo de lá vi uma placa das Catacumbas de São Sebastião. Já estava por ali mesmo, fui andando pelo acostamento de 50cm da Via Appia Antica. Claro que quando eu cheguei lá eu descobri que dava pra ir por dentro de São Calisto. Que ódio! Rsrsrs. Bom, mas cheguei! São Sebastião funciona todos os dias, das 10h às 17h. As visitas são guiadas em vários idiomas e não saem juntas como em São Calisto. Essas catacumbas também são do século II, e, no século IV, o imperador Constantino mandou construir a Basílica de São Sebastião, onde estão os restos do mártir. A igreja foi construída sobre o lugar onde, segundo a história, tinham sido transferidas em 258 os restos mortais dos apóstolos São Pedro e São Paulo para salvá-las da profanação durante o período de perseguições. Os corredores são bem estreitos e o teto é baixo, bem baixo. Eu tinha que andar meio encurvada pra não bater a cabeça. É meio claustrofóbico, mas é mais legal que São Calisto. Tudo bem que não pode, mas, se pudesse, eu jamais desceria sozinha ali. Dá um certo pânico por ser bem apertado. Essa eu tinha medo de ser a última da fila e ficar pra trás, pois não tinham vários grupos espalhados pelo labirinto, hehe. De acordo com a guia, são 110 mil túmulos ali distribuídos em cerca de 12km de corredores. Muito louco! Aqui não deu pra tirar foto lá embaixo, a foto abaixo é do túmulo de São Sebastião dentro da Basílica.

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As duas catacumbas foram experiências legais, mas se tivesse que escolher, sem dúvidas seria São Benedito. Essa visita já fez valer meu dia. Já faz parte do RFRA. Dali, peguei o ônibus para ir ao Palatino. Desci na parte baixa do Campidoglio, uma das sete colinas de Roma. Lá no alto, uma pequena piazza projetada por Michelângelo, meu favorito. Dali de trás uma das vistas mais bonitas do Palatino. No vale entre o Campidoglio e o Palatino, mais uma das colinas de Roma, está o Fórum Romano. Mais dois dos pontos do RFRA, o Palatino e o Fórum. Não estava muito a fim de entrar lá hoje, só olhar lá de cima.

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No Palatino está um imponente complexo de edifícios que exprimem de modo visível o poder e riqueza dos imperadores, de Augusto e Nero a Septímio Severo e outros. Foram aí construídos pela proximidade com a casa original de Rómulo, primeiro rei de Roma. A zona foi sendo progressivamente ocupada pela nobreza e classe alta dos Romanos até que Augusto, nascido no Palatino, aí decidiu edificar a sua residência, a Domus Augustana, fixando a partir daí a residência oficial dos imperadores. O centro do mundo antigo girava nesse lugar, não tem como não andar ali e imaginar a vida naquela época.

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Seguindo um pouco em frente na avenida quem ocupa o lugar de honra? O Coliseu!!! Meu, falar o quê do Coliseu? Se fosse falar de cada detalhe dessa que é uma das obras de engenharia mais fantásticas do mundo, iam ser folhas e folhas. Vale a pena falar do que representa o Coliseu na história: "Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma ruirá e quando Roma cair, o mundo cairá". Precisa falar que faz parte do RFRA?

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Terminado meu dia arqueológico, peguei o metrô até o Termini, onde peguei o 90. Mimo e Mira foram me buscar no ponto de ônibus e fomos no supermercado. Foi tenso! Aqueles corredores apertados, aquelas pessoas dirigindo carrinho de supermercado como se fossem carrinho de bate bate. Não, essa é uma experiência de local muito tensa, gostei não, hehe.

À noite, fomos eu, Mimo, Mira e Adriana dar uma volta no centro pra tomar um café na Piazza de St. Eustachio, o melhor da Itália. Essa é uma piazza pequenininha e não faz parte das milhares de piazzas mais importantes de Roma que eu já citei. Começamos a caminhada pela minha querida Piazza Navona. Estava mais cheia do que na terça que tinha sol. Isso já eram quase 23h. Já fomos tomar o café na piazza de St. Eustachio. O Mimo serviu de guia. O problema é que ele falava duas frases em português, depois ele mudava pro modo em italiano e continuava como se nada tivesse acontecido, hehe. Eu fazia cara de conteúdo, mas a cara da Adriana era a melhor... Ahahaha... Fomos andando pelas quebradas até alcançarmos o Pantheon que estava belíssimo. Do Pantheon, fomos para o Campo de Fiori. Lembra que eu falei que era uma praça sem graça? Não pra juventude romana, que estava bombando lá essa noite. Demos uns perdidos pelas ruelas, entramos nuns poucos becos desertos, chegamos a outros lotados, e o Mimo me contando histórias parte em português, parte em italiano... Rsrsrs... Eu me esforcei a entender... Já eram quase 1h da manhã quando voltamos. Já são quase 3h de domingo e eu estou tentando fechar esse post...

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P.S.: O meu roteiro "Anjos e Demônios" também faz parte do RFRA.

Publicado por Akemi Nomura 11:57 Arquivado em Itália Comentários (1)

Roma, 22 de março de 2013

sunny 14 °C
Visualizar 2013 Itália no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Antes de tudo, hoje é aniversário do meu irmão. Parabéns irmão!!! Felicidades, paz e saúde pra vc...

A noite da quarta feira foi bem bacana. Fomos eu, Tati, Alessandro, Adriana e Ladislao num lugar chamado Eataly. É uma espécie de supermercado com comida de qualidade. Imagina uma casa Santa Luzia bem grande, uns 4 andares, e entre os andares vários tipos de restaurantes. Jantamos por lá mesmo, depois a Tati ia comprar uns chocolates pro casamento. Na volta, paramos num lugar no meio de um bairro chique de Roma, onde tinha uma espécie de igreja. Na porta, um pequeno buraco onde dava pra ver uma espécie de altar. Disseram que foi construído por cavaleiros da ordem de Malta, mas não sabiam me explicar mais que isso. Procurei na internet alguma informação, mas também falhei...

Na quinta de manhã, fui pra casa da mãe da Tati. Ela me deixou lá com a seguinte recomendação: "Se a coisa ficar feia, coloca o fone de ouvido e desliga do mundo". Quando chegamos lá, não era difícil imaginar a cena, todos falando ao mesmo tempo, um mais alto que o outro. E quando eu digo falar alto, é algo que beira a histeria. Agora sim, o conselho da Tati faz todo sentido. Ela quando saiu apenas me disse: "Força!". Ahahaha... Tem horas que é engraçado, estão todos juntos e tem sempre alguém pedindo pra falar em português, mas não dá 2 minutos está todo mundo falando italiano de novo. Vira e mexe a mãe dela vira pra mim e começa a falar em italiano. Oi? A Adriana que morria de rir com isso.... Rsrsrs...

E chegou o dia, sexta feira! Acordei e fiquei na net um pouquinho. A casa já estava movimentada desde cedo. Quando eu criei coragem para levantar, a Mira foi me explicar onde estava tudo na cozinha. Um dos problemas em qualquer viagem é a comida, né? Aqui também tem suas diferenças. Italiano come doce no café da manhã, sabe, bolinho, biscoitinho, corneto doce, etc. Se não for a minha vitamina de banana com linhaça, eu prefiro um café com leite e pão integral com queijo branco, hehe... Exigente eu... Hahaha... O café com leite eu achei, e fui fuçar a geladeira em busca de algo salgado. E foi o salame mesmo. Logo depois fui dar uma geral na minha mala. Incrível como as coisas resolvem se auto organizar a cada vez que eu fecho a mala. Já separei umas roupas para mochila, sei lá pra onde eu vou, mas eu sei que eu vou. Bom, nesse meio tempo, o Mimo chegou com o que ele chamava de pizza com mortadela bolonha. Pra mim estava mais pro bom e velho pão com mortadela. Aqui não é tão comum como no Brasil. Embutidos em geral são consumidos depois da janta, com um vinho, de preferência. Pão com mortadela de manhã é lanche das classes "menos favorecidas", digamos assim. Realmente, eu não nasci pra ser rica mesmo!!! Ahahahaha...

O ritual do casamento começou às 13h. As amigas da noiva começaram a chegar para o ritual de maquiagem. A família da noiva prepara uma mesa com doces e salgados. Eu fiquei com dó do pai e do irmão no meio dessa mulherada maluca, ahaha. Comecei a me arrumar às 14h, junto com a Adriana, para não ficar pra trás... Rs. Todas as amigas se arrumam aqui também. No final, saem todos juntos.

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Às 16h foi uma cena diferente. Vários amigos chegaram para ver a noiva sair. Tinha tapete vermelho e tudo. Depois é feita uma carreata com parentes e amigos da noiva. Chegamos lá, o noivo, parentes e amigos já aguardavam. Foi uma cerimônia civil, coisa de 10 minutos. Fui e voltei com a Giulia, o Claudio e o Marco, filhinho deles. O dia ajudou, nem fez muito frio. Na volta da cerimônia, passamos por vários monumentos de Roma iluminados. Um espetáculo!

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A festa não é bem festa, é um jantar. Normalmente é só música ambiente, sem dança. Foi algo simples, não sei se por opção da Tati ou é sempre assim. Duas massas e uma carne. No final uma torta folhada e frutas. Não rola aquela mesa de café na saída, rola umas bebidas, chocolate e charuto. Fiquei na mesa com os irmãos e os primos da Tati. Muito engraçados eles, pena que eu não entendia nada, ahaha. Minha risada era tardia, depois que alguém traduzia pra mim. Conversei muito com a Arta, uma amiga albanesa da Tati que casou com um americano e fala inglês fluente, graças à Deus! Já estava ficando chato ficar muda na mesa... O jantar acabou às 2h. Meus planos de amanhã? Quando acordar eu decido!

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Caracas! Agora que caiu a ficha... Quando eu mudei de período de aula da tarde para de manhã foi exatamente quando eu fui pra quarta série, em 1989. Lá, eu ia conhecer uma coleguinha de classe chamada Tatiana. Futuro? Naquela época eram só sonhos... Nunca eu ia imaginar que 24 anos depois eu ia cruzar o oceano para estar aqui hoje num dia tão importante. Não há barreiras para os amigos de verdade. Foram cartas que demoravam uns 20 dias, e-mails que diminuíram a distância, redes sociais que nos deixaram atualizadas sobre a vida uma da outra, e agora whatsapp que nos deixa à distância dos smartphones. O mundo deu tantas voltas nesses 24 anos, a vida se encarregou de nossos caminhos se cruzarem de novo hoje... Fico muito, mas muito feliz mesmo de poder estar aqui hoje!

"Eu poderia viver, embora não sem dor, se morressem todos meus amores. Mas enlouqueceria se morressem todos meus amigos!"

P.S.: Tô meio emotiva hoje. Tô mesmo! Bora tomar um vinho...

Publicado por Akemi Nomura 02:34 Arquivado em Itália Comentários (3)

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