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Bolívia

Uyuni

Finalmente o Salar

sunny 11 °C
Visualizar 2019 Atacama e Uyuni no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Definitivamente não dormi bem essa noite, acordei várias vezes. Acordar cedo não é problema pra mim mas dormir picadinho assim é terrível. Essa noite fez -8 graus. O aquecedor do quarto é fraco. Foi bem difícil levantar. Eu fui trocar de roupa e a cada peça que eu colocava eu deitava embaixo das cobertas para esquentar e descansar. Estamos a 4600m de altitude e até trocar de roupa é um esforço excessivo. Fui chamar as meninas pra tomar café e Rosana estava com outra cara. Nada como uma sessão extra de oxigênio. Parecia outra pessoa, ontem ela nem falava. Descemos pro café da manhã e pudemos apreciar a vista do deserto. Cara, o hotel é simples, mas se hospedar na meio do deserto do Atacama é uma experiência de vida. Pensa na vista do restaurante...

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Hoje começamos o dia nas lagunas altiplânicas bolivianas. A altitude é de cerca de 4100m. Descemos um pouco pra chegar aqui. Mas ainda estamos muito alto. Fizemos uma primeira parada na laguna Honda. É uma laguna de água salgada e profunda. Primeira coisa que nos chamou a atenção foram os flamingos no meio do lago. A Karen disse que eles estavam juntos e não saíam dali porque o lago congelou. Com o sol subindo o gelo derretia e eles saíam dali. Que dó gente! Eles tem o corpo adaptado pra temperaturas baixissimas. Tinham umas pedrinhas ali que formavam um pequeno portal. Com um jogo de perspectiva o Wladimir tirou uma foto massa.

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A segunda laguna chama laguna Hedionda (fedida). Esse nome se dá por causa do cheiro de enxofre ali. Mas é a laguna com mais flamingo que vimos. Tinha muito flamingo ali. A laguna é rasa e os flamingos são mais acostumados com pessoas. Claro que não interagem mas não fogem se chegarmos próximo. Falamos baixo ali pra não assustar. Tem três espécies de flamingo ali e deu pra tirar umas fotos massa!

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Deixa eu quebrar essas fotos pra não ficarem tudo junto. Não consegui selecionar, como deu pra perceber, hehe.

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A terceira laguna chamava laguna Cañapa. Aqui estamos a 4300m de altitude. Paramos primeiro no banheiro. Nunca perca a oportunidade de ir ao banheiro no deserto. Não pode ter nojinho porque a estrutura é bem simples. Não encoste em nada e um álcool em gel sempre a mão. Ainda temos que pagar 5 bolivianos. Depois descemos até o lago pra tirar fotos. Uma das fotos mais maneiras da viagem foi aqui!

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Fizemos uma parada pra ver um dos vulcões ativos da região. A última explosão foi a milhões de anos atrás. A altitude aqui são 4000m. As pedras vermelhas ali foram resultado de lava vulcânica. Dali a gente via a fumacinha saindo do vulcão.

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Hoje de manhã eu acordei com uma pressãozinha na cabeça. Não sei se foi porque levantei de madrugada pra beber água muito rápido. Mas agora começou uma pequena dor de cabeça e um pouco de enjoo. Sem dar chance pro azar tomei logo o sorocji que não tinha tomado de manhã. Tínhamos umas dias horas até a parada pro almoço. Cochilei uns 40 minutos e acordei revigorada.

No caminho passamos por algumas comunidades no deserto. São pequenas vilas no meio do nada. Foi numa dessas que paramos pra almoçar ontem e hoje paramos em outra dessa, a vila Candelária. Antes de chegar na vila tivemos a primeira visita do Salar. Mas paramos numa pequena hospedagem pra almoçar antes. Ali as paredes eram de sal, os bancos eram de sal, as mesas eram de sal, no chão tinha sal... muito legal. A comida é simples mas gostosa.

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Na hora do almoço a Karen nos disse que teve eleição na Bolívia. Durante a apuração dos votos que era transmitida ao vivo dois candidatos (Evo Morales e o da oposição) estavam empatados. Porém quando mais de 80% dos votos tinham sido apurados a transmissão foi cortada. Quando retornou já tinha 95% apurado e Evo Morales estava liderando com folga. Algumas manifestações começaram a acontecer na cidade e se espalhava pela Bolívia. Parece que onde a gente vai começa uma revolução. Ô louco!

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Chegamos ao ponto alto da viagem, o Salar de Uyuni. Não paga entrada. Pelo que eu entendi tem um tipo de pedágio. Mas não somos nós que pagamos (ou melhor, já deve estar no valor do passeio). Uyuni já foi um lago de água salgada de 150m de profundidade. Mede 150km de leste a oeste e 50km de norte a sul. Hoje o salar tem 110m de profundidade. Tipo, eu sabia que Uyuni era o maior salar do mundo, mas eu não imaginava que fosse tanto. A Karen nos disse que não pode andar em qualquer lugar do Salar porque o carro pode afundar. Também não sabia disso. A parte central é onde é mais compacto. Outra coisa que a Karen disse foi que as montanhas que cercam o Salar são as referências para os motoristas. Quando o tempo está ruim e não é possível ter visibilidade das montanhas não deve-se entrar no Salar pois a pessoa se perde. Ou seja, é bom procurar saber mais ou menos uma época boa. Entramos por uma parte mais escura mas depois nos dirigimos a parte central. O que dizer dessa primeira vista? Uauuu!!!!

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Existem 26 ilhas no meio do salar. Essas “ilhas” foram montanhas cobertas pelo sal ficando hoje só o topo. Uma dessas ilhas fica bem central. Chama ilha Incauhasi. Da entrada até a ilha são 45km dentro do salar. Ali a gente pode subir pra ter uma visão de 360 graus do salar. Tem que pagar entrada de 30 bolivianos. Mas antes de subir não tem como não falar dos cactos: enormes! Esses cactos crescem um centímetro por ano. O maior atualmente tem 8 metros, ou seja, 800 anos. A ilha já teve um cacto de 12 metros. Já imaginou?

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Bom, o sol estava quente, o frio da manhã já tinha ido embora. Estava uma temperatura fresca, digamos assim. Em situação normal seria um pouco frio mas ali se tornou até um pouco quente. Começamos a subir a ilha. Assim, não era uma subida por escada, eram pedras. Eu e meu medo de altura e queda.... aiai. Paramos para umas fotos e continuamos devagar e fazendo paradas na sombra para recuperação. Mais fotos.... deixava o povo que vinha atrás me passar porque eu odeio pressão, hehe. Ainda não podia olhar pra trás senão a altura me travava. Pra ajudar estávamos a 3660m de altitude. O gente, é muito desafio pra um ser tão limitado como eu! Chegou uma hora que eu tinha decidido voltar. Não por cansaço mas por medo. Não era difícil mas eu sou limitada mesmo... hehe. Rosana que estava bem cansada por conta da altitude ia voltar pra não passar mal como ontem mas decidiu continuar. Ela me estimulou a continuar porque o caminho era largo (não parecia de onde eu estava). Chegou num ponto pra mim que a dificuldade não era a subida, o esforço, a falta de ar da altitude, era o medo! Faltava acho que uns 15% e Rosana desistiu. Eu fiquei na dúvida. Tava com medo da descida. Gabi foi. Mamãe queria ir. Bom, já cheguei até aqui então fui. Preferi não pensar em como ia ser a descida. Cheguei! Uau!!!!!

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Gente, eu já falei isso mas vou repetir. Eu não tinha ideia da imensidão do salar. É deslumbrante aquele deserto branquinho a perder de vista. Você para e fica olhando pra cada canto, cada pedacinho. Lá de cima você vê os carros pequenininhos indo e vindo. Estávamos lá tirando foto e Rosana me aparece. A nega subiu!!!!! Pronto, grupo completo, missão cumprida!

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Aí veio o meu maior medo, a descida. Usei o que eu tinha de melhor em mim que era força nas pernas. Era como fazer passada sem barra nas costas e sempre olhando pra baixo onde eu ia pisar. Confesso que desci com medo mas foi só um pedaço. Depois ficou fácil. Se fosse pra descer pelo lado que a gente subiu seria tenso. Era muito mais difícil. Mas por ali foi de boas. Cheguei lá embaixo e a Karen disse que eu superei meu medo: alto lá índia andina! Eu enfrentei o medo agora superar ainda falta um bocado, hehe.

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Pausa pra ir pro banheiro porque nunca se perde uma oportunidade de ir ao banheiro quando se está no deserto. Ainda mais quando já está incluso na entrada. Lembrando que estamos em altitude e a subida foi um esforço enorme. Algumas pessoas não sobem por não ter condições físicas. Outras por preguiça mesmo. Nós subimos! Nós somos demais!

Partimos pelo Salar afora. Sem ideia de qual direção estávamos indo. Só fomos! Passamos por uns carros parados e o pessoal tirando foto. Andamos bastante pelo salar ao ponto de não ver mais carro nenhum. Aí paramos pra uma sessão de fotos. A Karen usou toda criatividade e fizemos fotos bem divertidas! Aproveitamos para literalmente experimentar o sal direto do salar. Experiência, digamos, diferente. Tiramos mais fotos já que a sensação é que o salar era só nosso. As formas hexagonais chamavam a atenção para obra de arte esculpida pela mãe natureza. Coisa mais linda!

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Terminadas as fotos clássicas no salar fomos em direção ao hotel Playa Blanca. Era um hostel desativado dentro do salar. Esse foi o primeiro hotel de sal do mundo. Teve um problema grave de saneamento o que causou um problema ambiental. A má gestão levou ao seu fechamento. Na frente tem uma “praça das bandeiras” onde turistas do mundo inteiro levam a bandeira de seus respectivos países ou mesmo de times de futebol.

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Partiu por do sol! Se tem algo que eu curto nessas viagens é desfrutar de ao menos um por do sol. Já foram tantos por aí. Partimos em busca do local ideal no salar. Em época de chuva quando o salar fica com uma pequena camada de água é possível fazer aquela famosa foto do reflexo. Mas hoje tinha pouca água. Mas tudo bem, deu pra tirar umas fotos bacanas e brindar o por do sol, brindar a amizade, brindar a vida!

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Eu nem gosto de por do sol, rs.

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Depois de encarar o frio e o vento pra ver um por do sol espetaular as cores mudavam ao fundo. O branco do salar parece ter ficado mais branco. Parecia neve!

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Depois de um dia bem aproveitado fomos pro hotel. O hotel fica praticamente dentro do Salar. É um dos melhores hotéis da região (se não for o melhor). Mais um que não é só uma estadia, é uma experiência. É um hotel todo feito de sal. É sal do chão ao teto. Mesas, poltronas, decoração.... Dessa vez não tinham restrições quanto à energia. Banho quente em qualquer horário, sinal de wifi bom, sem horário pra desligar as tomadas... Super legal! Primeira coisa ao chegar no quarto foi correr pra janela e ver o fim do por do sol.

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Estava bem frio lá fora mas a gente não ia sair mesmo. Tomei um bom banho quente e aproveitei pra lavar o cabelo. Depois fomos jantar. Todas as refeições estavam inclusas no passeio. Era uma comida diferente mas estava ok. Depois ficamos de bobeira num dos ambientes comuns do hotel mas por pouco tempo. Depois era hora de curtir o aquecedor do quarto!

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Publicado por Akemi Nomura 03:52 Arquivado em Bolívia Comentários (0)

Uyuni

Parque Eduardo Avaroa

sunny 10 °C
Visualizar 2019 Atacama e Uyuni no mapa de viagens de Akemi Nomura.

Pra variar acordei antes das 5h. Mas de boa com isso. Levantei, tomei uma ducha num frio de rachar, deixei tudo pronto e deitei para esperar as meninas acordarem. Comecei a arrumar a mesa do café devagar e mamãe estava trocando de roupa. Assim que elas acordaram, começaram a se arrumar e tomamos café ali no quarto.

Às 8h a van veio nos buscar. Éramos só nós quatro. O motorista explicou que ia nos levar até a fronteira e lá íamos trocar de carro. Na Bolívia só é permitido guia boliviano a acho que agência boliviana. Chegamos no controle de fronteira do lado chileno. O dia estava muito bonito. O pano de fundk na janela era o Licancabur. Levamos 1h parados ali pra carimbar a saída no passaporte. Ali eu senti um pouco de falta de ar. Na imigração Rosana perguntou pro funcionário ali que disse que estávamos a 4600! 4600! Novo recorde de altitude. Uma ida ao banheiro ali me sugou um absurdo de energia. Voltei pro carro bufando. Mas aqui não é uma questão de soroche e sim de ar rarefeito mesmo. Cansa muito qualquer esforço.

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Quando chegamos logo antes da entrada do lado boliviano nós descemos da van e fomos pro carro que nos aguardava. Eram vários carros ali, todo mundo saindo da van do lado chileno e indo para os 4x4 da Bolívia. A nossa guia nos aguardava com os papéis de imigração. Fazia muito frio ali. Eu estava com 2 calças, 3 blusas e um casaco grande e morria de frio. Pra se ter uma ideia eu não conseguia preencher o formulário de imigração, a Karen (guia) que preencheu pra mim. Ainda tínhamos que ficar numa fila na imigração naquele frio. A entrada ali tem uma estrutura bem precária. Mas, como diria minha irmã, está tudo bem! Passaporte carimbado e prontas pra aventura.

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Você entende o porque do carro 4x4 quando entra na Bolívia. Diferente do Chile que tinha estrada pavimentada, ali era tour raiz. Literalmente no deserto. Um pouco mais a frente descemos pra preencher os papéis de aduana. Agora sim, bem vindas a Bolívia.

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Logo de cara paramos no Reserva Natural de Fauna Andina Eduardo Avaroa (nome do herói boliviano na guerra do Pacífico). A entrada custa 150 bolivianos. O banheiro ali custava 500 pesos chilenos (não lembro quanto em boliviano). É isso aí, banheiro por aqui é praticamente tudo pago. Separa o dinheiro aí, pode colocar 5 bolivianos por cada parada.

A primeira parada foi na Laguna Blanca. Essa laguna tem uma alta concentração de minerais que causam a cor branca. O legal hoje é que, como fez muito frio na noite anterior, criou-se uma camada de gelo fina. Com o sol nascendo essa camada começou a “trincar” e o vento empurrava o gelo da superfície para as bordas e os pedaços começavam a subir um sobre o outro como se estivessem saindo da água. Não sei explicar direito o que eu vi mas eu curti! Saindo da laguna blanca vimos alguns flamingos.

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Logo ao lado estava a laguna verde. A cor se dá pela alta concentração de minerais mas não me perguntem qual, nunca fui boa em química, rs. Essa laguna nós vimos do alto. Além do céu azul e do Licancabur no fundo, o tom verde da água era lindo. Só não era lindo o vento!

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No caminho cruzamos com uma raposinha. No Chile vimos de relance mas aqui ela veio pertinho do carro. Ela até parou bem do nosso lado.

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A Cordilheira desce única do norte e quando chega na Bolívia ela se “abre” em suas partes e no Chile ela se une de novo. Pra chegar no nosso “alvo” a gente atravessa a Cordilheira oeste e chega na parte “plana”. Dirigimos literalmente no meio do deserto e muitas vezes sem estrada (e de terra), era passando em cima de pedra, dentro de lago, enfim, doidera. Eu achei muito louco como esses caras se orientam no meio do nada. O nosso motorista nasceu em uma comunidade do deserto e deve conhecer esse lugar na palma da mão.

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No caminho uma coisa que me chamou a atenção foram as pedras enormes espalhadas. São pedras piroplásticas fruto de uma explosão de vulcão ocorrida milhares de anos atrás. Elas compõem a paisagem. Uma paisagem fruto dessas explosões vulcânicas foram algumas pedras no meio de algo que parecia uma duna de areia. O dia estava lindo e a imagem parecia uma pintura. A Karen, nossa guia, disse que os turistas apelidaram de Deserto de Dalí pois parecia uma pintura de Salvador Dalí.

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Depois de muito saculejos e paisagens maravilhosas chegamos às termas de Polques. Muitos carros parados ali por conta da piscina termal. Gente, não está só frio, está ventando, e muito. A água quente (entre 30 e 35 graus) é por conta da proximidade de vulcões. Dizem ter muitos minerais que fazem bem à saúde. Mas tá muito frio então não, obrigada! Aqui fizemos a pausa para o almoço. Era um lugarzinho simples, comida simples, mas muito agradável.

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Eu não lembro se já falei isso mas os carros das agências de turismo que fazem esse tour na Bolívia tem permissão pra carregar combustível por motivos óbvios. Ninguém vai querer ficar parado no meio do deserto sem uma alma viva por perto e sem um posto Ipiranga. Saindo do almoço tinha um carro “abastecendo”.

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Eu não lembro se já escrevi sobre o soroche. Agora na hora do almoço Rosana se sentiu mal. Já estava se sentindo mal mas piorou aqui. Claramente a altitude faz muito mal pra ela. Esse mal estar dela é o que chamam de soroche ou mal da montanha. Lá em San Pedro ela já tinha sentido esse mal estar mas aqui como é mais alto atingiu ela pra valer. E é diferente do cansaço pelo ar rarefeito (isso atinge todo mundo). A pessoa pode ter tonteira, enjoo, dor de cabeça, várias coisas que vão além do cansaço físico. E não tem regra, nem sempre é com o mais idoso, nem sempre é com o sedentário, pode ser com qualquer um. Aprendi no Peru a fazer esse processo de aclimatação. Nós fizemos aqui também, descansamos na chegada, tomamos chá de coca, sorochji pill, andamos e respiramos bem devagar, esforço mínimo, mas mesmo assim o mal da montanha pode atingir. Eu imagino a força que ela tá tendo pra aguentar até o fim do dia.

Continuamos o caminho pois estávamos no meio do deserto, não tinha como levar ela pro hotel. Paramos numa região conhecida como Sol da manhã que fica a 4800m de altitude. Sol da manhã já foi um vulcão e hoje é uma extensa cratera vulcânica repleta de gêiseres e fumarolas. Ali podemos ver a lava vulcânica fervendo literalmente. É um lugar perigoso e tem que ir com guia. Caiu ali, meu filho, morreu. É uma coisa muito doida ver o planeta que a gente não vê. O cheiro de enxofre é forte mas suportável.

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Fizemos uma parada que pra mim foi especial. O lugar não era um ponto de visitação propriamente dito, era apenas o ponto mais alto do nosso tour: 5000m. Não imaginei chegar nessa altitude sem passar mal. Era meio que um desafio que eu não podia controlar afinal cada corpo reage de uma forma à altitude. Mas fiquei feliz de estar ali.

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Estamos nós sozinhos no deserto e de repente aparece uma nuvem de poeira lá longe. Era outro carro indo de um canto ao outro e logo sumiu de novo. Muito louco isso!

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Mais uma parada na lagoa colorada. Meu amigo, você não tem ideia do vento que fazia naquele lugar. Eu me desequilibrava fácil. Bom, tá certo que já sou meio desequilibrada, hehe, mas com o vento colaborando ficou difícil. Aqui descemos eu e Gabi. Mamãe ficou no carro com Rosana. A laguna colorada é um lago salgado enorme. Quando a laguna seca um pouco dá pra ver as partes de sal. E essa parte branquinha contrasta com o vermelho da laguna. A água é vermelha devido a uma alga rica em betacaroteno. Quando o sol bate a água fica assim. Ali tem muito flamingo das 3 espécies sendo o que mais tem é o flamingo de James.

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Depois de andar e nos distrair com a paisagem tivemos que subir pra chegar na banheiro. Era uma subida que dava pra cansar ao nível do mar, na altitude então... fomos bem devagar e deu certo, sobrevivemos. Uma lição aprendida no deserto foi de nunca perder a oportunidade de ir al banheiro, haha. Lá de cima dava pra ter outra visão do lago. A gente até ia voltar por cima mas não tava dando. O vento não deixou. Sério mesmo, não dava. A Karen que é pequenininha parecia que ia voar. Descemos e voltamos por baixo que ventava também mas dava pra andar. O engraçado é que na ida a gente estava distraída com a paisagem e não percebeu a distância que andamos. Mas na volta.... não chegava nunca. O vento parecia ter congelado minha boca, haha.

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Achei muito legal esse lance de andar no meio do deserto. Tinha lugar que aparecia uma estradinha, tinha lugar que eram só as marcas dos pneus na terra, tipo, referência zero. Tinha hora que a gente olhava em volta e só tinha a gente. De repente a gente via uma poeira levantada e aparecia um carro indo pra outro canto. Parece que não tem um caminho x a seguir, sabe? Teve uma hora que ele virou e começou a subir umas pedras e eu fiquei me perguntando como ele sabia que era pra virar ali, rs. Esse cara deve conhecer o deserto na palma da mão.

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Passamos então pelo deserto Siloli. Fizemos ali uma última parada na árvore de pedra. As pedras ali pareciam uma escultura. O céu azul compunha a paisagem. Destacada as rochas maiores ficava uma parecida com uma árvore. Foi esculpida pelo vento ao longo dos anos. Uma obra de arte feita pela mãe natureza.

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Saímos do parque finalmente. Dia corrido, né? Pra você ver, eu fechei os passeios todos tanto do Atacama quanto da Bolívia e não tinha ideia de como ia ser. Achei que a gente ia chegar aqui e ia direto pro hotel. Aliás eu nem sabia qual era o hotel que a gente ia ficar. Só lá no começo do tour a Karen explicou que seriam dois hotéis. Dirigimos um bom pedaço no meio do deserto até que bem longe dava pra ver uma construção. Gente, a Karen tinha dito que era no deserto mas não sei porque imaginava outra coisa. Na minha cabeça eu via uma estrada e um hotel e mais nada perto. Sabe quando a gente chama um lugar de deserto? Aqui era no sentido literal da palavra.

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Chegamos no hotel da rede Tayka. Esse é um hotel ecológico. Eles usam painel solar e por conta disso tinham restrições em relação ao uso de energia. Tomadas, por exemplo, só funcionam das 18h às 22h. Banho quente? Idem. Wifi? Idem. Cheguei a conectar no wifi mas desisti. Era bem ruim. Também não podia esperar nada no meio do deserto. Mas tudo bem, eu estava tão cansada que desencanei. Fomos tomar banho assim que deu 18h porque às 19h era o jantar.

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Fui chamar as meninas para jantar e a Rosana disse que estava com muito frio. Peguei o termômetro pra ela e, ainda bem, não era febre. Ela foi pro restaurante mas não se sentia nada bem. A Karen saiu com ela para recepção onde deram um remédio e ela foi deitar. Levaram a sopa pra ela e ela fez uns dez minutos de oxigênio pra ver se melhorava.

A gente jantou uma comidinha leve tipo sopa de entrada e frango de prato principal. Depois fomos direto ver ela. A cara não estava boa. Ela disse que depois de comer voltou tudo. A Karen disse pra ela fazer esforço mínimo. Um pouco depois ela ficou mais um pouco no oxigênio e melhorou.

Eu estava tão cansada que não eram 21h eu deitei. Estava quase dormindo quando bateram na porta do quarto. O cara do hotel trouxe bolsa de água quente pra colocar embaixo da coberta. Levantei, peguei a bolsa, coloquei embaixo da colcha da mamãe e ela nem percebeu, já estava apagada. Coloquei uma bolsa embaixo da minha coberta e me enfiei ali. Era tanta coberta que até pesava. Mas dormi rapidinho por volta das 21h.

Publicado por Akemi Nomura 03:16 Arquivado em Bolívia Comentários (0)

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