Um blog do Travellerspoint

Escócia

Highlands

ONDE A VERDADEIRA ESCÓCIA SE ENCONTRA

overcast 12 °C
Visualizar 2001 Inglaterra e Escocia no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Conheci os Highlands num passeio até o Lago Ness. Na subida, a guia contava algumas histórias comoventes guardadas na montanhas, como o massacre de Glencoe, envolvendo um dos clãs mais conhecidos do mundo, os MacDonalds. Essa história segue em outro post.
http://anomura.travellerspoint.com/9/

É difícil alguém nunca ter ouvido falar nos Highlands Escoceses. Seus cenários deslumbrantes já foram pano de fundo de várias histórias hollywoodianas. Quem nunca ouviu falar no Highlander, o guerreiro imortal? Ou o Coração Valente William Wallace. Ou mesmo o herói escocês Rob Roy, interpretado pelo impecável Liam Neeson. Parece que os Highlands serviram de cenário para “O Senhor dos Anéis” e “O Código da Vinci”. O primeiro eu não assisti (achava que tinha sido filmado só na Nova Zelândia). O segundo eu assisti, mas não lembro.

É uma paisagem que compõe bem um enredo que misture solidão, paixão e magia. É uma viagem interior, num horizonte composto por belas montanhas, castelos e segredos. O horizonte sem fim é a prova de que Deus foi muito carinhoso com a Escócia.

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Era verão, mês de julho. E era bem frio. Ficava imaginando aquelas montanhas cobertas de gelo no inverno. O tempo nublado, a chuva fina e o vento gelado compõem o clima da região no mês de julho.

A subida é por uma estrada íngreme. Durante o caminho a guia vai contando as histórias das montanhas. Entre gados peludos típicos, montanhas verdejantes, corvos, alces e ovelhas, o que menos se vê é a presença humana. Em uma parada me chamou a atenção para os vários carros que lá se encontravam, porém não havia ninguém. Creio que as pessoas se embrenhavam nos vales para passeios, aproveitando o clima agradável de verão. Era um vazio, as montanhas, o fog, a chuva fina e nada mais. Era uma sensação de paz.

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No caminho é difícil ver casas ou paradas. Já algumas ruínas de castelos ou igrejas são bem comuns. Todas com forte ligação com os clãs escoceses. Os vastos campos entre as montanhas testemunharam as lutas de heróis escoceses como o Rei Robert The Bruce e o guerreiro William Wallace. Parece que aqui o passar do tempo não existe.

Fizemos uma pequena parada em uma cidadezinha chamada Pittylochry. Parecia uma cidade de bonecas. As casinhas tinham uma arquitetura peculiar. Era perfeitinha, limpa e organizada. Era agradável apenas uma volta em suas pequenas ruelas.

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No meio do caminho fizemos uma pequena parada em um museu em homenagem a Rob Roy. Até então eu desconhecia esse personagem da história escocesa. A partir dali comecei a me interessar e procurar saber mais sobre o assunto. Rob Roy é um personagem real que a Escócia guarda em sua história até hoje. Segue texto retirado do site Wikipédia:

“No início do século XVIII na Escócia, um nobre, o Marquês de Montrose, compromete-se a fazer a entrega de uma carta de crédito de mil libras, mas o pagamento é feito em dinheiro vivo e acaba por ser roubado pelo chefe da guarda do Marquês.
O dito nobre exige de volta o seu dinheiro e quando o capitão da guarda resolve prender Rob Roy MacGregor, o chefe do clã, para se vingar. Entretanto, ele não o consegue encontrar e, para provocá-lo, viola Mary, a sua mulher, e queima a sua casa e mata todos os animais. Este acontecimento fica em segredo, pois ela não quer que se saiba. Este acontecimento perturbador provoca o desejo de vingança do clã ofendido.”

A subida continua até chegarmos ao Lago Ness. Passamos por uma cidade chamada Fort William, região em que viveu o guerreiro William Wallace, um dos grandes heróis escoceses. Depois, o destino foi Fort Augusts, na região de Inverness.

Descrever o Lago Ness fica pra outro post.
http://anomura.travellerspoint.com/10/

Publicado por Akemi Nomura 08:04 Arquivado em Escócia Tagged highlands escócia Comentários (0)

Edimburgo

Uma volta ao passado medieval

overcast 10 °C
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Essa é mais uma de minhas cidades favoritas. Edimburgo é dominada pelo Castelo construído sob uma rocha de origem vulcânica. Após a unificação do parlamento da Escócia com o da Inglaterra, Edimburgo perdeu sua importância política, mas permaneceu um importante centro econômico e cultural. Edimburgo é uma cidade que encanta pela arquitetura, história e simpatia dos escoceses.

Edimburgo foi uma das cidades mais marcantes que eu conheci. Já na sua chegada é impressionante a vista dos antigos prédios medievais e seus becos. A mente voa imaginando a vida naquela cidade 1000 anos antes. Não tem como não se sentir em um filme Hollywoodiano. Cada prédio parece um pequeno palacete medieval. O prédio do Banco Nacional da Escócia então parece um castelo. No seu centro uma bela praça é o ponto de descanso dos turistas a espera do trem de volta.

De todos os cantos da cidade é possível ter a vista do castelo. A expectativa de conhecê-lo é enorme. Porém, Edimburgo é uma cidade que guarda muitas surpresas em suas ruas. Deixe o castelo por último, um dia inteiro lá. Fecha Edimburgo com chave de ouro.

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Uma das primeiras impressões de Edimburgo é ver como ela manteve inalteradas suas tradições e seus valores. Seus ícones são os mais conhecidos do Reino Unidos: Kilt (saia escocesa usada pelos homens, gaita de foles e o whisky.

A paisagem não só em Edimburgo, mas em toda a Escócia é algo de encher os olhos. Deus realmente foi muito carinhoso com esse país. Das cidades que conheci no Reino Unido Edimburgo é a mais bonita. Um passeio pelas ruelas da Old Town é uma viagem à Idade Média. Por todos os cantos é possível ouvir os sons da gaita de foles criando a atmosfera perfeita do lugar.

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Edimburgo tem uma história famosa de lealdade de seu cão com o dono. Greyfriars Bobby foi um cachorro da raça Skye Terrier, que ficou conhecido em Edimburgo no século XIX por ter passado 14 anos guardando o túmulo de seu dono, até sua própria morte em 14 de janeiro de 1872. Bobby pertencia a um policial chamado John Gray. Os dois foram inseparáveis por dois anos. Quando Gray morreu, em 15 de fevereiro de 1858, foi enterrado em um cemitério chamado Greyfriars Kirkyard, o cemitério de uma igreja velha de Edimburgo. Desde então Bobby passou a guardar o túmulo de seu dono sendo alimentado por várias pessoas comovidas com a fidelidade do cão. Em 1867, Edimburgo proibia cães sem registro e foi dada a ordem para sacrificar o cão. Sir William Chambers, um importante político na época, pagou pela renovação da autoridade do cachorro e o colocou sob responsabilidade da Câmara Municipal. Bobby morreu em 1872 e não pôde ser enterrado no cemitério, já que era um lugar consagrado. Por isso foi enterrado dentro dos portões da igreja, em um território não consagrado, a 70m do túmulo de seu dono. Em 15 de novembro de 1873, uma fonte com uma estátua em homenagem à devoção do cachorro foi erguida por ordem da Baronesa Angelia Georgina Burdett-Coutts. Essa estátua está hoje na ponte George IV e é uma das atrações mais fotografadas de Edimburgo. Não se espante ao entrar nas lojas de souvenirs e ver várias lembranças em alusão a um cachorrinho. Não é qualquer um: é Bobby.

Alguns lugares de Edimburgo são imprescindíveis de serem visitados:

1. Praça de Execuções:

Localizada na parte baixa do castelo, a praça cercada por prédios antigos era onde eram realizadas as execuções dos prisioneiros na época. Os sentenciados à morte tinham direito a um último desejo e, como todo bom escocês, ficou a lenda que em grande maioria o último desejo era um gole de Whisky. Hoje na praça existe um Pub que faz alusão a essa história. Como chama esse Pub? “The last drop”.

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2. Scott Monument;

Construído em homenagem ao escritos Robert Scott, o monumento em estilo gótico se destaca no centro da cidade. Fica localizado nos jardins da Princess Street. Se tiver energia subir seus 287 degraus pode levar a uma vista panorâmica da cidade.
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3. Túmulo de Adam Smith;

Adam Smith foi um filósofo e economista escocês. Teve como cenário para sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII. É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico, sendo sua maior obra “A Riqueza das Nações”;

4. Casa de Robert Burns;

Robert Burns foi um poeta escocês do século XVIII. Escreveu poemos que prefiguram o romantismo e a comédia. Cheias de simplicidade e espontaneidade, as poesias escritas em escocês tinham como tema sua aldeia, a natureza e seus amores.

5. Scotish Whisky Heritage Centre;

Na subida do castelo, um clássico escocês. Um centro de Whisky. Tomar whisky na Escócia requer todo um ritual. Ir à Escócia e não tomar whisky não vale à pena, mesmo os que não bebem, como eu, devem tomar um gole ao menos. Seguindo um ritual do local fica uma experiência bem interessante.

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6. Holyrood House;

Holyrood House é a residência oficial da família real britânica na Escócia. O palácio é aberto à visitação no período em que a família real não se encontre. Nos tempos modernos, os monarcas têm passado, formalmente, pelo menos uma semana por ano nesse palácio de Edimburgo. A atual rainha ainda usa Holyrood quando se encontra na Escócia em ocasiões de Estado (nas outras, utiliza o castelo de Balmoral);

7. Tecelagens de Kilts;

Também na subida do castelo um diferente passeio pode ser feito. As tecelagens que fazem os kilts escoceses são abertas à visitação. Ali são vistas as várias estampas de kilt, cada uma representando um clã da idade média.

8. Castelo de Edimburgo;

O castelo de Edimburgo merece um dia inteiro dedicado a ele. Desde o início da sua subida o castelo encanta. Não se surpreenda se encontrar com William Wallace no meio do caminho. Bem que poderia ser o Mel Gibson, mas tudo bem. Bem, vamos um pouco à história do castelo:

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O castelo de Edimburgo é uma antiga fortaleza que domina a cidade. Trata-se de um dos mais importantes castelos do país e uma das atrações mais visitadas de Edimburgo. Entre as suas atrações estão as jóias da Coroa Escocesa: a Coroa, a Espada e o Cetro encontram-se entre as mais antigas da Europa. Estas insígnias reais foram aqui guardadas após a união dos Parlamentos da Escócia e da Inglaterra, em 1707, encontrando-se atualmente em exibição na Sala da Coroa.

Outros pontos de interesse no castelo são:

  • A pequena Capela de Santa Margarida, os aposentos reais e o imponente Grande Hall, construído por Jaime IV da Escócia em 1511;
  • As prisões militares, onde no final do século XVIII estiveram detidos marinheiros de muitos países, inclusive dos recém-independentes Estados unidos da América;
  • A Pedra do Destino é o assento de coroação dos reis da Escócia;
  • O museu da Guerra: localizado no centro da fortaleza, é um antigo edifício que expõe armas antigas. Já foi armazém de munições do antigo reino;
  • O cemitério dos cachorros que faziam parte do exército escocês também se encontra no palácio. Lá também foi enterrado o cachorro de estimação da Rainha Mary Stuart;
  • O canhão de cerco quatrocentista conhecido como Mons Meg está agora exposto no exterior da Capela Santa Margarida;
  • A Praça da Coroa é a cidadela no topo do castelo, criada no século XV. Ali estão o Palácio Real e a Sala da Coroa (Honras da Escócia e Pedra do destino);

Publicado por Akemi Nomura 15:14 Arquivado em Escócia Tagged scotland escócia edimburgo Comentários (0)

Highlands - Loch Ness

Monstro ou Mito?

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O lago Ness (Loch Ness), situado a 159 milhas de Edimburgo, encravado nas Terras Altas escocesas, é um lago de água doce, de forma estreita e alongada, com 37 km de comprimento, 1,6 km de largura e chega a ter 226m de profundidade. Sua água é turva e extremamente gelada, sendo que o verão é a única estação em que é possível navegar no lago. Anualmente o local atrai milhares de turistas em busca da lenda do monstro do lago Ness.

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O primeiro registro sobre uma estranha criatura que vivia no lago data do ano de 565. Naquela ocasião um missionário irlandês conhecido por São Columbina descreve como foi surpreendido por uma criatura monstruosa. O episódio foi o suficiente para criar todo tipo de contos e superstições sobre Loch Ness e a misteriosa criatura carinhosamente chamada pelos escoceses de Nessie.

Em 19 de abril de 1934, foi tirada a mais famosa fotografia do monstro pelo cirurgião R.K. Wilson. A fotografia circulou pela imprensa mundial como prova absoluta da existência da criatura. Sessenta anos depois, o genro de Marmaduke Wetherell, repórter free lancer do Daily Mail, confessou que a fotografia era falsa. Wetherell, que foi ridicularizado pelo jornal Daily Mail por sua infrutífera busca de provas da existência do monstro, resolveu dar ao jornal o monstro que eles queriam. Junto com seu genro construiu o monstro de madeira, instalado em cima de um submarino. O nome do cirurgião R.K. Wilson foi usado para dar mais credibilidade à fotografia.

Real ou imaginário, o monstro de Loch Ness faz parte do imaginário popular e da cultura da Escócia e do resto do mundo ocidental.

Subir os Highlands escoceses é viajar pela história dos clãs com personagens imortalizados pelo cinema como William Wallace (Coração Valente) e Rob Roy (Rob Roy – A Saga de uma Paixão). As montanhas também guardam histórias muito significativas para os escoceses, como o massacre de Glencoe, envolvendo um dos clãs mais conhecidos do mundo, os MacDonalds. As cidadezinhas no caminho são muito bonitinhas e os highlanders são muito hospitaleiros. Ao chegar à cidade de Fort Augustus durante o verão, é possível passear de barco pelo lago até o ponto do suposto aparecimento de Nessie. Mais do que lenda, uma ida ao lago Ness é a combinação perfeita de castelos, clãs, histórias e uma paisagem deslumbrante... vale encarar o gelado verão escocês.

Publicado por Akemi Nomura 14:39 Arquivado em Escócia Tagged scotland loch highlands ness lago escócia Comentários (0)

Highlands - Glencoe

O MASSACRE DE GLECOE

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Uma das histórias mais marcantes guardadas nos Highlands

O massacre de Glencoe

O dia 13 de fevereiro de 1692 é relembrado pelos escoceses como um dia de covardia e injustiça, de abuso do poder real ou de uma briga antiga entre dois clãs escoceses. Nessa data, 38 homens do clã dos MacDonalds foram mortos em suas casas, surpreendentemente, por seus próprios hospedes.

Duas semanas antes, a família tinha recebido homens do exército inglês, alguns deles conhecidos e até parentes distantes, pertencentes a outros clãs highlanders. Eles comeram, beberam e se divertiram junto com a família, que recebeu bem os “amigos”, sem desconfiar que tudo fazia parte de um complô para exterminar o clã. Depois do massacre, mais 40 mulheres e crianças morreram de frio e de fome, com suas casas queimadas pelo exército, abandonadas no frio e sem recursos num terreno inóspito, árido e distante dos outros clãs.

O mais cruel da chacina é que ela aconteceu por causa de um detalhe burocrático, pelo menos foi esse detalhe que serviu como desculpa para o ato abominável. Em 1688, houve uma disputa de sucessão pelo trono da Inglaterra entre William de Orange e James VII. Alguns escoceses, principalmente os das terras baixas, apoiaram William, mas os highlanders queriam James no poder. Houve vários motins jacobinos (nome dado aos highlanders que apoiavam James) e batalhas entre os dois grupos. James foi derrotado e partiu para o exílio na França.

Quando subiu ao trono, William decidiu perdoar todos os highlanders que jurassem lealdade a seu reino. E estabeleceu um prazo para o juramento oficial: 1 de janeiro de 1692. Quem não fizesse o juramento sofreria represálias. Os highlanders receberam a autorização de James, exilado na França, para fazer o que o rei pedia. Alguns foram rápidos e conseguiram fazer o voto de lealdade ao rei no meio de dezembro. Outros deixaram para ultima hora. Foi o caso de Alastair Maclain, chefe do clã dos MacDonalds.

No dia 31 de dezembro de 1691, Maclain dirigiu-se a Fort William, região mais próxima onde um oficial poderia registrar seu juramento. Lá, foi informado pelo oficial que teria que ir para outro lugar, Inveranay, para registrar o juramento com o sheriff Colin Campbell. Como o oficial sabia que a viagem duraria pelo menos uns três dias no inverno, tranquilizou Maclain e deu a ele uma carta que comprovava que ele tinha chegado a tempo para o juramento. E, assim, o pobre Maclain teve que seguir para outro guichê, digo, outra propriedade, para o registro oficial.

Chegando a Inveranay, ainda teve que esperar mais 3 dias porque o funcionário publico, digo, o oficial do rei, Colin Campbell estava de férias. Depois do chá de cadeira, ele conseguiu oficializar o juramento com o relutante Campbell. A partir desse momento não se sabe exatamente quem teve a maquiavélica ideia da punição com base num detalhe burocrático. Sabe-se que estiveram envolvidos na historia o Campbell, que não gostava da família MacDonald depois que membros do clã roubaram gado de sua família e um tal de John Dalrymple, um alto servidor real que odiava os highlanders e seus modos “bárbaros”. Não se sabe se o próprio rei William fez parte do complô. Fato é que ele assinou uma ordem para o assassinato dos MacDonalds, com base na desculpa de que o chefe do clã não teria feito o juramento a tempo.

Alguns soldados foram informados da chacina na véspera. Houve quem aceitasse as ordens, mas outros decidiram quebrar suas espadas e se negaram a seguir os superiores. Mesmo correndo risco de morte, alguns soldados tentaram avisar e salvar membros da família. O massacre foi posteriormente condenado pelo Parlamento Escocês, mas nada foi feito contra os reais responsáveis. No fim, a chacina contribuiu para exaltar ainda mais os ânimos dos highlanders contra o monarca, o que acendeu novas revoltas jacobinas nos anos seguintes. Até hoje, o episodio é conhecido como o dia mais infame da historia escocesa. O dia foi imortalizado por artistas, músicos e escritores, como Walter Scott e T.S. Eliot.

No poema “Rannoch, by Glencoe”, Eliot diz:

Aqui o corvo passa fome, aqui o veado paciente
procria para a espingarda. Entre o terreno suave
e o céu suave, quase não há lugar
para pular ou planar. A substância se desfaz, no ar fino,
frio lunar ou calor lunar. A estrada venta
na apatia de uma guerra antiga,
languidez de ferro quebrado,
clamor de injustiça confusa, competente
no silêncio. A memória é forte
e vai além do osso. Orgulho cortado,
é longa a sombra do orgulho, no longo desfiladeiro
sem o concordância do osso.

Publicado por Akemi Nomura 14:33 Arquivado em Escócia Tagged scotland highlands glencoe Comentários (0)

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